ATIVIDADES
quinta-feira, 26 de junho de 2014
AFOGAMENTO
Afogamento
Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo.
Para bebês - Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer superfície líquida.
Fase de reboque
O nado utilizado será o "Over arms" também conhecido como nado militar , ou nado de sapo. Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa . No mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso exista surfistas na área o socorrista, deve-se pedir ajuda .
Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da ocorrência de vômito.
Fase de atendimento
O atendimento
Em Primeiros Socorros as alterações eletrolíticas e hídricas decorrentes de diferentes tipos de líquidos(água doce ou salgada) em que ocorreu o acidente não são relevantes, não havendo tratamentos diferentes ou especiais. Os procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao estado particular de cada vítima, no que se refere às complicações existentes.
Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provêm do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve ser natural , não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações.
Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular(TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia.
Deve-se sempre:
1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas quentes
2. Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos.
3. Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado na posição de recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável, além de impedir que a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de líquidos.
Outros procedimentos em casos particulares seriam:
1. Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço , da retirada do corpo estranho e da tração mandibular atentando sempre para a possibilidade de trauma cervical.
2. Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter a oxigenação cerebral.
3. Em vítimas com PCR, efetuar a RCP em casos que o tempo de submersão seja desconhecido ou inferior a uma hora.
Sinais e Sintomas
Em um quadro geral pode haver hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas, vômito, distensão abdominal, tremores , cefaleia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares. Em casos especiais pode haver apneia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cardio-respiratória.
Prevenção
Para crianças - Além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não devem entrar em águas perigosas. Saltos de trampolim são extremamente perigosos.
Qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma , se não conseguir escapar deve chamar por socorro.
Para adultos - Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas. Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde as condições do meio líquido sejam desconhecidas.
Conduta
Objetivo
Promover menor número de complicações provendo-se o cérebro e o coração de oxigênio até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa, ou até esta ser entregue a serviço médico especializado.
Meios
Suporte Básico de Vida (SBV) afim de habilitar a vítima aos procedimentos posteriores do Suporte Cardíaco Avançado de Vida (SCAV). O SBV consiste apenas em medidas não invasivas.
O socorrista
Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e socorrista ) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água, mas fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local em que esta possa ficar em pé. O socorrista deve saber reconhecer uma apneia uma parada cardio respiratória (PCR) e saber prestar reanimação cardio-pulmonar (RCP).
O resgate
O resgate deve ser feito por fases consecutivas : Compreendendo a Fase de observação, de entrada na água , de abordagem da vítima, de reboque da vítima, e o atendimento da mesma.
Fase de observação
Implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a profundidade do local, o número de vítimas envolvidas, o material disponível para o resgate.
O socorrista deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima.
Em casos de dispor de um barco para o resgate, sendo este com estabilidade duvidosa a vítima não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará muito agitada.
Fase de entrada na água
O socorrista deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente.
Fase de Abordagem
Esta fase ocorre em duas etapas distintas:
Abordagem verbal: Ocorre a uma distância média de 03 metros da vítima. O socorrista vai identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á instruções para que se posicione de costas habilitando uma aproximação sem riscos.
Abordagem física: O socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então o socorrista se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado , já o outro braço será utilizado para segurar a vítima , sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água.
O nado utilizado será o "Over arms" também conhecido como nado militar , ou nado de sapo. Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa . No mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso exista surfistas na área o socorrista, deve-se pedir ajuda .
Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da ocorrência de vômito.
Fase de atendimento
O atendimento
Em Primeiros Socorros as alterações eletrolíticas e hídricas decorrentes de diferentes tipos de líquidos(água doce ou salgada) em que ocorreu o acidente não são relevantes, não havendo tratamentos diferentes ou especiais. Os procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao estado particular de cada vítima, no que se refere às complicações existentes.
Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provêm do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve ser natural , não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações.
Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular(TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia.
Deve-se sempre:
1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas quentes
2. Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos.
3. Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado na posição de recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável, além de impedir que a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de líquidos.
Outros procedimentos em casos particulares seriam:
1. Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço , da retirada do corpo estranho e da tração mandibular atentando sempre para a possibilidade de trauma cervical.
2. Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter a oxigenação cerebral.
3. Em vítimas com PCR, efetuar a RCP em casos que o tempo de submersão seja desconhecido ou inferior a uma hora.
Importante
"NUNCA SE DEVE FINGIR ESTAR PRECISANDO DE SOCORRO."
"NÃO É PERMITIDO AO SOCORRISTA NENHUMA MEDIDA INVASIVA."
"O SOCORRISTA NÃO PODE PERMITIR QUE A VÍTIMA O AGARRE."
FREQUÊNCIAS CARDIACAS
O que acontece
no corpo quando fazemos exercício?
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Mais sobre assunto
Sequência didática
Reportagem
Entrevista
Proponha dois tipos de corrida aos alunos e
explique, com o auxílio de um frequencímetro, porque quando praticamos
atividade física o coração acelera e a respiração muda
Objetivos
·
Aprender os procedimentos básicos
para medir a frequência cardíaca
·
Compreender a relação entre a
intensidade do exercício e a alteração na frequência cardíaca
·
Entender a frequência cardíaca
como um indicador da intensidade dos exercícios, o gasto de energia e o nível
de condicionamento físico.
Conteúdo
· Fisiologia do coração
· Frequência cardíaca
·
Corridas de atletismo
Anos
3º e 4º anos
Tempo estimado
Uma aula
Materiais necessários
Giz, lousa pequena, lápis, papel em branco, cones, apito e frequencímetro (para quem tiver esta possibilidade).
Introdução
O primeiro ciclo do Ensino Fundamental é um bom momento para entender os significados atribuídos ao corpo e aos "padrões" de beleza, temas relacionados ao exercício físico, bem estar e saúde. E também para abordar "Meio Ambiente e Saúde", tema transversal apontado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que deve aparecer nas aulas de Educação Física. Introduzir noções de Fisiologia é importante e ajuda o aluno a entender o que acontece com o corpo quando praticamos exercícios. Este conhecimento é fundamental, já que ao concluir o Ensino Médio o estudante deve saber planejar um programa de atividade física. Use este plano de aula como referência para ensinar as reações do organismo, mais precisamente do sistema cardiorrespiratório, durante corridas de velocidade e resistência.
Desenvolvimento
Preparação
É preciso cuidar para que o espaço esteja organizado antes da aula, quando os alunos irão praticar as corridas de velocidade e de resistência. Para a corrida de velocidade a sugestão é construir algumas raias de aproximadamente 30 metros. Com giz, fita ou cones faça as marcações no chão e numere as raias de 1 a 4 (conforme a figura 1).
Já para a corrida de resistência monte um circuito com os cones para que as crianças possam correr baterias de mais ou menos 5 minutos cada (veja a figura 2):
Para o registro da frequência
cardíaca, faça uma planilha de monitoramento para os alunos anotarem os valores
ao longo da aula. Esta planilha pode ser chamada de cartão da frequência
cardíaca e deve ser entregue a todos os alunos. O modelo abaixo é uma proposta
que poderá ser utilizada durante a atividade:
Aula 1
Faça uma roda e apresente as expectativas de aprendizagem aos alunos. Para descobrir o que a turma já sabe, elabore perguntas como:
- Quem sabe o que é frequência cardíaca?
- Qual é a relação entre frequência cardíaca e exercício físico?
- Como medimos a frequência cardíaca?
- O que acontece com o nosso coração quando praticamos exercício?
Registre as respostas em um diário para acompanhar o trabalho e a evolução do conhecimento das crianças sobre o tema. Explique detalhadamente qual será a rotina da aula. É fundamental que os alunos saibam com clareza que participarão de uma atividade que envolve corridas de velocidade e resistência e que deverão medir e registrar a frequência cardíaca antes e após as corridas. Para isso todas receberão o cartão da frequência e um lápis.
Mostre que na ausência de um frequencímetro também é possível medir a frequência cardíaca. Basta colocar os dedos indicador e médio da mão esquerda na artéria radial (região do pulso direito, abaixo do dedão). Ou colocar os dedos na artéria carótida, no pescoço. Conte as pulsações durante 10 segundos e multiplique por 6 ou conte as pulsações durante 15 segundos e multiplique por 4 para indicar os batimentos cardíacos por um minuto. Lembre-se de que estamos falando com crianças e que elas precisarão de ajuda para aprender a medir sua frequência cardíaca. Fotos e vídeos podem ser úteis neste processo. Se tiver um frequencímetro à disposição, estabeleça uma estratégia como um sorteio ou um rodízio entre as crianças para definir quem vai usar o aparelho.
Chegou a hora de iniciar a atividade prática. Ela será dividia em três momentos:
1º Momento - Todos os alunos devem medir sua frequência em repouso, isto é, antes de iniciar o exercício, e anotar no cartão. É importante que os alunos não estejam em movimento, pois um alto nível de atividade motora eleva a frequência. Procure auxiliar para que todos tenham este valor registrado na folha. Os alunos podem ajudar uns aos outros, já que alguns vão demonstrar mais ou menos facilidade neste processo.
2º Momento - Após um breve aquecimento, os meninos e as meninas vão ser convidados a participar das corridas de velocidade. Realize algumas baterias de corrida para que os alunos possam identificar as características desta modalidade, principalmente nas variáveis intensidade e duração. Após as primeiras vivências, organize o grupo em duplas e peça para que um ajude o outro a registrar a frequência cardíaca. Cada criança deve participar de uma bateria e o colega deve ajudar a anotar o valor obtido, isso logo após o fim da atividade. Após as baterias, verifique se todos têm os registros no cartão.
3º Momento - Organize o grupo para a corrida de resistência, que deve durar mais ou menos cinco minutos. A atividade deve ter longa duração e baixa intensidade. O procedimento é o mesmo do 2º momento. Ao final de cada bateria os alunos devem anotar sua frequência no cartão que será entregue no início da aula. Mais uma vez o trabalho em duplas pode ajudar neste processo.
Finalize com uma roda de conversa. Com o seu diário nas mãos e com as crianças em posse dos cartões de frequência, faça perguntas semelhantes a estas:
-Vocês perceberam alguma diferença entre a frequência cardíaca inicial e a final? Qual?
- Como classificariam as corridas quanto aos critérios intensidade e duração?
- Qual a corrida mais cansativa?
- Qual aquela que vocês gostaram mais?
- O que aconteceu com o nosso coração durante as corridas? Ele "bateu" mais rápido? Por quê?
Lembre-se de registrar as respostas (os depoimentos) no seu diário de bordo. Peça para os meninos e as meninas consultarem o cartão de frequência.
Avalie junto com os alunos o que aprenderam. Dependendo das dificuldades encontradas esta atividade pode ser repetida nas próximas aulas e outros temas podem surgir para serem aprofundados.
Avaliação
A roda de conversa no fim da aula e o diário são bons instrumentos para avaliar se os alunos perceberam que o exercício físico faz aumentar a frequência cardíaca, o que vão compreender se conseguirem medir esta alteração com o aparelho ou manualmente. Com a prática de diferentes modalidades de corrida (velocidade e resistência) a turma terá subsídios para entender a frequência como um indicador da intensidade do exercício, o gasto de energia e o condicionamento físico.
A IMPORTANÇIA DA EDUCAÇÃO
FÍSICA NA ESCOLA
Ao
longo da formação de um universitário, é de extrema importância para ele
estagiar numa área de atuação compatível com seu objetivo profissional a fim de
ganhar experiência e poder colocar em prática todos os aprendizados que foram
passado durante o período na faculdade. A proposta de enfocar uma perspectiva
diferenciada no aprendizado da Educação
Física traz
consigo inúmeras dificuldades importantes no processo de construção de professores
preocupados com a qualidade de ensino.
A
aprendizagem é um processo de reconstrução da experiência que o aluno faz ao
descobrir o significado que essa tem para ele próprio e também para seus
colegas. Nós, futuros professores de Educação Física, temos que estar atentos
ao mundo do educando e para o fato de que o interesse e a curiosidade
espontânea do aluno não motivarão e direcionarão por si próprios a sua
capacidade de aprender. Hánecessidade, além
das atividades curriculares, programações bem pensadas que incluam o jogo, o
lazer, a dança, a arte, a cultural nacional.
O dever
da prática de ensino: suas funções pedagógicas
Momento
fundamental no processo de formação de professores, a prática de ensino é
responsável por situações de aprendizado de grande valor por oportunizar
condições para a aplicação de todo o conteúdo teórico assimilado durante a
graduação. Sendo assim, a qualidade da formação dos futuros docentes depende,
em grande parte, de um aprendizado rico e bem estruturado.
A qualidade desta prática de ensino é resultado de um conjunto de fatores e deveres que dizem respeito aos diversos agentes deste processo educacional. Deste modo, todos possuem responsabilidades importantes que não podem ser ignoradas. Cabe a cada um cumprir suas funções de forma integrada com os deveres das outras partes, produzindo, assim, um ambiente equilibrado e propício a grandes avanços pedagógicos.
Através
do que foi assimilado durante o curso,
acreditamos que isso só será possível quando o tema a ser discutido e aprendido
é contextualizado dentro do que podemos constatar no cotidiano através de
exemplos práticos; quando há um engajamento entre as diversas disciplinas,
determinando, desta forma, que o conhecimento não é estanque; que as diversas
inteligências devem ser estimuladas e respeitadas, na medida em que cada ser
humano é único e, portanto um universo de possibilidades e de desafios
(GARDNER, 1995); e que esta aprendizagem valoriza o desenvolvimento da
autonomia, a liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e imaginação
para que o aluno desenvolva seus talentos e assuma a direção do seu próprio
destino (FREIRE, 1996).
No que
concerne à Educação Física, os licenciandos devem absorver este engajamento
supracitado e pôr em prática, explorar a importância da disciplina no espaço
escolar e fundamentar, em análises crítico-reflexivas, suas ações pedagógicas.
A
prática de ensino vista pelos licenciandos
Ainda
hoje, vemos muitos alunos na faculdade de Educação Física que ao ingressarem no
curso escolhem como opção a licenciatura mesmo sem saber ao certo o que isto
significa. Muitos, portanto, visam trabalhar no ramo do fitness, academias,
clubes, treinamento de atletas etc e vêem a escola como uma opção complementar.
Acreditamos que esta visão estereotipada de alguns graduandos gera uma aversão
a prática escolar quando eles se deparam com esta área, sendo obrigados a
trabalhar nela, como é o caso da Prática de Ensino.
Além
disso, alguns problemas da disciplina como, por exemplo, a obrigação de
estagiar no CAp/UFRJ que, para muitos é um local bastante longe, a carga
horária restrita das aulas, faz com que muitos tenham grandes dificuldades em
encaixar o horário da Prática de Ensino em sua vida diária.
É
válido ressaltar que tal cadeira só pode ser cursada no último ano da faculdade por no mínimo
dois semestres até completar trezentas horas de estágio supervisionado.
Assim,
o que vemos são licenciandos desmotivados e, por conseqüência dessa falta de
interesse, aplicam aulas de cunho tecnicistas, reducionistas, não privilegiando
a autonomia e formação corporal do corpo discente. Além disso, o currículo da
Educação Física no CAp/UFRJ possibilita este procedimento pelos alunos, pois a
maioria dos professores da escola aparentam estar acomodados e sem reciclagem
profissional.
Objetivos
Sendo assim, temos a intenção de analisar e pôr em discussão o verdadeiro papel da Educação Física no Colégio de Aplicação da UFRJ.
Através
de nossas vivências, poderemos perceber suas virtudes e possíveis dificuldades
que o colégio tem passado.
A
dinâmica de funcionamento do CAp/UFRJ foi sempre pautada por um intenso
engajamento político-pedagógico, voltado para os interesses maiores da Educação
Pública, e para a formação de cidadãos críticos e atuantes, capazes de
contribuir para a transformação do quadro cultural e social brasileiro.
Produzir
no corpo discente autonomia corporal e senso crítico sobre questões
sócio-culturais da sociedade brasileira, através dos conteúdos propostos pela
disciplina educação física, seja através dos aspectos motores e/ou afetivos é o
nosso maior objetivo como licenciandos, que temos a possibilidade de intervir
pedagogicamente nas aulas de Educação Física.
Situação
atual
O
relato de experiência proposto pelo presente trabalho acadêmico descreve o
estágio supervisionado obrigatório para a colação de grau, vivenciado por um
grupo de licenciandos da UFRJ. Após a assimilação, nas aulas de didática
especial I, de conceitos e conteúdos importantes para a confecção de um plano
de curso, o grupo traçou estratégias, discutiu propostas e chegou a um objetivo
comum: elaborar um plano de curso bimestral que fosse capaz de oferecer ricas
situações de aprendizado.
Seguindo
este contexto, surge a idéia de se aplicar uma prática interdisciplinar, o qual
estimula a pesquisa, a curiosidade e a diversidade no aprendizado. Cavalcanti
(2004) capta a importância desta prática, afirmando que a abordagem
interdisciplinar permite que conteúdos os quais seriam dados convencionalmente,
através do livro didático, sejam ensinados e aplicados na prática a partir de
atividades que dão sentido ao estudo.
A
interdisciplinaridade proposta recebe, em nosso estudo, dupla função:
contribuir para a qualidade do ensino nas aulas de educação física e enriquecer
o processo de formação de futuros professores.
A
proposta escolhida pelo grupo foi de trabalhar o voleibol, conteúdo específico
do segundo bimestre. A intenção de ensinar o voleibol em associação com
conteúdos específicos da matemática mostrou-se um desafio para a totalidade do
grupo. Afinal, ensinar voleibol a partir da matemática e, ainda, de forma
prazerosa para alunos de sétima série exige coragem, conhecimento, criatividade
e obstinação.
A
aplicação do planejamento de curso se deu, basicamente, através de atividades
que visassem ensinar os fundamentos básicos do voleibol. Em tais atividades, a
aplicação da matemática acontece a partir das operações fundamentais, expressões
e equações matemáticas, geometria plana e problemas de lógica. Na maioria das
aulas pelos menos um destes conteúdos estava presente, influenciando
diretamente na execução das atividades propostas.
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