quinta-feira, 16 de julho de 2015

RELATÓRIO ACADÊMICO: REGIÃO SUDESTE

   

                                   REGIÃO    SUDESTE              

                        A Região Sudeste é a mais rica e populosa do Brasil. Seus estados são: Espírito Santo,                         Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A região faz divisa com a Região Nordeste ao norte, com o oceano Atlântico ao leste, ao sul com a região Sul, e a oeste com a Região Centro-Oeste. Apesar de ser a região mais populosa do país, possui densidade demográfica de 84,21 hab./km² e ocupa apenas 11% do território nacional.  
                                                       SÃO PAULO
                      O ensino da Educação Física  no sudeste do país (São Paulo),vai além da recreação e da cobrança pelo rendimento no esporte. Os conteúdos da disciplina contemplam as produções de nossa cultura corporal: o jogo, o esporte, a dança, a ginástica e a luta(conheça as expectativas de aprendizagem). A disciplina deixou de lado a ênfase no rendimento padronizado que a caracterizava até a década de 1980 para rever o conceito de corpo e considerar a dimensão cultural simbólica a ele inerente. Agora, considera o homem eminentemente cultural, contínuo construtor da cultura relacionada aos aspectos corporais. "Os documentos curriculares trouxeram para a Educação Física o universo do conhecimento cultural. O aluno continua praticando o esporte, mas vai além: entende seus contextos e sua criação", diz Caio Martins Costa, do Instituto Esporte e Educação, de São Paulo. 
(REF. Instituto Esporte e Educação, de São Paulo)
           O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO (6º 9º)
                 A imagem do professor de Educação Física escolar sempre esteve ligada ao esporte, a saúde e a disciplina. Desde o início, quando a Educação Física foi introduzida nas escolas como matéria do currículo e parte integrante da educação formal, ela ocupou um espaço modesto e foi marcada por uma história de muitas crises de identidade (ARANTES, 2008).
                 Depois da abertura política no final da década de 1970 e da instalação da democracia, ocorrida na década de 1980, muitos teóricos começaram a desenvolver propostas que mudassem o foco da Educação Física escolar no Brasil e que lhe desse uma identidade própria, inclusive com caráter científico. Mas, mesmo com todo o esforço e empenho destes estudiosos o que se viu, foi a imagem do professor de Educação Física continuar distorcida.
                 Até os dias atuais, observa-se que muitos professores e dirigentes não sabem qual o papel do professor de Educação Física na escola, alguns ainda acreditam que sua função é apenas aplicar práticas esportivas, outros que seu principal papel é o de disciplinador e temos também os que acreditam que sua função é apenas a, de oferecer recreação, brincadeiras e jogos aos alunos.
                Tendo em vista este pressuposto, o objetivo deste trabalho é conhecer a visão de professores de diversas disciplinas e dirigentes, sobre qual é o papel do professor de Educação Física no ensino médio escolar. Para conhecermos melhor o assunto, será apresentado a seguir um pequeno relato do histórico do papel do professor de Educação Física na escola, através de diversas teorias, abordadas em algumas literaturas, das várias existentes, que transcorrem sobre o tema.
              Não se pretende com este estudo determinar ou afirmar qual é o papel do Professor de Educação Física na escola, mas sim, levantar a hipótese de que a Educação Física ainda é vista como uma atividade e não um componente curricular, tão importante como português, matemática, ciências e todas as outras da grade curricular. Tornando assim, o papel do Professor de Educação Física menos reconhecido, em relação aos demais colegas de outras disciplinas, a intenção aqui não é criticar ou mostrar que há discriminação com o Professor de Educação Física na escola, muito pelo contrário, a ideia é realizar um estudo preliminar com professores e dirigentes, que posteriormente poderá ser ampliado e aprofundado com alunos e pais, para que se possa identificar o grau de informação e conhecimento, por todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem, sobre o papel do Professor de Educação Física na prática do dia-a-dia escolar.
              Entende-se também que é necessário se aprofundar mais neste assunto, para que o próprio professor de Educação Física saiba o que ele pode fazer para melhorar sua imagem perante os demais docentes, mostrando que ele não está na escola apenas para levar os alunos para quadra e para organizar festas e campeonatos. Esta é a imagem que alguns professores de outras disciplinas passaram no estágio que realizei em uma escola Estadual de ensino fundamental II e médio na cidade de Santo André – SP.
(REF.WWW.O PAPEL DO PROFESSOR DE ED.FÍSICA NA PRATICA ESCOLAR)

                                                         MINAS GERAIS
                  Os eventos escolares apresentam-se como um tema rico e essencial para a formação humana dos alunos durante os anos vividos na escola. Essa pesquisa tem como objetivo principal investigar a opinião dos alunos do Colégio Santa Maria Pampulha no que diz respeito aos eventos escolares. Para a realização desse estudo foram utilizadas a pesquisa documental, bibliográfica e de campo. Para a pesquisa de campo foi aplicado um questionário construído pelos pesquisadores a 75 alunos do 6º ao 9º ano. Os resultados demonstram preocupação e grande interesse por parte dos alunos no que diz respeito aos eventos escolares. Os estudantes opinaram ainda sobre os eventos da Educação Física, apresentando sugestões e questionamentos. A maioria dos alunos mostrou-se satisfeita quanto aos eventos que a escola realiza, porém acreditam que ajustes precisam ser feitos e que os próprios estudantes podem ajudar.
(REF. WWW.Colégio Santa Maria Pampulha)

                                                       RIO DE JANEIRO
                O compromisso da Secretaria de Educação da cidade do Rio de Janeiro é buscar, através de sua intervenção, assegurar a excelência na Educação Infantil e no Ensino Fundamental,e (6º AO 9º)considerando como missão a formação de um perfil de aluno autônomo e habilitado a se desenvolver profissionalmente e como cidadão.
                Agregada a essa missão, a proposta pedagógica da Multieducação, que perpassa a rede de ensino, entende que, para a sua consecução, faz-se necessário, dentre outras coisas, considerar o aluno como um sujeito que se encontra situado em um determinado contexto cultural, localizado em uma dada estrutura social e portador de inúmeras marcas advindas de sua própria história de vida.
                 Ao considerar o princípio da inclusão social e do respeito à diversidade cultural e social dos alunos, a proposta pedagógica do município compreende o ensino como um valor fundamental para o crescimento humano em sua integralidade.
               Nesse sentido, os conhecimentos tratados na escola têm de ser pensados de maneira integrada e em constante movimento entre o aluno e a escola e entre a escola e o aluno, ou seja, num ir e vir da parte para o todo e do todo para a parte, onde os conhecimentos disciplinares possam se comunicar Constantemente, resultando num diálogo interdisciplinar à luz da percepção da necessidade de se pensar o aluno, a escola e o próprio saber como uma rede indissociável e complexa, a ser permanentemente pensada como objeto de atenção, de cuidado e de reflexão. O conceito de cidadania não se esgota no fato do sujeito identificar os seus limites e seus direitos do ponto de vista de sua mobilidade social.
                Mas, antes de tudo, o situa como sujeito construtor e reconstrutor da sua vida e do mundo que o circunda. Ser cidadão é sentir-se pertencente a uma comunidade humana de valores e se sentir construtor permanente desta. Daí o compromisso pedagógico em formar um perfil de aluno e de sujeito social ativo, crítico, reflexivo, atuante e capaz de autonomamente se pensar e pensar o mundo como realidade em permanente construção. Nesse contexto, a Educação Física, compreendida como um plano de intervenção que atua na área da educação, na fomentação do lazer humanizado, na orientação preventiva à saúde, na valorização do conhecimento do movimento contextualizado, manifestado através dos jogos, dos esportes, das danças, dos movimentos gímnicos e das lutas, busca, em última instância,oportunizar aos alunos se apropriarem de seus corpos como possibilidade de comunicação e expressão.
             Não é possível pensar a missão de formar cidadãos ativos, críticos, autônomos e habilitados profissionalmente sem pensar que o aluno é uma história de vida encarnada e que sua história também se expressa de maneira significativa e silenciosa por meio de seus movimentos corporais. Em nossa concepção de Educação Física, o corpo não é um conjunto de órgãos justapostos.
            A metáfora da máquina ou da separação entre corpo e mente é totalmente inadequada e inconsistente em nossa maneira de ver o aluno, pois se o corpo é a manifestação e, ao mesmo tempo, a constituição de uma história de vida enraizada na cultura, na sociedade e inerente a uma biografia singular, o movimento humano não é um ato mecânico e condicionado por leis físicas e funcionais de causa e efeito. Ao contrário, o movimento é a expressão de desejos, de sonhos, de medos, de angústias, de coragem, de ousadia, de força e de fraqueza, de presença e ausência de autoestima, de sentimento de solidariedade e de egoísmo, de cooperação e de luta, de cuidado e de agressão, de respeito às diferenças e de intolerância, pois o aluno se encontra no mundo e não fora dele.
(REF. www.scielo.br/pdf/edur/)
                                                    ESPIRITO SANTO
                    Desafios e possibilidades para as práticas avaliativas na Educação Física (6ºao 9º) Apresentamos as possibilidades e os desafios para as práticas avaliativas, organizando-os em dois eixos de análise.
                     No primeiro, discutimos a perspectiva de avaliação assumida pela professora colaboradora do estudo e suas implicações para a constituição da especificidade da Educação Física como componente curricular.
                     No segundo, damos visibilidade às possibilidades concretas de (re)significação da avaliação, por meio de uma perspectiva avaliativa fundamentada na lógica indiciária (SANTOS, 2005, 2008). Da perspectiva avaliativa à especificidade da Educação Física como componente curricular A fim de compreendermos a atuação pedagógica da professora colaboradora, realizamos uma entrevista semiestruturada. Abordamos questões referentes à sua formação, à concepção de Educação/Educação Física que adota e às suas práticas avaliativas.
                   Especificamente sobre a avaliação, enfatizamos os seguintes aspectos: o que se avalia? Como se avalia? Quando avalia? Para quê? Por quê? Onde? Quem avalia? Esse movimento inicial foi importante, pois, como salienta Hoffmann (2005, p. 13), Educação em Revista|Belo Horizonte|v.30|n.04|p.153-179|Outubro-Dezembro 2014 158 É preciso pensar primeiro em como os educadores pensam a avaliação antes de mudar metodologias, instrumentos e formas de registro. Reconstruir as práticas avaliativas sem discutir o significado desse processo é como preparar as malas sem saber o destino da viagem.
            A docente compreende a avaliação diagnóstica como conceito e a realiza a partir de um único instrumento, a observação, conforme expressa um trecho da sua narrativa: Eu avalio de acordo com os nossos objetivos, a participação deles, observadas durante as aulas.
             Eu avalio muito o quanto ele cresceu [...]. Digamos, o aluno ‘A’ chuta, já chega chutando super bem, o aluno ‘B’ chuta super mal, mas, chega ao final, o que chuta bem continua chutando bem. e o que chutava mal tá chutando mais ou menos. O aluno ‘B’ teve um alcance muito grande, porque não gostava de chutar, nem se imaginava chutando. Você tem que ver a evolução deles quando ensina! Eu avalio pelo grau que eles alcançam. A perspectiva de avaliação diagnóstica assumida se aproxima das discussões conceituais apresentadas por Luckesi (2000).
                 O autor considera a avaliação diagnóstica como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no processo de aprendizagem. Nesse caso, avaliar se configura como ato de diagnosticar uma experiência, com a intenção de reorientá-la para produzir o melhor resultado possível. Ao pautar sua prática avaliativa no desenvolvimento e progresso individual do aluno, a docente apresenta outras possibilidades, para além da ideia de uma avaliação baseada na verificação da retenção de informações e reprodução de padrões de movimentos técnicos, criticada por Bratifische (2003) e Souza (1993). Embora mencione o movimento corporal como critério avaliativo, chutar a bola, o que está em foco é a análise qualitativa do seu aprendizado e sua participação durante as aulas. Sendo assim, seu juízo de valor não está voltado para um padrão motor, mas para o desenvolvimento individual do aluno.
                  Entretanto, se um dos papéis da avaliação é oferecer diagnóstico do processo de aprendizado, como fazê-lo tendo apenas a observação como instrumento avaliativo? É preciso compreender essa questão considerando a ficha avaliativa criada pela escola. Por meio dela, é possível avaliar com base em critérios previamente definidos.

(REF.WWW.PORTALDAEDUCAÇÃOESPIRITOSANTO)