quinta-feira, 26 de junho de 2014

FREQUÊNCIAS CARDIACAS

O que acontece no corpo quando fazemos exercício?
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Campanha Emagrece, Brasil
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Sequência didática
Reportagem
Entrevista
Proponha dois tipos de corrida aos alunos e explique, com o auxílio de um frequencímetro, porque quando praticamos atividade física o coração acelera e a respiração muda
Objetivos
·    Aprender os procedimentos básicos para medir a frequência cardíaca
·    Compreender a relação entre a intensidade do exercício e a alteração na frequência cardíaca
·    Entender a frequência cardíaca como um indicador da intensidade dos exercícios, o gasto de energia e o nível de condicionamento físico.

Conteúdo
·    Fisiologia do coração
·    Frequência cardíaca
·    Corridas de atletismo

Anos
3º e 4º anos

Tempo estimado
Uma aula

Materiais necessários
Giz, lousa pequena, lápis, papel em branco, cones, apito e frequencímetro (para quem tiver esta possibilidade).

Introdução
O primeiro ciclo do Ensino Fundamental é um bom momento para entender os significados atribuídos ao corpo e aos "padrões" de beleza, temas relacionados ao exercício físico, bem estar e saúde. E também para abordar "Meio Ambiente e Saúde", tema transversal apontado nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que deve aparecer nas aulas de Educação Física. Introduzir noções de Fisiologia é importante e ajuda o aluno a entender
o que acontece com o corpo quando praticamos exercícios. Este conhecimento é fundamental, já que ao concluir o Ensino Médio o estudante deve saber planejar um programa de atividade física. Use este plano de aula como referência para ensinar as reações do organismo, mais precisamente do sistema cardiorrespiratório, durante corridas de velocidade e resistência.

·         Corrida contra o corpo
·         Saúde e atividade física

Desenvolvimento
Preparação
É preciso cuidar para que o espaço esteja organizado antes da aula, quando os alunos irão praticar as
corridas de velocidade e de resistência. Para a corrida de velocidade a sugestão é construir algumas raias de aproximadamente 30 metros. Com giz, fita ou cones faça as marcações no chão e numere as raias de 1 a 4 (conforme a figura 1).


Já para a corrida de resistência monte um circuito com os cones para que as crianças possam correr baterias de mais ou menos 5 minutos cada (veja a figura 2):
Para o registro da frequência cardíaca, faça uma planilha de monitoramento para os alunos anotarem os valores ao longo da aula. Esta planilha pode ser chamada de cartão da frequência cardíaca e deve ser entregue a todos os alunos. O modelo abaixo é uma proposta que poderá ser utilizada durante a atividade:

Aula 1
Faça uma roda e apresente as expectativas de aprendizagem aos alunos. Para descobrir o que a turma já sabe, elabore perguntas como:

- Quem sabe o que é frequência cardíaca?
- Qual é a relação entre frequência cardíaca e exercício físico?
- Como medimos a frequência cardíaca?
- O que acontece com o nosso coração quando praticamos exercício?

Registre as respostas em um diário para acompanhar o trabalho e a evolução do conhecimento das crianças sobre o tema. Explique detalhadamente qual será a rotina da aula. É fundamental que os alunos saibam com clareza que participarão de uma atividade que envolve corridas de velocidade e resistência e que deverão medir e registrar a frequência cardíaca antes e após as corridas. Para isso todas receberão o cartão da frequência e um lápis.

Mostre que na ausência de um frequencímetro também é possível medir a frequência cardíaca. Basta colocar os dedos indicador e médio da mão esquerda na artéria radial (região do pulso direito, abaixo do dedão). Ou colocar os dedos na artéria carótida, no pescoço. Conte as pulsações durante 10 segundos e multiplique por 6 ou conte as pulsações durante 15 segundos e multiplique por 4 para indicar os batimentos cardíacos por um minuto. Lembre-se de que estamos falando com crianças e que elas precisarão de ajuda para aprender a medir sua frequência cardíaca. Fotos e vídeos podem ser úteis neste processo. Se tiver um frequencímetro à disposição, estabeleça uma estratégia como um sorteio ou um rodízio entre as crianças para definir quem vai usar o aparelho.

Chegou a hora de iniciar a atividade prática. Ela será dividia em três momentos:
1º Momento - Todos os alunos devem medir sua frequência em repouso, isto é, antes de iniciar o exercício, e anotar no cartão. É importante que os alunos não estejam em movimento, pois um alto nível de atividade motora eleva a frequência. Procure auxiliar para que todos tenham este valor registrado na folha. Os alunos podem ajudar uns aos outros, já que alguns vão demonstrar mais ou menos facilidade neste processo.

2º Momento - Após um breve aquecimento, os meninos e as meninas vão ser convidados a participar das corridas de velocidade. Realize algumas baterias de corrida para que os alunos possam identificar as características desta modalidade, principalmente nas variáveis intensidade e duração. Após as primeiras vivências, organize o grupo em duplas e peça para que um ajude o outro a registrar a frequência cardíaca. Cada criança deve participar de uma bateria e o colega deve ajudar a anotar o valor obtido, isso logo após o fim da atividade. Após as baterias, verifique se todos têm os registros no cartão.

3º Momento - Organize o grupo para a corrida de resistência, que deve durar mais ou menos cinco minutos. A atividade deve ter longa duração e baixa intensidade. O procedimento é o mesmo do 2º momento. Ao final de cada bateria os alunos devem anotar sua frequência no cartão que será entregue no início da aula. Mais uma vez o trabalho em duplas pode ajudar neste processo.

Finalize com uma roda de conversa. Com o seu diário nas mãos e com as crianças em posse dos cartões de frequência, faça perguntas semelhantes a estas:

-Vocês perceberam alguma diferença entre a frequência cardíaca inicial e a final? Qual?
- Como classificariam as corridas quanto aos critérios intensidade e duração?
- Qual a corrida mais cansativa?
- Qual aquela que vocês gostaram mais?
- O que aconteceu com o nosso coração durante as corridas? Ele "bateu" mais rápido? Por quê?

Lembre-se de registrar as respostas (os depoimentos) no seu diário de bordo. Peça para os meninos e as meninas consultarem o cartão de frequência.
Avalie junto com os alunos o que aprenderam. Dependendo das dificuldades encontradas esta atividade pode ser repetida nas próximas aulas e outros temas podem surgir para serem aprofundados.

Avaliação
A roda de conversa no fim da aula e o diário são bons instrumentos para avaliar se os alunos perceberam que o exercício físico faz aumentar a frequência cardíaca, o que vão compreender se conseguirem medir esta alteração com o aparelho ou manualmente. Com a prática de diferentes modalidades de corrida (velocidade e resistência) a turma terá subsídios para entender a frequência como um indicador da intensidade do exercício, o gasto de energia e o condicionamento físico.

Fabio Luiz D´Angelo
Coordenador Pedagógico do Instituto Esporte e Educação
A IMPORTANÇIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA

Ao longo da formação de um universitário, é de extrema importância para ele estagiar numa área de atuação compatível com seu objetivo profissional a fim de ganhar experiência e poder colocar em prática todos os aprendizados que foram passado durante o período na faculdade. A proposta de enfocar uma perspectiva diferenciada no aprendizado da Educação Física traz consigo inúmeras dificuldades importantes no processo de construção de professores preocupados com a qualidade de ensino.
A aprendizagem é um processo de reconstrução da experiência que o aluno faz ao descobrir o significado que essa tem para ele próprio e também para seus colegas. Nós, futuros professores de Educação Física, temos que estar atentos ao mundo do educando e para o fato de que o interesse e a curiosidade espontânea do aluno não motivarão e direcionarão por si próprios a sua capacidade de aprender. Hánecessidade, além das atividades curriculares, programações bem pensadas que incluam o jogo, o lazer, a dança, a arte, a cultural nacional.
O dever da prática de ensino: suas funções pedagógicas
Momento fundamental no processo de formação de professores, a prática de ensino é responsável por situações de aprendizado de grande valor por oportunizar condições para a aplicação de todo o conteúdo teórico assimilado durante a graduação. Sendo assim, a qualidade da formação dos futuros docentes depende, em grande parte, de um aprendizado rico e bem estruturado.

A qualidade desta prática de ensino é resultado de um conjunto de fatores e deveres que dizem respeito aos diversos agentes deste processo educacional. Deste modo, todos possuem responsabilidades importantes que não podem ser ignoradas. Cabe a cada um cumprir suas funções de forma integrada com os deveres das outras partes, produzindo, assim, um ambiente equilibrado e propício a grandes avanços pedagógicos.
Através do que foi assimilado durante o curso, acreditamos que isso só será possível quando o tema a ser discutido e aprendido é contextualizado dentro do que podemos constatar no cotidiano através de exemplos práticos; quando há um engajamento entre as diversas disciplinas, determinando, desta forma, que o conhecimento não é estanque; que as diversas inteligências devem ser estimuladas e respeitadas, na medida em que cada ser humano é único e, portanto um universo de possibilidades e de desafios (GARDNER, 1995); e que esta aprendizagem valoriza o desenvolvimento da autonomia, a liberdade de pensamento, discernimento, sentimento e imaginação para que o aluno desenvolva seus talentos e assuma a direção do seu próprio destino (FREIRE, 1996).
No que concerne à Educação Física, os licenciandos devem absorver este engajamento supracitado e pôr em prática, explorar a importância da disciplina no espaço escolar e fundamentar, em análises crítico-reflexivas, suas ações pedagógicas.
A prática de ensino vista pelos licenciandos
Ainda hoje, vemos muitos alunos na faculdade de Educação Física que ao ingressarem no curso escolhem como opção a licenciatura mesmo sem saber ao certo o que isto significa. Muitos, portanto, visam trabalhar no ramo do fitness, academias, clubes, treinamento de atletas etc e vêem a escola como uma opção complementar. Acreditamos que esta visão estereotipada de alguns graduandos gera uma aversão a prática escolar quando eles se deparam com esta área, sendo obrigados a trabalhar nela, como é o caso da Prática de Ensino.
Além disso, alguns problemas da disciplina como, por exemplo, a obrigação de estagiar no CAp/UFRJ que, para muitos é um local bastante longe, a carga horária restrita das aulas, faz com que muitos tenham grandes dificuldades em encaixar o horário da Prática de Ensino em sua vida diária.
É válido ressaltar que tal cadeira só pode ser cursada no último ano da faculdade por no mínimo dois semestres até completar trezentas horas de estágio supervisionado.
Assim, o que vemos são licenciandos desmotivados e, por conseqüência dessa falta de interesse, aplicam aulas de cunho tecnicistas, reducionistas, não privilegiando a autonomia e formação corporal do corpo discente. Além disso, o currículo da Educação Física no CAp/UFRJ possibilita este procedimento pelos alunos, pois a maioria dos professores da escola aparentam estar acomodados e sem reciclagem profissional.
Objetivos

Sendo assim, temos a intenção de analisar e pôr em discussão o verdadeiro papel da Educação Física no Colégio de Aplicação da UFRJ.
Através de nossas vivências, poderemos perceber suas virtudes e possíveis dificuldades que o colégio tem passado.
A dinâmica de funcionamento do CAp/UFRJ foi sempre pautada por um intenso engajamento político-pedagógico, voltado para os interesses maiores da Educação Pública, e para a formação de cidadãos críticos e atuantes, capazes de contribuir para a transformação do quadro cultural e social brasileiro.
Produzir no corpo discente autonomia corporal e senso crítico sobre questões sócio-culturais da sociedade brasileira, através dos conteúdos propostos pela disciplina educação física, seja através dos aspectos motores e/ou afetivos é o nosso maior objetivo como licenciandos, que temos a possibilidade de intervir pedagogicamente nas aulas de Educação Física.
Situação atual
O relato de experiência proposto pelo presente trabalho acadêmico descreve o estágio supervisionado obrigatório para a colação de grau, vivenciado por um grupo de licenciandos da UFRJ. Após a assimilação, nas aulas de didática especial I, de conceitos e conteúdos importantes para a confecção de um plano de curso, o grupo traçou estratégias, discutiu propostas e chegou a um objetivo comum: elaborar um plano de curso bimestral que fosse capaz de oferecer ricas situações de aprendizado.
Seguindo este contexto, surge a idéia de se aplicar uma prática interdisciplinar, o qual estimula a pesquisa, a curiosidade e a diversidade no aprendizado. Cavalcanti (2004) capta a importância desta prática, afirmando que a abordagem interdisciplinar permite que conteúdos os quais seriam dados convencionalmente, através do livro didático, sejam ensinados e aplicados na prática a partir de atividades que dão sentido ao estudo.
A interdisciplinaridade proposta recebe, em nosso estudo, dupla função: contribuir para a qualidade do ensino nas aulas de educação física e enriquecer o processo de formação de futuros professores.
A proposta escolhida pelo grupo foi de trabalhar o voleibol, conteúdo específico do segundo bimestre. A intenção de ensinar o voleibol em associação com conteúdos específicos da matemática mostrou-se um desafio para a totalidade do grupo. Afinal, ensinar voleibol a partir da matemática e, ainda, de forma prazerosa para alunos de sétima série exige coragem, conhecimento, criatividade e obstinação.
A aplicação do planejamento de curso se deu, basicamente, através de atividades que visassem ensinar os fundamentos básicos do voleibol. Em tais atividades, a aplicação da matemática acontece a partir das operações fundamentais, expressões e equações matemáticas, geometria plana e problemas de lógica. Na maioria das aulas pelos menos um destes conteúdos estava presente, influenciando diretamente na execução das atividades propostas.



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