quarta-feira, 24 de agosto de 2016

EDUCAÇÃO FÍSICA-ENEM (CURSO)

EDUCAÇÃO FÍSICA-ENEM

1. INTRODUÇÃO

Desde o ano de 2009, o Ministério da Educação inseriu questões de Educação Física nas provas do ENEM. O objetivo foi valorizar a Disciplina, colocando em relevância a importância da prática esportiva e a aplicação do conteúdo no cotidiano do aluno. Assim, é destacada a aplicação cotidiana da atividade física, levando em consideração a fisiologia do exercício e seus benefícios, além dos seus aspectos sociais e culturais. Outro quesito considerado relevante no Enem é a articulação da Educação Física com a linguagem, a arte e a expressão corporal. Nesse sentido, o Enem conta com diferentes questões. Algumas levam em consideração o conjunto de aptidões físicas que um indivíduo deve apresentar para obter melhora em sua qualidade de vida, enquanto outras correlacionam a dança, as diversidades artística e cultural e a expressão corporal. Além dessas, em 2010, questões abordaram conhecimentos gerais em determinadas atividades esportivas, como a ginástica rítmica e o vôlei. No Enem 2011, a Educação Física encontra-se na Matriz de Referência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Veja a seguir como a Educação Física é solicitada:
Competência de área 3 (Educação Física) - Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.
H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social. O aluno deve reconhecer que as ações do homem são influenciadas pela sua formação cultural e, ao mesmo tempo, que o homem, como participante de um grupo social, é suscetível às influências do meio. Além disso, deve perceber que o ser humano está inserido em um contexto social e que interage com a realidade e sofre sua influência, moldando seu comportamento e transcrevendo-o por meio de manifestações corporais e culturais.
H10 - Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades sinestésicas. Nessa habilidade, o aluno deve compreender que o homem contemporâneo utiliza cada vez menos suas potencialidades corporais, reduzindo a atividade física, o que resulta em alterações nas funções cognitivas e sinestésicas. A busca pela melhoria na qualidade de vida e pela prevenção de doenças é discutida não só nas questões de Educação Física, como também em outras áreas.
H11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. Exige-se uma visão mais ampla do aluno, trabalhando-se conceitos como a linguagem corporal na interação social, levando-se em consideração a inclusão na escola e na vida social.Percebe-se que no Ensino Médio a Educação Física deverá abordar atividades que estejam relacionadas à proposta do Enem, ficando também cada vez mais evidente a necessidade de o aluno buscar informações e relacioná-las aos diferentes conteúdos apreendidos em cada disciplina.
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ENEM - EDUCAÇÃO FÍSICA

2. IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA

Ao longo da história a atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade sempre associada a um estilo de época, como a caça dos homens das cavernas para a sobrevivência, os Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito, ou de cunho militar como, por exemplo, na formação das legiões romanas com suas longas marchas e treinos, mas essa relação entre a atividade física e o homem em sua rotina diária parece ter diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução.
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E a medida em que as ciências e seus inventos facilitavam nossos afazeres, o progresso trouxe uma situação um tanto dúbia, pois de um lado temos a redução da mortalidade por doenças infecto contagiosas e o aumento da longevidade, do outro o aumento de doenças crônico degenerativas e a perda da qualidade de vida, porque o fato de viver mais não indica viver melhor, destacando a importância e a necessidade de hábitos como o cuidado com a dieta, pratica de atividade física regular e evitar substâncias e atividades que possam acelerar a degradação do corpo humano.
Se a tecnologia e o progresso trouxeram facilidades, isso é inquestionável, mas junto incrementaram as doenças silenciosas, formando epidemias que se estabelecem sem maiores sintomas em suas primeiras fases e vão gradativamente se desenvolvendo ao longo dos anos, identificadas como doenças crônicos degenerativas, que tem sua origem em uma série de fatores, como a predisposição genética, influência do meio externo e hábitos de vida e, nesse último, o nosso destaque ao grau de atividade física praticado.
Mas apesar desse fórmula milagrosa que é a atividade física estar presente em quase todos os meios de comunicação, cada vez mais a população apresenta problemas relacionados com a falta de exercícios. A desculpa mais frequente é a falta de tempo ou falta de condições para prática , fatores agravados pela economia de movimentos em nossa rotina, como a comodidade do controle remoto, telefone celular, elevadores e escadas rolantes, sem falar nas horas diárias dedicadas a televisão ou ao computador , o que demonstra ser um fenômeno de dimensão mundial, pois uma das doenças associadas a falta de exercícios, como a obesidade, tem prevalência em quase todo planeta.
Com o avanço dessas epidemias silenciosas, até o conceito de saúde teve de ser revisto e as instituições de saúde pública governamentais e não governamentais ressaltam a importância dos conceitos como promoção e prevenção na saúde com um destaque em hábitos mais saudáveis ao logo de toda vida.
Essas iniciativas foram divididas em duas frentes, uma de âmbito macro com o destaque em papel de políticas públicas (combate a poluição, preocupação com o meio ambiente) e outra com a necessidade do compromisso pessoal com a manutenção da própria saúde. Para ressaltar o papel da atividade física, basta comparar um pessoa ativa fisicamente de 60 anos com um inativo de mesma idade. Quando comparadas as diferenças em termos de índices fisiológicos, são consideráveis as marcas, mas o que reflete em termos de qualidade de vida é que o ativo provavelmente terá maior mobilidade, autonomia e manutenção de valências físicas como força muscular, flexibilidade e capacidade aeróbia, tão importantes em sua vida diária.
Baseado nesse novo paradigma, diversos programas e projetos foram implementados ao longo dessas últimas décadas em vários países, todos sempre destacando a importância do envolvimento pessoal e a necessidades de hábitos mais saudáveis, como a prática regular de atividades físicas. 
Mas por que toda essa preocupação com o grau de condicionamento físico da população mundial? Porque estudos longitudinais apontam para a relação direta e favorável entre o nível de aptidão física, o grau de atividade física praticada e a saúde. Assim, com a prática de exercícios regulares, doenças como diabetes, osteoporose, obesidade, hipertensão, câncer de cólon, mama, próstata e útero, ansiedade e depressão, podem ser evitadas ou minimizadas.
Conhecimento Sobre o Corpo
Hoje o movimento humano desempenha um papel de grande importância para a manutenção da nossa espécie já que é através do movimento que o ser humano interage com o meio ambiente, para alcançar seus objetivos ou satisfazer as suas necessidades.
Isso pode ser observado desde a pré-história até os dias atuais marcando o que fomos o que somos e o que provavelmente seremos
amanhã. O ser humano além de interagir com o meio ambiente, também se relaciona com os outros seres humanos por meio dos movimentos e, dessa forma, aprende sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o meio em que vive.
EXERCÍCIO FÍSICO E SAÚDE: Em toda a história da humanidade, a atividade física vigorosa sempre esteve associada com a imagem de pessoas saudáveis, onde popularmente, existe a tendência para considerar todas as pessoas iguais, sendo as diferenças individuais atribuídas a fatores ambientais tais como hábitos de vida e alimentação, entre outros e esquecemos os fatores hereditários, genéticos.
É importante lembrar eu a saúde das pessoas está relacionada a dois fatores a constituição genética e as condições ambientais. Dentre as condições as condições ambientais que estimulam a saúde das pessoas estão os exercícios físicos, ao lado da boa alimentação, da higiene, das imunizações, da vida em ambiente saudável, do sono e da recuperação adequada dos esforços físicos e mentais.
Devemos lembrar que quando praticamos os exercícios físicos objetivamos alcançar diversos benefícios que são comuns a todo tipo de atividade física, desde que não sejam excessivos em relação à condição física da pessoa, já que os exercícios são uma forma de sobrecarga ao organismo. Quando essas sobrecargas são bem dosadas, elas estimulam adaptações de aprimoramento funcional de todos os órgãos envolvidos, mas quando excessivas, produzem lesões ou deterioração da função.
Podemos destacar como benefícios a saúde do praticante os aspectos como:
1- Alívio de tensões emocionais: a atividade física e reconhecida como uma forma eficiente de aliviar o stress emocional, diminuindo assim um importante fator de risco para diversas doenças crônicas.
2- Melhora da composição sanguínea: os exercícios em geral tendem a normalizar os níveis de glicose, gorduras e diversas outras substâncias no sangue, que podem estar alterados e trazer riscos aos portadores. 
3- Redução da pressão arterial: pessoas ativas fisicamente tendem a ter níveis de pressão arterial mais baixo, e os exercícios em geral auxiliam na diminuição da pressão arterial em hipertensos em repouso.
4- Estimulo ao emagrecimento: qualquer tipo estimula a redução de gordura corporal, diminuindo assim a possibilidade das pessoas desenvolverem doenças como aterosclerose, o diabetes e outras.
5- Aumento da densidade óssea: o sedentarismo leva a uma diminuição progressiva da resistência óssea, aumentando o risco de fraturas, e os exercícios físicos constituem recurso de alta relevância para evitar e reverter essa situação.
6- Aumento da massa muscular: a atividade física habitual leva a um aumento do volume e da força dos músculos, protegendo as articulações e favorecendo a aptidão física.
7- Desenvolvimento da aptidão física: os exercícios aumentam a capacidade das pessoas realizarem esforços, permitindo assim maior autonomia motora, condição conhecida como boa qualidade de vida.
Nas cidades observamos que existem diversas possibilidades para que a prática de atividade física possa ser realizada, encontramos praças, calçadas, campos de futebol, quadras poliesportivas e principalmente academias de ginástica. Devemos lembrar que além de benefícios a pratica de atividade física também podem trazer prejuízos a nossa saúde, portanto devemos ter cuidado para que não tenhamos problemas com o treinamento precoce, treinamento excessivo e lesões.
Treinamento Físico
O TREINAMENTO PRECOCE: É o período onde se adotam métodos ou programas de treinamento especializados, onde podemos observar que os maiores influenciadores são: a mídia, que mostra o mundo de atletas bem sucedidos, os ídolos que são os espelhos para esses jovens, os eventos esportivos como olimpíadas, mundiais e copas que mostram uma beleza nunca vistam e isso se torna um atrativo para uma criança ou adolescente.
Os professores com o seu olhar futurista, também são fortes influenciadores das crianças para a prática de atividade física, sendo que uma minoria não possui formação adequada, levando essas crianças a um treino precoce. E por fim os pais grandes sonhadores, que tentam transferir os “seus sonhos” para seus filhos.
Observamos que as maiores ocorrências desse tipo de treinamento são nas escolinhas de clubes e escolas, já que esses locais são centro de formadores de atletas.
Alguns problemas podem ser observados a nível psíquico, físico e social com praticas precoces de treinamento com crianças e adolescentes. Dentre eles podemos destacar: contusões, desinteresse pelo esporte, estresse por conta das competições e concentrações, desgaste de treinamento, abandono do esporte de forma precoce, desenvolver um comportamento inadequado para idade, além de ser observado o uso de drogas por alguns deles.
TREINAMENTO EXCESSIVO ou OVERTRAINING:  Existe hoje grande preocupação com a qualidade de vida de profissionais nas diversas áreas do conhecimento. Busca-se sempre oferecer ao trabalhador boas condições de trabalho, propiciando ao ser humano uma qualidade de vida digna que não prejudique sua saúde e muito menos comprometa sua velhice. É importante saber evitar os grandes males decorrentes do trabalho, entre os quais podemos citar a LER, a DORT, o estresse, a desistência e também o treino excessivo. A saúde e o bem estar do indivíduo têm que ser constantemente preservados. Na área esportiva não é diferente. Existem atletas que acabam treinando demais. Por exigência das expectativas de rendimento e vitória, acontece de excederem na quantidade de ou na intensidade do treinamento, causando o esgotamento do corpo e sofrendo algumas conseqüências indesejadas. O exagero crônico e maléfico do treinamento é chamado de overtraining.
Um atleta que se prepara muito bem tem condições de suportar grandes cargas de treinamento repetitivo por um longo tempo, desde que haja entre os treinos fortes um intervalo que seja suficiente para o atleta se recuperar. Quando isso não ocorre o corpo é esgotado rapidamente de suas energias não conseguindo está pronto para a próxima sessão, não somente descanso mais a falta de reposição de nutrientes através da alimentação também podem levar o corpo a não conseguir se recuperar. Isso faz com que o atleta perca rendimento, podendo apresentar diversos sintomas como: distúrbios do sono, perda de apetite, perda de peso, dores de cabeça suscetibilidade a fadiga, insônia, irritação, ansiedade, depressão, agressividade, pequenas lesões, maior freqüência cardíaca de repouso e retorno lento ou retardado da freqüência cardíaca ao valor inicial após atividade física. Diversos são os fatores limitadores do desenvolvimento de jovens atletas no treinamento esportivo e que podem resultar na síndrome de treinamento excessivo, um fenômeno muito importante e que é muito pouco estudado. Muitas vezes ouvimos dizer que um atleta abandonou sua carreira esportiva ou então que o seu rendimento está aquém do esperado e, na maioria das vezes, os técnicos não sabem identificar as causas desses resultados.
Lesões
Esporte e lesões na atividade física e nos esportes são duas palavras que costumam andar juntas com frequência. Qualquer praticante de esporte, seja de alto nível ou apenas recreativo, está sujeito a lesões. O nosso corpo mesmo passando por processos de treinamento rigoroso continua sendo frágil em alguns aspectos e pode ser machucado quando pego de surpresa.
A lesão no esporte não é uma questão de falta de sorte, mas de imprevisto e erro. E como ninguém é perfeito, qualquer um tem o direito de errar uma vez ou outra. Uma lesão pode acontecer quando se exige do corpo um esforço para o qual ele não estava preparado. 
Exemplos de situações de lesões que mais acontecem são por exemplos atletas de fim de semana, altas doses de treinamento (duração ou intensidade), algumas condições podem levar a facilitação de uma lesão, por exemplo:
a) Repouso insuficiente: tempo suficiente para um atletas recuperar-se da sua ultima sessão de treinamento, mínimo de 48 horas.
b) Excesso de uso: exercícios com grande número de repetições ou cargas gerando o estresse nos músculos ou articulações.
c) Aquecimento insatisfatório: falta de aquecimento ou aquecimento excessivo
d) Calçado inadequado: por exemplo, atleta usa tênis de futsal para praticar basquete. O basquete precisa de um tênis de cano longo para proteger os tornozelos.
e) Trajes inadequados: evitar usar roupas inadequadas para a pratica de atividade física, não usar calças jeans pois as mesmas além de atrapalhar a respiração diminui a amplitude de movimentos.
f) Equipamento inadequado: nos esportes que são usados equipamentos, deve ser observado a manutenção dos mesmos, estes devem está em perfeito estado de funcionamento, para a segurança do praticante.
g) Postura incorreta: manter uma postura correta, mantendo a coluna reta, faz com que vocês se livre de problemas na coluna, já que ela é o principal eixo de sustentação do corpo.
h) Técnica imperfeita: executar um movimento errado pode levar a lesões, portanto, sempre devemos observar a técnica correta de execução dos movimentos.
ALGUNS TIPOS DE LESÕES:
1- BURSITE: Bursa é o nome dado a uma bolsa com líquido viscoso anti-atrito presente nas articulações dos ombros. A sobrecarga da articulação dá origem a uma inflamação que pode atingir qualquer uma das estruturas componentes, e que acaba limitando o movimento. A dor da bursite é semelhante à de um estiramento muscular. Pode ser aguda ou crônica.
2- ESCORIAÇÕES: é uma ferida na pele ou no músculo causada por um golpe direto provocando sangramento e hematoma, bastante comum nos esportes de contato, como no futebol e as lutas, gera dor e sensibilidade n o local do golpe, dificultando a movimentação.
3- CONCURSSÃO: é uma contusão no cérebro causada por golpe forte na cabeça. Pode causar alteração passageira no estado mental, com breve perda de consciência ou de memória, além de dor, visão turva, náuseas e vômitos. Dependendo do tipo de golpe, pode ser bastante grave, com seqüelas permanentes.
4- LUXAÇÃO: é o deslocamento da extremidade de um osso, dentro da articulação. É fácil acontecer no ombro de jogadores de rugby. Causa dor forte, inchaço e é visível que o osso está fora de sua posição normal. O local da lesão deve ser imobilizado e a vítima, socorrida por um médico o mais rápido possível.
5- FRATURA: as fraturas podem ter os mais variados graus de gravidade, onde a exposta é a mais chocante. Podem acontecer por excesso de carga sobre os ossos, golpes, quedas, onde o local da fratura deve ser imobilizado para evitar maiores danos.
6- TORÇÃO: são danos causados aos ligamentos que são estruturas responsáveis por ligar um osso ao outro, podem ocorrer devido a um giro ou contração violenta ou através de uma amplitude não suportada pela articulação. Apresentam dor e inchaço no local de forma imediata.
7- CONTRATURA: é a supercontração de um músculo ou tendão como reação a um esforço excessivo, chegando a haver ruptura de fibras.
8- TENDINITE: é uma inflamação do tendão após diversos microtraumas repetidos (esforço repetitivo, desequilíbrios  musculares, fadiga...), é comum ser encontrado nos cotovelos ombros e joelhos. Provoca dor e hipersensibilidade, e perda temporária do movimento. O tratamento inclui gelo nas primeiras 48 horas e medicamento.
TRATAMENTO DE LESÕES: Toda lesão deve ser tratada com cuidados e muita atenção, principalmente nas primeiras 48 horas. Mostraremos aqui um método de tratamento que é muito utilizado nessas primeiras horas é o método PRICE (preço), após esse processo a paciente deve procurar o médico imediatamente.
P de proteção: imobilizar a área afetada com panos, faixas, muletas, ou talas, tudo que for necessário para evitar novas lesões.
R de rest (descanso): repousar a parte afetada até que a dor suma, não ficando completamente parado, isso traria desconforto no resto de corpo.
I de ice (gelo): aplicar gelo no local, isso trará uma diminuição no inchaço. 
C de compressão: utilizar faixas ou bandagens elásticas para fazer a compressão no local, isso limitará o inchaço.
E de elevação: manter a parte do corpo lesionada erguida para que isso interfira no fluxo sanguíneo e contenha o inchaço.
Lembramos que o método citado acima deve ser aplicado nas primeiras 48 horas, já o tratamento necessita de muito mais de 48 horas. O tratamento completo de uma lesão passa por uma equipe de profissionais, como médicos que terão o primeiro contato com esse paciente, indicando tratamento medicamentoso para que o mesmo passe para uma nova fase, a de reabilitação.
A fase de reabilitação é comandada pelo fisioterapeuta que vai dizer quantas sessões de fisioterapia o paciente vai ter que fazer. Após essa fase a ultima passa pelo profissional de educação física que vai trabalhar esse paciente para que o mesmo tenha as mesmas condições que tinha antes da lesão.
Drogas Estimulantes
A vida é um enorme supermercado, onde nós podemos escolher a levar para casa aquilo que precisamos, ou coisas que nos oferecem e nos dão vontade de consumir na hora, por impulso, mesmo que não sejam necessárias. O grande supermercado da vida está aí atender as necessidades das pessoas:
ANFETAMINAS: fortes estimulantes, bastante procurados por diminuir o apetite, são procuradas por produzirem sensações de excitação, disposição e euforia, diminuindo a fadiga e o cansaço gerando hiperatividade. Liberam doses de dopamina e noradrenalina estimulando assim o sistema nervoso. Pode trazer como efeitos colaterais insônia, tremores e diarréia. O uso continuo pode trazer alucinações e violência, aumentando a pressão arterial, taquicardia, e delírios.
ESTEROÍDES ANABOLIZANTES: Esteróides anabolizantes (Eas), mais conhecidos apenas com o nome de anabolizantes, são drogas sintetizadas em laboratório derivadas do hormônio masculino testosterona capazes de produzir efeitos androgenicos (caracteres sexuais masculinos barba, crescimento de pelos e engrossamento da voz) e anabólicos (referentes ao aumento da massa muscular).
Historicamente os esteróides foram descobertos na década de 30 e usados desde então para procediementos médicos que incluem estimulação do crescimento dos ossos, apetite, puberdade e crescimento muscular, além de ser utilizado também em individuos em pós operatório e portadores de AIDS.
Fora das clínicas foi utilizado por soldados alemães na segunda guerra mundial, para aumentar a agressividade e força muscular. Na década de 50 foram observados os primeiros relatos de uso de esteróides em levantadores de peso, nos anos 60 os esportes entraram de vez no mundo dos esteróides onde algumas substancias passaram a ser proibidas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), onde anos mais tarde na década de 70 foi criado o teste de antidopagem.
O uso de anabolizantes associado ao treinamento físico, é capaz de produzir alterações na performance de atletas dando uma larga vantagem no ponto de vista da treinabilidade o que é determinante no resultado final de uma competição por exemplo. Portanto os esteróides são determinantes no resultado de uma competição trazendo no treinamento alguns benefícios como:
a) Sintese de glicogênio muscular: aumento das reservas de energia dentro do músculo,
b) Sintese protéica: facilitação do processo de cicatrização do músculo após um sessão de treino, preparando o mesmo para uma nova sessão.
c) Hipertrofia muscular: resultado do esforço e dedicação de um atleta, treino, descanso e boa alimentação.
Além do uso médico, eles têm a propriedade de aumentar os músculos como já vimos e por esse motivo são muito procurados por atletas ou pessoas que querem melhorar a performance e a aparência física. Segundo especialistas, o problema do abuso dessas drogas não está com o atleta consagrado, mas com aquela “pessoa pequena que é infeliz em ser pequena”. Esse uso estético não é médico, portanto é ilegal e ainda acarreta problemas à saúde.
Muitas pessoas acreditam que o uso de esteróides anabolizantes só traz benefícios, como ganho de massa muscular, ganho de força, entre outros. Mas o que não sabem é que eles são drogas e também causam uma série de efeitos colaterais, e que muitos desses são graves e irreversíveis. 
No Brasil não se tem estimativa deste uso ilícito, mas sabe-se que o consumidor preferencial está entre 18 a 34 anos de idade e em geral é do sexo masculino. No comércio brasileiro, os principais medicamentos à base dessas drogas e utilizados com fins ilícitos são: Androxon, Durateston, Deca-Durabolin.
Porém, além desses, existem dezenas de outros produtos que entram ilegalmente no país e são vendidos em academias e farmácias. Muitas das substâncias vendidas como anabolizantes são falsificadas e acondicionadas em ampolas não esterilizadas, ou misturadas a outras drogas. Alguns usuários chegam a utilizar produtos veterinários à base de esteróides, sobre os quais não se tem nenhuma idéia sobre os riscos do uso em humanos. 
Efeitos colaterais dos Esteróides:  Alguns dos principais efeitos do abuso dos esteróides anabolizantes são: tremores, acne severa, retenção de líquidos, dores nas juntas, aumento da pressão sangüínea, HDL baixo (a forma boa do colesterol), icterícia e tumores no fígado. Além desses, aqueles que se injetam ainda correm o perigo de compartilhar seringas e contaminar-se com o vírus da Aids ou hepatite.
Outros efeitos:  Além dos efeitos mencionados, outros também graves podem ocorrer: 
No homem: os testículos diminuem de tamanho, a contagem de espermatozóides é reduzida, impotência, infertilidade, calvície, desenvolvimento de mamas, dificuldade ou dor para urinar e aumento da próstata.
Na mulher: crescimento de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo menstrual, aumento do clítoris, voz grossa, diminuição de seios.
No adolescente: maturação esquelética prematura, puberdade acelerada levando a um crescimento raquítico.
O abuso de anabolizantes pode causar ainda uma variação de humor incluindo agressividade e raiva incontroláveis que podem levar a episódios violentos. Esses efeitos são associados ao número de doses semanais utilizadas pelos usuários. Usuários, freqüentemente, tornam-se clinicamente deprimidos quando param de tomar a droga. Um sintoma de síndrome de abstinência que pode contribuir para a dependência.
Portanto se você treinar sério, com cargas pesadas, bons exercícios, feitos de maneira correta, com uma alimentação equilibrada e bem variada, descanso adequado, não há necessidade do uso de esteróides.
Se necessitar de algum tipo de complemento para melhorar suas condições nos treinos, seu desenvolvimento e recuperação muscular procure saber mais sobre os produtos naturais, como os suplementos à base de proteínas, carboidratos, aminoácidos, entre outros, os quais, após um determinado período, que varia de acordo com o organismo do indivíduo, podem ajudar bastante a melhorar sua performance. Para saber qual desses produtos naturais é o mais adequado para você, de acordo com suas atividades e seu metabolismo, é indicado que procure a orientação de um médico, nutricionista ou profissional de Educação Física para melhor orientá-lo.
SUPLEMENTOS ALIMENTARES:  Esses produtos foram desenvolvidos com o fim de suprir o organismo de superatletas com nutrientes extras para que possam ter uma melhor performance nos treinos e nas competições. O problema é que o consumo de suplementos alimentares cresceu muito nos ultimos anos, entre praticantes de atividades físicas que não precisam desses acréscimos na dieta. Tentando buscar resultados em combinação com exercícios físicos principalmente a musculação, muitas pessoas tem feito uso dos suplementos indevidamente.
Hoje no mercado nacional e internacional existem diversos tipos de suplementos para determinados objetivos, eis alguns dos mais consumidos: 
Aminoácidos: matéria-prima de proteína, de rápida absorção. Recomendado para atletas que treinam pesado e necessitam de reposição constante e rápida de proteína.
Hipercalóricos: compostos multinutrientes de alta categoria. Ideal para atletas que desejam aumentar o peso, mantendo-se com altas reservas energéticas. Possuem fibras, vitaminas, minerais, baixo teor de gordura e altíssima quantidade de calorias.
Hiperprotéicos: compostos alimentares com alta concentração de proteínas e baixíssima ou nenhuma concentração de gorduras. Ideais para atletas que precisam manter-se "secos" e desenvolver a musculatura. A proteína é a matéria prima da construção muscular, por isso esta suplementação é das mais importantes.
Termogênicos e Queimadores de gordura: são substâncias que aumentam a temperatura corporal, ocasionando uma maior queima de calorias e reduzindo o apetite. Auxiliam na metabolização degorduras, convertendo-as em energia  disponível ("queima"). Os principais são o óleo de cártamo, a colina, o extrato de Laranja Amarga, a Cafeína e outros.
Ácido Linoléico CA/CL/LA: São suplementos de óleo de cártamo, utilizados para definição muscular. Promovem a diminuição dos níveis de gordura corporal e auxiliam no ganho de massa magra, músculos, sem estimulantes e sem efeitos prejudiciais.
BCAA’s: são os principais aminoácidos (L-valina, L-leucina e L-isoleucina) requeridos pela musculatura durante o exercício físico. Recomendado como anticatabólico após treino pesado, para aumentar a capacidade de ganho de massa.
Precursores do HGH e IGF_1: A arginina e ornitina são aminoácidos que, em conjunto, promovem o aumento do hormônio anabólico GH (hormônio do crescimento) de maneira totalmente natural. O hGH tem atraído a atenção tanto de atletas amadores como de profissionais, por promover aumento da performance e crescimento muscular.
Whey Protein: proteína do soro do leite (lactoalbumina), com alto grau de pureza. Indicado quando o objetivo é a hipertrofia ou a manutenção da massa magra, evitando-se o catabolismo. Recentes estudos científicos indicam a Whey Protein como o melhor complemento proteico para atletas.
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3. EXPRESSÃO E LINGUAGEM CORPORAL


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A Linguagem corporal também é tema do ENEM e está ligada à matriz de habilidades da área de linguagens. Não é necessário participar de um grupo de dança ou praticar várias atividades para entender o que é a linguagem corporal. Nosso corpo se comunica através de cada movimento. A prova do ENEM avaliará a capacidade de interpretação dos movimentos do corpo. É necessário compreender as diversas manifestações culturais (danças, lutas, rituais e cerimônias), num aspecto que deve ser mais ligado às ciências sociais, e reconhecer a importância das atividades físicas para do o bem estar, conceito que pode ser cobrado na prova de Ciências. 
É importante também diferenciar o termo expressão do termo linguagem corporal. Enquanto a expressão diz respeito apenas aos movimentos do corpo propriamente dito (danças e exercícios da academia), a linguagem corporal abrange a movimentação corporal como meio de comunicação (não-verbal). A Expressão Corporal, segundo Stokoe e Harf (1987), é uma linguagem, através da qual o ser humano expressa sensações, sentimentos e pensamentos com o seu corpo.
A Expressão Corporal desempenha e amplia todas as possibilidades humanas , e é justamente constituída no movimento corporal, (Brikman, 1989). Este movimento corporal é a possibilidade de conhecimento dessa linguagem individual. Por imediato, o corpo tem a capacidade de se manifestar, o que, na expressão corporal, se apresenta através do vivido corporal, da experiência do corpo, seja em situações do cotidiano ou da arte. 
É necessário que o aluno tenha uma leitura cultural de mundo. Como exemplo, a prova pode mostrar uma imagem de um ritual indígena e pedir interpretações ao aluno. Não apenas sobre o que o ritual mostra, mas de elementos que o circundam, como história,geografia,  língua portuguesa e sociologia.

4. O CORPO NA SOCIEDADE ATUAL


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Nunca na história da humanidade o culto ao corpo foi tão intenso como nos dias atuais, as preocupações das pessoas em estar em forma, a procura por medidas ideais, satisfação pessoal, alegria, prazer ou até mesmo motivação na vida tem sido intensa nos últimos anos. As mulheres e os homens se preocupam cada vez mais com a forma física: os quilinhos a mais, a pele, o cabelo, o corpo em geral. Manter uma aparência agradável é, sem dúvida, algo positivo para a vida de qualquer pessoa hoje, pois isso faz com que você se sinta mais feliz e mantenha uma boa auto-estima. O corpo, sem duvida, é o principal motivo de tanta inquietação, pois a beleza é vista como algo necessário para que alguém possa obter completa felicidade.
Muitas vezes as coisas mais essenciais na vida são deixadas de lado por causa da busca intensa de um corpo ideal, almejado por tais pessoas. O excesso de preocupação, entretanto, pode não ser muito bom e muitas vezes interfere negativamente até mesmo na sua vida familiar e nas relações com as outras pessoas. Há uma infinidade de pessoas que ficam inibidas ou envergonhadas por estar acima do peso, ter celulite ou não gostar disso ou daquilo no próprio corpo, muitas pessoas estão dispostas a tudo para alcançar o padrão desejado ou ditado pela moda atual. 
Pessoas se submetem as dietas rigorosas ou mesmo a inúmeras intervenções cirúrgicas, fazem implantes de silicones, tudo para ter um corpo “sarado”. Muitas vezes essa procura é apenas para causar impacto e admirações nas outras pessoas. De nada adianta ter um corpo perfeito se a pessoa não estiver consciente do que realmente conta para uma vida prazerosa e harmônica. E assim vai caminhando a sociedade atual, em busca de um corpo perfeito que venha trazer benefícios pessoais, nos relacionamentos de casais, e também nos relacionamentos sociais. Vive -se uma ditadura da beleza onde o corpo é o alvo de todos os sacrifícios. 
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5. O CORPO NO MUNDO DOS SÍMBOLOS E COMO PRODUÇÃO DE CULTURA
Atualmente ocorre um fenômeno geral, a chamada "cultura do corpo" ou "cultura do narcisismo".
Seriam, sobretudo, os segmentos das camadas médias das cidades aos quais — por suas ilusões e obsessões pela perfeição física, por seu esmagamento pela proliferação de imagens e por ideologias terapêuticas e, ainda, pelo consumismo — o termo narcisismo se aplicaria com maior propriedade.
Hoje, tantos e ricos estudos lançam luz sobre um mosaico de "culturas" que se engendram e reproduzem no complexo emaranhado da desigual sociedade urbana das metrópoles.
Isso, não obstante, é justamente na análise da cultura do corpo desse segmento social — as camadas médias das cidades — que estudiosos nos oferecem uma interessante contribuição, mostrando como corpo e moda, e o conjunto infindável de investimentos na aparência, são parte fundamental do estilo de vida. Cosméticos, maquiagem, cirurgia estética, dermatologistas, personal trainers, estilistas e profissionais da elegância permitem mobilizar recursos e operar expedientes para "estar em boa forma", ideal ardentemente perseguido. Como fica mais bem explicitado no artigo "A civilização das formas: o corpo como valor", que Goldenberg assina em co-autoria com Marcelo Ramos, e no qual são desenvolvidas algumas das idéias centrais da apresentação, a atenção é voltada para o que se poderia chamar de superdimensionamento do corpo e da aparência no processo de revelação de identidades. Em outros termos: o corpo estaria sendo apropriado por "muitos indivíduos ou grupos" como "meio de expressão (ou representação) do eu" (p. 21), fenômeno que, segundo os autores, é facilmente compreendido em "um contexto social e histórico particularmente instável e mutante, no qual os meios tradicionais de produção de identidade — a família, a religião, a política, o trabalho, entre outros — se encontram enfraquecidos" (p. 21).
O chamado "culto ao corpo", longe de servir como guia claro de orientação para os comportamentos de indivíduos ou grupos, geraria um paradoxo na "cultura de classe média". Embora mecanismo altamente eficiente de individualização, ao responsabilizar cada indivíduo por sua aparência, isto é, instaurando uma nova moralidade, a da "boa forma", referida à juventude, beleza e saúde e, conseqüentemente, acentuando particularismos ao fazer de cada indivíduo uma espécie de escrutinador de cada detalhe de seu corpo e aparência, não deixa de fazer coexistir, ao lado desses movimentos que promovem ou acirram uma espécie de autocentramento ou individualização, alguns outros imperativos, igualmente eficazes, porém opostos e contraditórios.
"Quanto mais se impõe o ideal de autonomia individual, mais aumenta a exigência de conformidade aos modelos sociais do corpo. Se é bem verdade que o corpo se emancipou de muitas de suas antigas prisões sexuais, procriadoras ou indumentárias, atualmente encontra-se submetido a coerções estéticas mais imperativas e geradoras de ansiedade do que antigamente" (p. 9).
A existência de uma ampla gama de procedimentos, como os regimes de emagrecimento e de modelagem do corpo, a multiplicação e disseminação de intervenções estéticas cirúrgicas e cosméticas que "corrigem" narizes, seios e outras partes do corpo, testemunhariam "o poder normalizador dos modelos". Na "cultura do corpo" há como que um confronto ou embate entre dois ideais distintos: "um desejo maior de conformidade estética", de um lado, e "o ideal individualista e sua exigência de singularização dos sujeitos" (p. 9), de outro.
De toda forma, seja como lugar de singularização, seja como projeção de modelos idealizados, o corpo é caracterizado antes de mais nada com um valor nas camadas médias , o que torna fácil entender por que seja uma "natureza cultivada" (BOURDIEU, 1987), isto é, um corpo coberto por signos distintivos que, segundo os autores, sintetizariam simultaneamente três idéias: "a de insígnia (ou emblema) do policial que cada um tem dentro de si para controlar, aprisionar e domesticar seu corpo para atingir a boa forma, a de grife (ou marca), símbolo de um pertencimento que distingue como superior aquele que o possui e a de prêmio (ou medalha) justamente merecido pelos que conseguiram alcançar, por intermédio de muito esforço e sacrifício, as formas físicas mais civilizadas" (p. 39).
BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1987.
IAC: novo Índice de Adiposidade Corporal
Assunto que foi abordado em duas questões do ENEM 2011, o IAC significa Índice de Adiposidade Corporal. É um novo método que usa o tamanho dos quadris para medir a gordura do corpo. Isso significa que as mulheres com grandes quadris podem ser consideradas acima do peso ou obesas! De acordo com o IAC (gordura do corpo), quanto maior a circunferência dos quadris em relação à altura, maior a chance de estar acima do peso.
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Para calcular o IAC utiliza-se a seguinte fórmula: divide-se a medida da circunferência do quadril pela altura multiplicada pela raiz quadrada da altura, diminuindo 18 do resultado final. Vamos fazer um exemplo: 1,60 de altura, 80cm de quadril IAC = [ 80/ (1,60 x √1,60) ] – 18 = [ 80/ 2,016 ] – 18 = [39,68] – 18 = 21,68

Como interpretar o resultado:
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O IMC, que é o sistema mais antigo, mede o índice de massa corporal relacionando o peso e a altura. Não considera a massa muscular, considerando as pessoas muito fortes (pesadas) como obesas. O IMC mostra o volume da pessoa, o quanto de massa tem distribuída. E o IAC diferencia a massa gorda (gordura) da massa magra(músculos).
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6. CAPACIDADES FÍSICAS

Capacidades Físicas são definidas como todo atributo físico treinável num organismo humano. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento comumente classificadas em diversos tipos: Resistência, Força, Velocidade, Agilidade, Equilíbrio, Flexibilidade e Coordenação motora (destreza).
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Velocidade: É a capacidade física que permite ao músculo realizar uma sucessão rápida de movimentos no menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal.
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Agilidade: É a qualidade física que permite mudar a direção do corpo no menor tempo possível. Conhecida como velocidade de “troca de direção”. Para a agilidade, a flexibilidade é importante.
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Força: É a capacidade física que permite deslocar um objeto, o corpo de um parceiro ou o próprio corpo através da contração dos músculos.
Equilíbrio: É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade. Pode ser de 3 tipos: dinâmico, estático e recuperado.
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Coordenação Motora (destreza): É a capacidade física que permite realizar uma sequência de exercícios de forma coordenada.
Flexibilidade: É a capacidade física que permite executar movimentos com grande amplitude, em uma ou mais articulações, sem causar lesões.
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Resistência: É a capacidade física que permite efetuar um esforço durante um tempo considerável, suportando a fadiga dele resultante e recuperando com alguma rapidez, sem perder a qualidade da execução.

7. ALONGAMENTO


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Alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu comprimento. O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade, que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação. Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior sua flexibilidade.
Essencial para o aquecimento e relaxamento dos músculos, deve ser uma atividade incorporada ao exercício físico, mas também pode ser praticado sozinho. Qualquer pessoa pode aprender a fazer alongamentos, independentemente da idade e da flexibilidade. Mesmo quem apresenta algum problema específico, como LER ou hérnia de disco também pode fazer alongamentos, mas com menos intensidade. Não é preciso grande condição física ou habilidades atléticas. 
Quando feitos de maneira adequada os alongamentos reduzem as tensões musculares relaxam o corpo, proporcionam maior consciência corporal,deixam os movimentos mais soltos e leves,previnem lesões,preparam o corpo para atividades físicas e ativam a circulação.
No caso de estudantes eles podem ser feitos até no intervalo das aulas, o alongamento ajuda na respiração, facilitando a circulação sanguínea o que aumenta o raciocínio.
Tanto uma vida sedentária, como a prática de atividade física regular intensa, em maior ou menor grau, promovem o encurtamento das fibras musculares, com diminuição da flexibilidade. Quanto à atividade física, esportes de longa duração como corrida, ciclismo, natação, entre outros, fortalecem os músculos, mas diminuem a sua flexibilidade.
Nos dois casos, a consequência direta desse encurtamento de fibras é a maior propensão para o desenvolvimento de problemas em ossos e músculos. 
Provavelmente, a queixa mais freqüente encontrada tanto entre sedentários, como entre atletas, é a perda da flexibilidade provocando dores lombares, por encurtamento da musculatura das costas e posterior das coxas, associado a uma musculatura abdominal fraca.
Com a prática regular de alongamentos os músculos passam a suportar melhor as tensões diárias e dos esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.

8. PRÁTICAS CORPORAIS E AUTONOMIA


Assistimos, nos últimos 15 anos, à ascensão da cultura corporal e esportiva (que denominaremos, de maneira mais ampla, “cultura corporal de movimento”) como um dos fenômenos mais importantes nos meios de comunicação de massa e na economia.
O esporte, as ginásticas, a dança, as artes marciais e as práticas de aptidão física tornam-se, cada vez mais, produtos de consumo (mesmo que apenas como imagens) e objetos de conhecimento e informação amplamente divulgados ao grande público. Jornais, revistas, games,internet, rádio e televisão difundem ideias sobre a cultura corporal de movimento. Há muitas produções dirigidas ao público adolescente. Crianças tomam contato precocemente com práticas corporais e esportivas do mundo adulto. Informações sobre a relação práticas corporais-saúde estão acessíveis em revistas femininas, jornais, noticiários e documentários de TV, nem sempre com o rigor técnico-científico que seria desejável. Não obstante isso, o estilo de vida gerado pelas novas condições socioeconômicas (urbanização descontrolada, consumismo, desemprego crescente, informatização e automatização do trabalho, deterioração dos espaços públicos de lazer, violência, poluição) leva um grande número de pessoas ao sedentarismo, à alimentação inadequada, ao estresse, etc. O crescente número de horas diante da televisão, especialmente por parte das crianças e adolescentes, diminui a atividade motora, leva ao abandono da cultura de jogos infantis e favorece a substituição da experiência de praticar esporte pela de assistir esporte.
Hoje, somos todos consumidores potenciais do esporte-espetáculo, como telespectadores ou torcedores em estádios e quadras. A proliferação de academias de ginástica e escolinhas de esportes atende às camadas média e alta. Centros esportivos e de lazer públicos oferecem, embora de maneira ainda insatisfatória, programas de práticas corporais à população em geral.
A cultura corporal de movimento tende a ser socialmente partilhada, quer como prática ativa ou simples informação. Tal valorização social das práticas corporais de movimento legitimou o aparecimento da investigação científica e filosófica em torno do exercício, da atividade física, da motricidade, ou do homem em movimento. Inicialmente restrito ao domínio da Fisiologia do Exercício, área da Medicina, esse campo de pesquisa está presente hoje em muitas áreas científicas, como História, Psicologia e Sociologia, além da Filosofia.
Por isso, não basta ao indivíduo apenas aprender habilidades motoras e desenvolver capacidades físicas, aprendizagem esta necessária, mas não suficiente. Se ele aprende os fundamentos técnicos e táticos de um esporte coletivo, precisa também aprender a organizar-se socialmente para praticá-lo, precisa compreender as regras como um elemento que torna o jogo possível (portanto é preciso também que aprenda a interpretar e aplicar as regras por si próprio), aprender a respeitar o adversário como um companheiro e não um inimigo, pois sem ele não há competição esportiva.
A pessoa , para ser uma praticante lúcida e ativa, deverá incorporar o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o melhor proveito possível. Tal ato implica também compreender a organização institucional da cultura corporal em nossa sociedade; é preciso prepará-la para ser uma consumidora do esporte-espetáculo, para o que deve possuir uma visão crítica do sistema esportivo profissional.
E como o homem moderno poderá melhor usufruir do esporte- espetáculo veiculado pelas mais diversas mídias ? Primeiro necessitamos instrumentalizá-lo para uma apreciação estética e técnica, fornecendo-lhe as informações políticas, históricas e sociais para que ele possa analisar criticamente a violência, o doping, os interesses políticos e econômicos no esporte. É preciso preparar o cidadão que vai aderir aos programas de ginástica aeróbica, musculação, natação, etc., em instituições públicas e privadas, para que possa avaliar a qualidade do que é oferecido e identificar as práticas que melhor promovam sua saúde e bem-estar. É preciso preparar o leitor/espectador para analisar criticamente as informações que recebe dos meios de comunicação sobre a cultura corporal de movimento (Betti, 1992).
Em um segundo momento, o indivíduo deverá compreender o seu  sentir e o seu relacionar-se na esfera da cultura corporal de movimento. Esta intensidade e modalidade de prática corporal foram adequadas para ele? Fizeram-no sentir bem? Foram significativas para ele? Foram prazerosas? Ele fatigou-se? Quais são, para ele, os sinais de fadiga? Quais práticas ele pode relacionar ao seu bem-estar ou fadiga? Que condições a sociedade em que ele vive oferece para se praticar esta atividade? Quais são os grupos sociais interessados nesta prática? Toda essa prática deve, progressiva e cuidadosamente, conduzir o indivíduo a uma reflexão crítica que o leve à autonomia no usufruto da cultura corporal de movimento (Betti, 1994a, 1994b).

9. ESPORTES

Atletismo
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O atletismo é um conjunto de atividades esportivas (corrida, saltos e arremessos), que tem a origem nas primeiras Olimpíadas realizadas na Grécia Antiga. Nos primeiros Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C, eram realizadas provas de corridas e arremessos de peso. Grande parte das provas de atletismo é realizada em estádios fechados. Nestes estádios, existem as demarcações específicas para cada prova e também os equipamentos como, por exemplo, no salto com varas. Algumas competições como, por exemplo a maratona, são realizadas em vias públicas. As principais modalidades do atletismo são: Corrida de pista: é a mais tradicional competição do atletismo e envolve várias provas: - Corridas disputadas em pistas ovais (cada atleta corre numa faixa): 100 metros rasos, 200 metros rasos e 400 metros rasos, - Corridas de Meio Fundo (os atletas não precisam ficar na raia): 800 metros e 1.500 metros. - Corridas de Fundo (dentro da pista): 5.000 metros e 10.000 metros. - Maratona (disputada nas ruas): percurso de 42,19 km. Corridas com obstáculos: São realizadas dentro dos estádios e se dividem em quatro modalidades: 100 metros (feminino), 110 metros (masculino), 400 metros (masculino e feminino) e 3.000 metros (feminino e masculino). Revezamento: As provas de revezamento são disputadas por grupos compostos por quatro atletas cada. Cada atleta corre um quarto da pista e passa um bastão para o atleta seguinte de sua equipe. Saltos:  - Salto em distância: o atleta corre numa pista, de no mínimo 40 metros, e deve efetuar o salto antes de uma tábua de 20 cm de largura. Ao cair na areia é feita a medição da distância obtida. Vence o atleta que conseguir o salto com maior distância. - Salto com Vara: os competidores usam uma vara longa e flexível para alçar altura e passar por cima de uma barra. - Salto triplo: combinação de três saltos sucessivos e coordenados. Vence o competidor que obtiver o salto que com maior distância. - Salto em altura: nesta competição o atleta deve percorrer uma pista (mínimo de 20 metros) e com uma vara saltar por cima do sarrafo (barra horizontal). O atleta pode tocar o sarrafo, porém o mesmo não pode cair. A altura vai aumentando a cada salto positivo. Vence o atleta que conseguir saltar maior altura sem derrubar o sarrafo. Arremessos e Lançamentos: Existem quatro modalidades nesta categoria: arremesso de peso, lançamento de dardo, de martelo e de disco. Em todas elas, vence o atleta que conseguir arremessar o objeto a uma distância maior. Federações e Confederações: As competições, regras e atividades internacionais de atletismo são organizadas pela IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo). No Brasil, temos a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).

Basquetebol
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O basquetebol é um esporte criado em 1891 pelo professor de Educação Física James Naismith, da Associação Cristã de Moços de Springfield, no Canadá. Esse é um esporte jogado por 5 atletas que têm como objetivo passar a bola de mão em mão até que ela chegue na cesta adversária. O basquete é jogado em uma quadra delimitada por linhas. É colocada uma cesta em duas extremidades de forma que elas fiquem uma de frente para a outra. O aro dessas cestas são colocadas a 3,05 metros de altura do chão. Pode ser praticado em quadra fechada ou ao ar livre.
Os atletas do basquete podem caminhar em quadra desde que driblem, ou seja, batam a bola no chão a cada passo; não é permitido andar sem driblar. O jogador pode passar a bola para um companheiro ou arremessar na cesta adversária.
O primeiro jogo de basquete foi disputado em 1892, com 9 jogadores para cada equipe e a bola era a mesma utilizada nos jogos de futebol. O basquete virou esporte Olímpico em 1936, quando entrou oficialmente nos Jogos Olímpicos de Verão de Berlim.
As regras do basquete são bem fáceis e distintas. A cesta é o ato de passar a bola no aro adversário e a pontuação de cada cesta é definida conforme a distancia que a pessoa acertou. Então dois pontos valem se a pessoa lançou a bola da área do garrafão, para os três pontos é preciso acertar fora da linha dos 6,75 metros. Cada equipe tem meia quadra. A marcação é livre, desde que não se toque no jogador ou arranque a bola da mão dele; é preciso interceptar um lançamento.
Os fundamentos básicos do basquete são: drible, passes, arremessos e rebote.
O campeonato mais importante de basquete é o realizado pela NBA, uma verdadeira sensação internacional. A organização internacional do esporte fica a cargo da FIBA – Federação Internacional de Basquetebol e é ela que administra a modalidade mundialmente. No Brasil, temos a Confederação Brasileira de Basquetebol – CBB, como responsável por esse esporte e aqui é realizado o NBB – Novo Basquete Brasil, campeonato organizado pela Liga Nacional de Basquete com a chancela da CBB. Pela FIBA, cada jogo de basquete tem duração de 40 minutos, divididos em 4 períodos iguais de 10 minutos com intervalos de 15 minutos entre o 2º e o 3º período. A cada troca de período, muda-se o lado da quadra que a equipe defende.
O basquete também ganhou uma adaptação para os deficientes, o basquete em cadeiras de rodas, totalmente adaptado para as pessoas que estão em cadeiras de rodas também poderem praticar o esporte.

Futsal ou Futebol de Salão
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O futebol de salão ou futsal começou a ser praticado em 1930 por jovens freqüentadores da Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo e em Montevidéu, no Uruguai. Devido à dificuldade para encontrar campos de futebol, improvisaram "peladas" nas quadras de basquete e hóquei aproveitando as traves usadas na prática desse último esporte. 
O Uruguai, nos anos 30, era a grande referência no futebol, sua seleção foi bicampeã olímpica e sede da primeira Copa do Mundo de Futebol, promovida pela FIFA, sendo também a primeira seleção campeã. O futebol estava em alta nos dois países e o intercâmbio dentro da ACMs era constante. 
Para os uruguaios, o criador do futsal foi o professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da ACM de Montevidéo. Nesta associação, um grupo de jovens alunos, empolgados com o sucesso do futebol uruguaio, praticavam-no como recreação em quadras de basquete.
Entretanto, os brasileiros, argumentam que o jogo praticado no Uruguai não estava ainda organizado e poderia ser praticado por cinco, seis e até sete jogadores. Nas décadas de 30 e 40, este "protótipo" do que viria a ser o futebol de salão era intensamente praticado nas ACMs dos dois países.
Com isso, concluímos que, de fato, a prática de um tipo de futebol dentro de quadras começou na Associação Cristã de Moços, seja ela no Brasil ou no Uruguai. 
O futsal difundiu-se rapidamente por outros estados e na década de 50 começaram a ser fundadas as federações estaduais de futebol de salão. Até 1958, São Paulo e Rio de Janeiro disputavam a primazia do jogo, havendo divergências entre as regras locais. Tudo se resolveu com a oficialização da prática pela Confederação Brasileira de Desportos nesse ano, que padronizou as regras e aceitou as federações estaduais como filiadas.
COMO SE JOGA: Futsal, ou futebol de salão, é uma adaptação do futebol de campo para quadra. Joga-se em espaços chamados "quadras polivalentes", demarcados também para outros esportes, como vôlei e basquete. Participam duas equipes de cinco jogadores cada, com bola menor, mais pesada e menos flexível que a do futebol tradicional. 
O Futsal é disputado em quadras de 25 a 42 m de comprimento por 16 a 25 m de largura. A bola pesa de acordo com cada categoria disputada. As metas medem três metros de largura por dois de altura, à frente das quais demarcam-se áreas cujas linhas são equidistantes quatro metros da linha de gol. O objetivo do jogo é marcar tentos, como no futebol de campo, mas algumas regras são exclusivas do Futsal. 
O arremesso lateral e o arremesso de canto são cobrados com os pés; após a quinta falta coletiva, a equipe infratora é punida com a cobrança de um tiro livre direto, sem barreira, do local onde foi cometida a falta; o atleta que cometer cinco faltas será desclassificado e o goleiro deve sempre repor a bola em jogo, com a mão ou com os pés, quatro segundos após defendê-la. A partida tem a duração de quarenta minutos (dois tempos de vinte) para as categorias Adulta, Sub-20 e Sub-17. Para a categoria Sub-15, a partida dura trinta minutos(dois tempos de quinze). Para as categorias menores, cada Federação fixa o tempo.

Ginástica
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A ginástica é um conceito que engloba modalidades competitivas e não competitivas e envolve a prática de uma série de movimentos exigentes de força, flexibilidade e coordenação motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e mental.
Desenvolveu-se, efetivamente, a partir dos exercícios físicos realizados pelos soldados da Grécia Antiga, incluindo habilidades para montar e desmontar um cavalo e habilidades semelhantes a executadas em um circo, como fazem os chamados acrobatas. Naquela época, os ginastas praticavam o exercício nus (gymnos – do grego, nu), nos chamados gymnasios, patronados pelo deus Apolo. A prática só voltou a ser retomada - com ênfase desportiva e militar - no final do século XVIII, na Europa, através de Jean Jacques Rousseau, do posterior nascimento da escola alemã de Friedrich Ludwig Jahn - de movimentos lentos, ritmados, de flexibilidade e de força - e da escola sueca, de Pehr Henrik Ling, que introduziu a melhoria dos aparelhos na prática do esporte. 
Anos mais tarde, a Federação Internacional de Ginástica foi fundada, para regulamentar, sistematizar e organizar todas as suas ramificações surgidas posteriormente. Já as práticas não competitivas, popularizaram-se e difundiram-se pelo mundo de diferentes formas e com diversas finalidades e praticantes.
A ginástica moderna, dirigida pela Federação Internacional de Ginástica, incorpora seis modalidades distintas, com uma delas divida em duas ramificações de importância igual, gerando assim um total de sete, de acordo com a visão da federação, que deu ainda a cada uma delas um específico Código de Pontos. Uma dentre as demais, não competitiva, reúne no concreto, o conceito da ginástica em si:
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Nas escolas, as modalidades mais praticadas são :Ginástica Artística e Ginástica Rítmica.
A Ginástica Artística, também chamada de Olímpica, por ser a mais antiga de todas, tem sua história constantemente confundida com a da própria ginástica. Enquanto cunho esportivo, a ginástica artística foi a primeira ramificação da ginástica em si, em matéria de combinação de exercícios sistemáticos, criada para diferenciar as técnicas e os movimentos criados das práticas militares. Sua inserção nos Jogos Olímpicos da era moderna, deu à ginástica o status de esporte olímpico, no qual se desenvolveram e são disputadas suas demais modalidades competitivas dentro do conceito de esporte e modalidade do Comitê Olímpico Internacional.
Suas competições dividem-se em duas submodalidades. Enquanto os homens disputam oito provas - equipes, concurso geral, cavalo com alças, argolas, barras paralelas, barra fixa, solo e salto -, as mulheres disputam seis - equipes, individual geral,solo,salto, trave e barras assimétricas. Os ginastas devem mostrar força, equilíbrio, coordenação, flexibilidade e graça .
A Ginástica Rítmica, data do século XVI o primeiro relato acerca da prática da ginástica ligada ao ritmo. A partir disso, foram mais de duzentos anos até se tornar um conjunto uniforme de dança, levado à extinta União Soviética, onde passou a ser ensinado como um novo esporte. Mais tarde, obteve sua independência da modalidade artística - para a qual deixou a musicalidade - e um sistema organizado, com aparelhos e competições próprios. Em 1996, tornou-se um esporte olímpico, cem anós após a entrada da ginástica em Jogos Olímpicos. Esta modalidade envolve movimentos de corpo em dança de variados tipos e dificuldades combinadas com a manipulação de pequenos equipamentos. Em suas rotinas, são ainda permitidos certos elementos pré-acrobáticos, como os rolamentos e os espacates. As atletas, durante suas apresentações, devem mostrar coordenação, controle e movimentos de dança harmônicos e sincronizados com as companheiras e a música.

Handebol
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O Handebol é mais uma das modalidades desportivas que o Velho Mundo nos enviou. Anteriormente, o handebol já apresentou grandes distinções em termos de preferência entre o que se chamou Handebol de campo e Handebol de Salão. Hoje, a carência de locais no Brasil, ou melhor, a maior disponibilidade de quadras e não de campos, fez prevalecer o handebol de salão, que absorveu a prática da modalidade em todo País.
O handebol foi idealizado por um professor de Educação Física, o alemão Karl Schelenz que, procurando dar às suas classes femininas uma atividade alegre e movimentada, criou o handebol com base num jogo tcheco chamado “Azena”. Por volta de 1914, Berlim foi palco das primeiras disputas que se desenrolaram num campo de 40x20 metros. Depois passou a ser praticado por homens, por isso, foram modificadas algumas regras e aumentadas as dimensões do campo, passando para 40x80 metros, Mais tarde, as medidas foram igualadas às de um campo de futebol, já com onze jogadores, com a bola reduzida de tamanho, permitindo o manuseio com uma só mão. Isto proporcionou maior movimentação e satisfação na prática do jogo. Esse era o handebol de campo.
O handebol tomou maior impulso no meio estudantil. Suas características, facilidade de na aprendizagem e execução natural dos fundamentos, permitiram o emprego da velocidade, movimentação, força nos arremessos, e habilidade no manejo da bola. Em 1927, foi criada a Federação Internacional de Handebol, com 39 países inscritos, mas somente em 1938 foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, sagrando-se campeão a Alemanha. 
Os rigores dos inverno não permitiam a prática do handebol em campo aberto, fato que levou este esporte a uma adaptação, para que pudesse ser praticado em recinto fechado e de menor tamanho. Coube aos suecos a inovação que foi o “inne-hand-ball” (handebol no interior) ou “hallen-handeball” (em alemão handebol de salão) como o chamam os alemães, diminuindo o tamanho do campo e o numero de jogadores, que passou a ser de sete atletas.
Com isso, as jogadas ganharam em movimentação e rapidez. A natureza do piso possibilitava a maior movimentação com a bola. O campo, por ser de dimensões menores, permitia a todos os jogadores em campo atacarem e defenderem em bloco, o que imprimia às jogadas uma espantosa velocidade, com grandes possibilidades de gol.
O handebol de salão tornou-se um esporte independente, com técnica e tática própria, suplantando o handebol de campo, que sofreu a concorrência do futebol, mais atraente e já implantado em todos os países do mundo.
O handebol veio para o Brasil por volta de 1930. Difundiu-se inicialmente em São Paulo onde, em 16 de fevereiro de 1940, foi fundada a Federação Paulista de Handebol. Inicialmente, o handebol foi praticado por onze jogadores isoladamente, por grupos de colônias estrangeiras e por alguns clubes classistas e equipes de firmas comerciais.
A duração normal da partida para todas as equipes com jogadores de idade igual ou acima de 16 anos, é de 2 tempos de 30 minutos. O intervalo de jogo é normalmente de 10 minutos. A duração normal da partida para equipes de jovens é 2 X 25 minutos no grupo de idade entre 12-16 anos e 2 X 20 minutos no grupo de idade entre 8-12 anos. Atualmente, o handebol disputado por equipes de sete jogadores é o mais popular.
No handebol os jogadores movimentam a bola através de passes feitos com a mão até chegarem na área do gol adversário. Os defensores fazem com o corpo uma barreira na área de lançamento para tentar impedir o gol. Se o goleiro não defender, sua equipe recomeça o jogo a partir do meio do campo.
O handebol de sete jogadores é disputado em quadras de 40 metros de comprimento por 20 metros de largura com duas traves de 3 metros de largura por 2 metros de altura cada.

Voleibol
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O voleibol atualmente é o segundo esporte em popularidade no Brasil e nossas seleções estão colocadas entre as melhores do mundo. É um esporte executado em uma quadra retangular de 18 X 9 metros, com duas equipes separadas por uma rede e seu objetivo é colocar a bola no chão da quadra da equipe adversária. Sua principal característica é o uso das mãos, embora o uso de outras partes do corpo também seja permitido pelas regras oficiais. 
O voleibol surgiu nos Estados Unidos, em 1895,na Associação Cristã de Moços, através de William George Morgan. O objetivo era criar um esporte onde não existisse contato físico entre os praticantes, de modo a minimizar o risco de lesões.Ele procurou mesclar elementos do tênis e do basquetebol. As primeiras regras surgiram em 1897 e permitiam sua prática tanto em locais fechados, como quadras e ginásios, como em locais abertos, como parques e praias. Nessa época, não havia limite no número de jogadores e o objetivo era manter a bola em movimento sobre uma rede estendida de um lado a outro da quadra. Quando a bola caia no chão da quadra adversária era marcado um ponto.
Hoje as regras oficiais definem que cada equipe deve ser composta por seis atletas. Uma equipe inicia a partida sacando e à equipe adversária é permitido dar até três toques na bola antes de devolvê-la. É ganhadora a equipe que primeiro vencer três sets, com 25 pontos cada.
Recentemente o Volei de Praia, modalidade derivada do voleibol de quadra e com regras específicas, tem tido destaque em todo o mundo e o Brasil figura entre os países de destaque na modalidade.
As principais habilidades utilizadas no voleibol são: saltar, correr, lançar e rebater. Ou seja: para chegar à bola è necessário correr; para cortar a bola durante um ataque é preciso saltar; para colocar a bola em jogo(sacar) é preciso lançar: e para devolver a bola à quadra adversária é preciso rebater. Mas outras habilidades são específicas desse esporte: bloqueio, saque, manchete e toque. Os principais fundamentos do voleibol são:
Manchete: as pernas devem estar afastadas até a largura dos ombros e levemente flexionadas, com uma perna à frente da outra e os braços devem ser unidos pelas mãos sobrepostas, estendidos à frente do corpo. A bola deve ser rebatida com os antebraços, o que permite que ela seja amortecida e tome outra direção.
Toque: as pernas devem estar abertas até na largura dos ombros e semiflexionadas. Os braços também devem estar semiflexionados, direcionados acima da cabeça e à frente do corpo. O contato das mãos com a bola darse-á por meio da parte interna dos dedos.
Saque: o movimento inicial deve acontecer com os pés em paralelo e a perna contrária ao braço que irá bater na bola deve ficar à frente. A bola deve ser segurada à frente da mão que fará o saque, enquanto o braço de ataque se movimenta de trás e cima para golpear a bola.
Cortada: trata-se de uma rebatida de bola, caracterizada pela alta velocidade que esta atinge a quadra adversária.
Como curiosidade, existe no voleibol moderno, desde 1998, a função de líbero, um atleta especializado nos fundamentos que são realizados com mais frequência no fundo do campo, isto é, recepção e defesa. O objetivo foi o de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste modo mais atraente para o público. Um conjunto específico de regras se aplicam exclusivamente a este jogador, como utilizar equipamento diferente, não ser capitão do time, nem atacar, bloquear ou servir. Quando a bola está fora de jogo ele pode trocar de lugar com qualquer outro jogador sem notificar o árbitro,sem que essas substituições contem para o número legalmente permitido em cada set.Ele só pode levantar de toque do fundo da quadra.

Danças
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A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia), ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados, é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela. A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculado das particularidades do teatro.
A Dança é a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria. Não é somente através do som de uma música que se pode dançar, pois os movimentos podem acontecer independentes do som que se ouve, e até mesmo sem ele. A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na pré-história, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas.
O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, onde as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros registros dessas danças mostram que as mesmas surgiram no Egito, há dois mil anos antes de Cristo. Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em virtude das comemorações aos jogos olímpicos. O Japão preservou o caráter religioso das danças, onde as mesmas são feitas até hoje, nas cerimônias dos tempos primitivos. Em Roma, as danças se voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao deus Baco (deus do vinho), onde dançava-se em festas e bacanais.
Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse propósito. Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como espetáculos teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura. No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, onde cada localidade apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares, como a valsa, a polca, o tango, dentre outras.
Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo musical e, consequentemente, os ritmos das danças. Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os aspectos culturais foram se difundindo.

Lutas
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Boxe: É um estilo de luta no qual são usado apenas os punhos, tanto para defesa tanto para o ataque. A palavra Boxe vem do inglês to box que significa lutar, bater.
O boxe era muito praticado pelos ingleses e muitas vezes as lutas aconteciam com as mãos nuas, assim as lutas se tornaram brutais e em 1872 foram criadas as regras onde as lutas teriam 3 minutos de round e 1 minuto de intervalo, e os lutadores eram obrigados a usar luvas. Seus principais golpes são Jab ou jabe: Golpe frontal com o punho que está a frente na guarda. Direto: Golpe frontal com o punho que está atrás na guarda.Cruzado (cross): Tão potente quanto o direto, porém o alvo é a lateral da cabeça do adversário. Hook ou gancho: Desferido em movimento curvo do punho, atingindo lateralmente a cabeça ou abdome, dificultando a defesa do oponente. Uppercut: Golpe desferido de baixo para cima visando atingir o queixo do oponente.
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Judô: O judô é uma arte marcial esportiva. Foi criado no Japão, em 1882, pelo professor de Educação Física Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Kano tinha como objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico, espírito e mente. Esta arte marcial chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno período da imigração japonesa. O judô teve uma grande aceitação no Japão, espalhando, posteriormente, para o mundo todo, pois possui a vantagem de unir técnicas do jiu-jitsu (arte marcial japonesa) com outras artes marciais orientais.
As lutas de judô são praticadas num tatame de formato quadrado (de 14 a 16 metros de lado). Cada luta dura até 5 minutos. Vence quem conquistar o ippon primeiro. Se ao final da luta nenhum judoca conseguir o ippon, vence aquele que tiver mais vantagens.
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Jiu-Jitsu: Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou “arte suave”, nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.
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Karatê: O karatê é uma arte marcial que era usada pelos guerreiros japoneses na época das guerras. Mas hoje não é só ensinada como arte marcial, mas também como condicionamento físico, defesa pessoal, forma de socialização do indivíduo, com intuito de competição e vários outros objetivos.
No ano de 1470, a ilha de Okinawa estava dominada pelos chineses, e os nativos foram proibidos de usarem armas, que na época eram as espadas. Como eles não podiam usar armas para se defender começaram a desenvolver técnicas de luta utilizando apenas as mãos, que por serem desarmadas a luta passou a ser conhecida como Karatê-Dô. Em japônes mãos significa “TE”, vazias significa “KARA” e “DO” caminho, então Karatê-Dô quer dizer “Caminho das Mãos Vazias”, ou seja, sem armas ou qualquer outro objeto que possa ser usado para se defender.

Pilates
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É um método de alongamento e exercícios físicos que se utilizam do peso do próprio corpo em sua execução. É uma técnica de reeducação do movimento, composto por exercícios profundamente alicerçados na anatomia humana, capaz de restabelecer e aumentar a flexibilidade e força muscular, melhorar a respiração, corrigir a postura e prevenir lesões. Foi elaborado em 1920 pelo alemão Joseph Pilates, nascido em 1880, que possuía diversos problemas de saúde. Joseph criou uma atividade física baseada em seis princípios básicos: respiração, concentração, controle, alinhamento, centralização e integração de movimentos.
1. CONCENTRAÇÃO: o aluno deve prestar atenção a cada movimento que está executando, sempre visualizando o próximo passo do exercício, dessa forma o sistema nervoso central vai escolher a combinação correta de músculos para executar o movimento. Corpo e mente devem trabalhar de forma coordenada!
2. CONTROLE: todos os movimentos são feitos de forma controlada, o importante é a qualidade do movimento e não a quantidade.
3. CONTROLE DO CENTRO: todos os movimentos originam-se a partir do centro de força (abdome, quadrado lombar e glúteos). Antes de iniciar um exercício, o centro de força deve ser ativado de forma a estabilizar a coluna protegendo-a de possíveis lesões.
4. MOVIMENTO FLUÍDO: os movimentos são feitos de forma leve e controlada, sem "trancos", como uma dança suave!
5. PRECISÃO: movimentos coordenados e precisos. Pilates dizia "Concentre-se nos movimentos certos cada vez que você faz um exercício, caso contrário, você os executará de forma inadequada e eles perderão o seu valor".
6. RESPIRAÇÃO: É feita de forma profunda, a respiração adequada durante os exercícios oxigena o sangue e elimina os gases nocivos.
A inspiração é feita pelo nariz e a expiração pela boca, durante a expiração o abdome é suavemente afundado (umbigo na direção das costas) e contraído.
BENEFÍCIOS:
1 - Uma ótima maneira de relaxar e bater estresse Pilates é uma forma suave de exercício que literalmente lhe reintroduz ao seu próprio corpo. E quanto melhor você entender o seu corpo e como ele funciona, mais fácil será para você liberar a tensão, relaxar e combater o stress da vida moderna. 
2 - Pilates Melhora seu equilíbrio e coordenação A prática do Método Pilates ajuda a melhorar o seu equilíbrio e coordenação pelo realinhamento da coluna e fortalecimento do "core". Um melhor equilíbrio e coordenação significam menos lesões. Vem daí o grande sucesso do Método Pilates entre os atletas, bailarinos e esportistas.
3 - Exercícios pilates Sem sofrimento muitas pessoas simplesmente não podem nem pensar na rotina de uma academia de musculação, muito menos no esforço físico para ganhar músculos. Método Pilates é uma técnica de exercício não aeróbico, suave, mas que fornece tônus e fortalece os músculos de dentro pra fora.

Treinamento Funcional
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Na atualidade o treinamento funcional, mantém a sua essência como um método de treinamento físico, com a premissa básica de melhoria da aptidão física relacionada à saúde ou melhoria da aptidão física relacionada à performance e prevenção de lesão músculo esquelético.
O treinamento funcional tem como características a melhoria das habilidades biomotoras; habilidades essas que facilitam a prática de atividades físicas. Produção de movimentos mais eficientes; muito necessário para os atletas de diversos esportes de alto rendimento; apropriado para condicionados ou não.
O treinamento funcional, é desenvolvido para ser um sistema de treinamento focado nos movimentos fundamentais do homem primitivo e que são executados também no cotidiano do homem moderno, são eles os movimentos de: agachar, avançar, abaixar, puxar, empurrar, levantar e girar.
Novamente no treinamento funcional algumas valências físicas são treinadas para melhorar ainda mais os movimentos dos atletas nas competições como:
1. EQUILÍBRIO: capacidade para assumir e sustentar qualquer posição do corpo contra a força da gravidade.
2. FORÇA: habilidade que permite o músculo ou grupo de músculos produzir uma tensão e vencer ou igualar-se a uma resistência na ação de empurrar, tracionar ou elevar.
3. FLEXIBILIDADE: é a capacidade de amplitude dos movimentos das diferentes partes do corpo que depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular. Portanto a flexibilidade capacita as pessoas a aumentarem a extensão dos movimentos, numa articulação determinada.
4. RESISTÊNCIA: qualidade física que permite um determinado esforço, durante um determinado tempo.
5. COORDENAÇÃO: capacidade de realizar movimentos complexos de modo conveniente, para que possam ser realizados com o mínimo de esforço.
6. VELOCIDADE: qualidade física particular do músculo e das coordenadas neuromusculares, que permite a execução de uma sucessão rápidas de gestos, em que seu encadeamento constitui uma só e mesma ação, de intensidade máxima e duração breve ou muito breve.
COMPONENTES DO PROGRAMA DO TREINAMENTO FUNCIONAL
1. TREINAMENTO DO CORE: treinamento da região abdominal, para melhorar a postura e preservar a coluna vertebral
2. TREINAMENTO DE EQUILÍBRIO ESTÁTICO E DINÂMICO; melhoria do equilíbrio tanto em repouso quanto em movimento, facilitando as atividades que dependem do equilíbrio.
3. TREINAMENTO DE FORÇA MUSCULAR (FORÇA E POTÊNCIA): melhoria da força combinada com a velocidade, voltada para as praticas esportivas principalmente.
4. TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE: melhorar a flexibilidade dos indivíduos principalmente dos idosos
5. TREINAMENTO AERÓBIO: melhorar a condição cardiorrespiratória dos indivíduos principalmente os que precisam trabalhar a resistência. 

Musculação
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A musculação é uma atividade que consiste em trabalhar a musculatura corporal, realizando exercícios contra uma resistência que pode ser empregada das mais variadas formas, como uma carga em halter ou em uma barra longa, em um aparelho com baterias de placas, tensores elásticos, aparelhos de ar comprimido, ou simplesmente contra a força da gravidade.
Historicamente a musculação apresenta-se como uma das práticas físicas mais antigas do mundo, já que existem relatos históricos datados do início dos tempos que confirmam o exercício de ginástica com pesos. A história mais conhecida data da época da Grécia Antiga, quando Milon de Creton, cidadão grego, iniciou seu treinamento levantando um pequeno bezerro nas costas.
À medida que o bezerro ia crescendo provocava sobrecarga ao organismo daquele que estava treinando, acarretando adaptações orgânicas que permitiam ao mesmo suportar aquela nova carga que lhe era imposta a cada dia. Acredita-se que este treinamento foi o método originário do princípio da sobrecarga.
A musculação como forma de competição onde se exibia os músculos tem como dado oficial o registro da primeira competição em 1901 em Londres. Possivelmente tenham existidos outros campeonatos, mas este é o que parece que deu início oficial ao esporte. Esta competição foi intitulada: "O Físico mais Fabuloso do Mundo" e foi idealizado e realizado por Eugene Sandow e contou com 156 atletas. O vencedor foi Willian Murray, que mais tarde se tornou ator, cantor e músico, tendo criado números artísticos com atletas que imitavam gladiadores, junto com estes eventos criou  campeonatos de Musculação na Inglaterra.
Nos dias atuais a musculação é utilizada por seus praticantes com objetivos distintos, como aumento de força e de massa muscular, diminuição do peso corporal, massa gorda e percentual de gordura, melhora do condicionamento físico geral, aumento da performance esportiva, da potência ou da resistência muscular. A musculação pode ser realizada por diferentes grupos de indivíduos, desde adolescentes a idosos, passando por aquelas pessoas que precisam de cuidados especiais, como cardiopatas (portadores de distúrbios no coração), diabéticos, hipertensos (indivíduos com pressão arterial acima do normal), portadores de deficiência física, indivíduos que estão em fase de recuperação de lesões ou em quadro pósoperatório, liberados pelo médico para fortalecimento muscular.
O treinamento na musculação deve ser acompanhado por um professor, formado em educação física, especialista na área de musculação, que irá planejar a rotina de treinamento do aluno e acompanhá-lo no dia-a-dia, dentro da academia. Este profissional é de fundamental importância no processo de evolução do praticante, pois ele tem uma maneira diferente, dos alunos, de ver esta atividade. O professor deve orientar o aluno quanto ao conteúdo do programa de treinamento, a forma correta de execução dos exercícios, o correto posicionamento nos aparelhos, deve dar orientação quanto às dúvidas dos alunos e ajudar os alunos, com menos experiência ou até os avançados, que utilizam o professor como uma ferramenta para uma correta execução dos exercícios e por motivo de segurança, e para uma melhor performance.

Esporte Paraolímpico
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São esportes direcionados para pessoas com necessidades especiais que Incluem atletas com pouca mobilidade, amputados, cegos ou com paralisia cerebral. Realizados pela primeira vez em 1960 em Roma, Itália, têm sua origem em Stoke Mandeville, na Inglaterra, onde ocorreram as primeiras competições esportivas para deficientes físicos, como forma de reabilitar militares atingidos na Segunda Guerra Mundial. Em 1939, o neurologista alemão de origem judia Ludwig Guttmann foi forçado pelo governo nazista da Alemanha a deixar o país com sua família e se estabelecer na Inglaterra. Em 1943, ele foi indicado pelo governo britânico para chefiar o Centro Nacional de Traumatismos na cidade de Stoke Mandeville, sendo sua principal missão a reabilitação de soldados que serviram na Segunda Guerra Mundial. Guttmann desenvolveu uma nova filosofia de tratamento para os seus pacientes que unia trabalho e esporte. Entre as modalidades usadas no tratamento estavam basquetebol, tiro com arco, dardos e bilhar. Com o sucesso do novo sistema, ele promoveu, em 28 de julho de 1948, o primeiro evento esportivo exclusivo para portadores de deficiência. O evento continuou a ocorrer todos os anos, tornando-se internacional em 1952, quando quatro atletas dos Países Baixos competiram. O crescimento continuou de maneira acelerada até que, em 1960, a competição ocorreu pela primeira vez fora do Reino Unido.
MODALIDADES PARALÍMPICAS
1- Atletismo
2- Basquete em cadeira de rodas
3- Boccia
4- Ciclismo
5- Esgrima em cadeiras de rodas
6- Futebol de 5
7- Futebol de 7
8- Goalball
9- Judô
10- Halterofilismo
11- Hipismo
12- Natação
13- Remo
14- Rugby em cadeira de rodas
15- Tênis em cadeira de rodas
16- Tênis de mesa
17- Tiro
18- Tiro com arco
19- Vela
20- Vôlei
Esportes Pouco Praticados no Brasil
PARKOUR: Por vezes abreviado como PK ou l´art du déplacement traduzido para nossa lingua significa arte do deslocamento. É uma atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápido e eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto — e pode ser praticado em áreas rurais e urbanas. Homens que praticam parkour são reconhecidos como traceur e mulheres como traceuses.
Históricamente As inspirações para essa arte surgiram de várias partes, primeiramente pelo méthode naturelle (Método Natural de Educação Física) desenvolvido por Georges Hébert no século XX. Soldados Franceses no Vietnã inspirados pelo trabalho de Georges Hébert criaram o treinamento militar: parcours du combattant. David Belle foi iniciado no treinamento militar e méthode naturelle por seu pai, Raymond Belle — um bombeiro Francês que praticava as duas disciplinas. David Belle continuou a praticar outras atividades como artes marciais e ginástica, buscando aplicar suas habilidades adquiridas de forma prática na vida.
Depois de se mudar para Lisses, David Belle continuou sua jornada. "Desde então nós desenvolvemos" disse Sébastien Foucan no documentário Jump London, "e realmente em toda a cidade lá estávamos; lá estava o parkour. Você precisa apenas olhar, você precisa apenas imaginar, como uma criança" descrevendo a visão do parkour. No final da década de 1990, David Belle e Sébastien Foucan, dois nomes importantes, foram divergindo seus ideais até que se separaram por completo. Para Foucan, parkour é uma atividade mais ligada às filosofias orientais e seus movimentos estão baseados na autonomia e nas energias positivas, além de ser aberto a outras influências, tais como break dance. Com o documentário Jump London, o termo Free running foi criado e difundido. Desde então, o termo free running vem sendo usado para denominar a prática conforme divulgada por Foucan, ou seja, com inclusão de movimentos acrobáticos e ineficientes, do ponto de vista do conceito de utilidade, característico do método natural e do parkour.
Sem limitações de espaços para ser praticado, o parkour é acessível a todos, possibilitando o auto-conhecimento do corpo humano e mente como o desenvolvimento da força, resistência, coordenação motora, ao mesmo tempo que desenvolve a concentração, força de vontade, determinação e coragem — qualidades que favorecem o bem estar e a qualidade de vida, educando jovens ávidos por novas experiências. Um traceur ou traceuse é potencialmente um ótimo praticante de outras atividades físicas que necessitam de auto-controlo, agilidade, destreza, força, raciocino rápido e observação.
Equipamentos: Parkour oferece grande liberdade e custo mínimo para ser praticado, sendo recomendados os seguintes acessórios:
- Calça leve
- Camiseta leve
-  Tênis macio e com sola reta
Todos os equipamentos ou acessórios são opcionais.
Acidentes: Parkour requer absoluta concentração e consciência de seus obstáculos como: avaliação de distância, capacidade e risco. O conjunto mental é combinado ao controle e poder do corpo e do espírito. Os praticantes costumam adotar a seguinte frase para descrever parte de sua filosofia: "é ridículo procurar liberdade e acabar quebrado numa cadeira de rodas". Mesmo assim o parkour é uma arte que requer disciplina, treinando sua mente com bom-senso, e respeitando seus limites. Desse modo, acidentes podem ser amenizados ou até evitados.
São raros os acidentes relacionados a esta arte, mas podem ser graves — devido a se subestimarem os riscos da prática e à excitação dos jovens em fazer algo incrível que viram dos amigos, colegas ou vídeos na TV ou internet. 
Movimentos:  A definição básica da finalidade do parkour observando instintivamente nos remete à ideia de andar e correr; transpor obstáculos seria seu aperfeiçoamento, sua evolução.
RUGBY: É um esporte coletivo originário da Inglaterra de intenso contato físico, que se originou do futebol. Historicamente existem diversos caminhos que levam ao surgimento desse esporte. Um deles é uma lenda que fala sobre a um jovem londrino chamado William Webb Ellis, um estudante que durante uma partida de futebol realizada em 1823 na Rugby School, teria ficado irritado com a monotonia do jogo e teria agarrado a bola nos braços e corrido o campo, provocando a  ira de seus colegas, que tentaram pará-lo, agarrando-o de qualquer maneira. Teria assim nascido o jogo de rúgby; Outra versão acredita que a bola era carregada com os braços com freqüência durante 1820 e 1830, onde estudantes da Rugby School dizem que a bola  carregada fazia parte do jogo há muito tempo, contrariando a história de William. Após o seu surgimento houve uma padronização das regras do esporte que diferenciou o "Football Rugby" do "Football Association". Onde em 1871 foi fundada a Rugby Union em Londres, e da Inglaterra expandiu-se para o mundo, para países como Gales, Escócia, Irlanda, França além das colônias do Império Britânico: Austrália, África do Sul, Nova Zelândia, Canadá e EUA;
Características: Tanto as mãos quanto os pés podem ser utilizados; o jogador pode correr com a bola sem qualquer impedimento, observando o jogo limpo; os pontos são marcados carregando a bola através da linha de pontuação e através de chutes ao "H"; a bola só pode ser passada para trás; um jogador atacante somente deve participar de uma jogada caso entre em jogo a partir de uma posição anterior ao carregador da bola; as traves no final do campo (o "H") são utilizadas somente para marcar a linha do gol (melhor chamada de linha de try), e utilizadas para efetuar os chutes de conversão e drop goals. A maior pontuação do Rugby, o try, é feito apoiando a bola em qualquer lugar após a linha de try e não necessariamente embaixo das traves.
RUGBY no Brasil: O Rugby foi trazido ao Brasil por Charles Miller que teria organizado em 1895 o primeiro time de rugby brasileiro, em São Paulo. O primeiro clube a praticar o esporte, o Clube Brasileiro de Futebol Rugby (Rio de Janeiro), teria sido fundado em 1891. O rugby começou a ser jogado regularmente no Brasil em 1925, no Campo dos Ingleses, pertencente ao São Paulo Athletic Club, em Pirituba, São Paulo. Em seis de outubro 1963, foi fundada, com sede em São Paulo, a União de Rugby do Brasil, com a finalidade de organizar e dirigir o rugby brasileiro. Em 1964 Brasil sagrou-se Vice-Campeão Sul Americano; em 1966 foi realizada a primeira partida entre duas escolas de ensino superior - A.A.A. Oswaldo Cruz x A.A.A. Horácio Lane. Em vinte de dezembro de 1972, foi fundada da Associação Brasileira de Rugby, em substituição à União de Rugby do Brasil.
BADMINTON: Supõe-se que o Badminton terá tido a sua origem num popular jogo indiano. Cerca do ano de 1800, existia na India um jogo chamado “Poona”, o qual, devido à sua enorme popularidade, acabou por ser trazido para a Europa pelos oficiais ingleses que prestavam serviço naquela colónia inglesa. Chegado a Inglaterra, por volta de 1860, sabe-se que esse jogo era jogado pelas filhas do Duque de Beaufort’s num salão da moradia da família, que se chamava Badminton House. 
Foi esta família que introduziu uma pequena variante ao jogo original: prenderam uma corda a atravessar o salão e usando raquetes de ténis tentavam assim manter o volante a passar por cima da corda durante o maior período de tempo possível.
Sendo uma família de posses e com uma vida social diversificada e intensa, isso terá tido grande importância na disseminação inicial deste jogo, ainda rudimentar. É aceitável que as frequentes visitas dos amigos da família, os quais provavelmente também participariam nesse jogo, terá sido um dos fatores para aumentar a sua divulgação. 
Apesar de tudo, foi mesmo na India que este jogo se transformou num verdadeiro desporto quando o coronel inglês H. O. Selby criou um conjunto de regras e de etiquetas, que acabaram por ser aceites de forma generalizada. Estávamos em 1870 e foi precisamente nesta ocasião que o nome deste desporto passou a ser Badminton.
Durante quase uma década o Badminton foi praticado, de forma amadora, nos locais onde existiam agrupamentos militares. No início de 1880 formaram-se os primeiros clubes de Badminton em Inglaterra e foi com este início das competições oficiais que tudo começou a evoluir. As regras foram sendo alteradas e adaptadas, criou-se um sistema de pontuação, definiu-se o formato e dimensões do volante e foi assim que em 1883 se criou a  Badminton Association of England, passando a ser esta Associação a entidade que, naquela época, supervisionava todos os aspectos relacionados com a modalidade. Desde essa tempo que o Badminton nunca parou de crescer, sendo atualmente uma modalidade desportiva oficial em 160 países.
Apenas a título de curiosidade, regista-se que na Grécia, há mais de 2000 anos, era praticado um jogo chamado “Tamborete e Peteca” (Battledore e Schuttlecock). Esse jogo era jogado tanto por crianças como por adultos e consistia em rebater uma peteca com um pedaço de madeira, tentando evitar que a mesma caísse no chão.

10. JOGOS E BRINCADEIRAS

Brincar é uma invenção humana "um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente". (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Os jogos e as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e curiosidade resultam em um processo lúdico, autônomo, criativo, possibilitando a (re)construção de regras, diferentes modos de lidar com o tempo, lugar, materiais e experiências culturais, isto é, o imaginário. A natureza dos jogos e das brincadeiras não é discriminatória, pois implica o reconhecimento de si e do outro, traz possibilidades de lidar com os limites como desafios, e não como barreiras. Além disso, os jogos e as brincadeiras possibilitam o uso de diferentes linguagens verbais e não verbais, o uso do corpo de formas diferentes e conscientes; a organização, ação e avaliação coletivas. 
Alguns autores consideram os termos "jogo", "brinquedo" e "brincadeira" como sinônimos, pois todos eles sintetizam a vivência do lúdico. Huizinga, autor clássico na teoria do jogo, afirma ser esse um fenômeno anterior à cultura. O jogo cumpre funções sociais. É sério, mas não é sisudo. É uma ação voluntária, desinteressada, é liberdade. Provoca a evasão da vida real para uma esfera temporária de atividade com orientação e espaços próprios. Todo jogo tem regras, pois ele cria ordem e é ordem. Absorve inteiramente o jogador que, ativamente, participa criando e recriando regras. Aquele que desrespeita as regras é considerado um "desmancha-prazeres" (HUIZINGA, 1980).
Para CALLOIS (1990), os jogos, entendidos como motivações para a vivência lúdica, podem ser categorizados em quatro grupos, a saber: os jogos de aventura, aqueles que nos colocam diante do novo, do mistério (um filme, um livro, uma partida de futebol, passeios e viagens, uma festa, dentre outros); os jogos de competição (e aqui entram também os de cooperação); os jogos de vertigem, aqueles que dão um friozinho na barriga, como os escorregadores, cama elástica, montanha-russa, pular, saltar; e, por fim, os jogos de fantasia, que lidam com o simbólico, o imaginário e o faz de conta.
A festa, por sua vez, é entendida como um fenômeno social que inclui celebração, fruição, diversão, evento, espetáculo, brincadeira, exaltação, trabalho e lazer. É tempo e espaço para a expressão, encontro, rebeldia, devoção, oração, manifestação, reivindicação (ROSA, 2002). É o que permite ao homem e à sociedade se manterem vivos, pois é ela a própria humanidade do homem. Recuperar, relembrar, reconstruir, vivenciar o brincar, o jogar e o "festar" na escola possibilitam a vivência do caráter lúdico que acompanha tais práticas corporais. O jogo, a brincadeira e a festa, para além do prazer, da satisfação, são entendidos como instantes de reconhecimento do homem como produtor de história e de cultura, por isso merecem ser problematizados.
É importante considerar que as brincadeiras, por mais "ingênuas" que possam parecer, podem contribuir com determinado projeto de sociedade, por isso precisam ser discutidas e ressignificadas.
Quando contamos piadas sobre negros, louras ou homossexuais, por exemplo, podemos estar reforçando o racismo e o preconceito. Além disso, muitos jogos e brincadeiras têm como objetivo eliminar aqueles jogadores que "erram", reforçando a exclusão. Os jogos e as brincadeiras tornam-se assim, espaços educativos de vivência e reflexão dos princípios norteadores desta proposta.
Brincar é uma invenção humana "um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente". (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Os jogos e as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e curiosidade resultam em um processo lúdico, autônomo, criativo, possibilitando a (re)construção de regras, diferentes modos de lidar com o tempo, lugar, materiais e experiências culturais, isto é, o imaginário. A natureza dos jogos e das brincadeiras não é discriminatória, pois implica o reconhecimento de si e do outro, traz possibilidades de lidar com os limites como desafios, e não como barreiras. Além disso, os jogos e as brincadeiras possibilitam o uso de diferentes linguagens verbais e não verbais, o uso do corpo de formas diferentes e conscientes; a organização, ação e avaliação coletivas. 
Alguns autores consideram os termos "jogo", "brinquedo" e "brincadeira" como sinônimos, pois todos eles sintetizam a vivência do lúdico. Huizinga, autor clássico na teoria do jogo, afirma ser esse um fenômeno anterior à cultura. O jogo cumpre funções sociais. É sério, mas não é sisudo. É uma ação voluntária, desinteressada, é liberdade. Provoca a evasão da vida real para uma esfera temporária de atividade com orientação e espaços próprios. Todo jogo tem regras, pois ele cria ordem e é ordem. Absorve inteiramente o jogador que, ativamente, participa criando e recriando regras. Aquele que desrespeita as regras é considerado um "desmancha-prazeres" (HUIZINGA, 1980).
Para CALLOIS (1990), os jogos, entendidos como motivações para a vivência lúdica, podem ser categorizados em quatro grupos, a saber: os jogos de aventura, aqueles que nos colocam diante do novo, do mistério (um filme, um livro, uma partida de futebol, passeios e viagens, uma festa, dentre outros); os jogos de competição (e aqui entram também os de cooperação); os jogos de vertigem, aqueles que dão um friozinho na barriga, como os escorregadores, cama elástica, montanha-russa, pular, saltar; e, por fim, os jogos de fantasia, que lidam com o simbólico, o imaginário e o faz de conta.
A festa, por sua vez, é entendida como um fenômeno social que inclui celebração, fruição, diversão, evento, espetáculo, brincadeira, exaltação, trabalho e lazer. É tempo e espaço para a expressão, encontro, rebeldia, devoção, oração, manifestação, reivindicação (ROSA, 2002). É o que permite ao homem e à sociedade se manterem vivos, pois é ela a própria humanidade do homem. Recuperar, relembrar, reconstruir, vivenciar o brincar, o jogar e o "festar" na escola possibilitam a vivência do caráter lúdico que acompanha tais práticas corporais. O jogo, a brincadeira e a festa, para além do prazer, da satisfação, são entendidos como instantes de reconhecimento do homem como produtor de história e de cultura, por isso merecem ser problematizados.
É importante considerar que as brincadeiras, por mais "ingênuas" que possam parecer, podem contribuir com determinado projeto de sociedade, por isso precisam ser discutidas e ressignificadas.
Quando contamos piadas sobre negros, louras ou homossexuais, por exemplo, podemos estar reforçando o racismo e o preconceito. Além disso, muitos jogos e brincadeiras têm como objetivo eliminar aqueles jogadores que "erram", reforçando a exclusão. Os jogos e as brincadeiras tornam-se assim, espaços educativos de vivência e reflexão dos princípios norteadores desta proposta.