EDUCAÇÃO FÍSICA-ENEM
1. INTRODUÇÃO
Desde o ano de 2009, o Ministério da
Educação inseriu questões de Educação Física nas provas do ENEM. O objetivo foi
valorizar a Disciplina, colocando em relevância a importância da prática
esportiva e a aplicação do conteúdo no cotidiano do aluno. Assim, é destacada a
aplicação cotidiana da atividade física, levando em consideração a fisiologia
do exercício e seus benefícios, além dos seus aspectos sociais e culturais.
Outro quesito considerado relevante no Enem é a articulação da Educação Física
com a linguagem, a arte e a expressão corporal. Nesse sentido, o Enem conta com
diferentes questões. Algumas levam em consideração o conjunto de aptidões
físicas que um indivíduo deve apresentar para obter melhora em sua qualidade de
vida, enquanto outras correlacionam a dança, as diversidades artística e
cultural e a expressão corporal. Além dessas, em 2010, questões abordaram
conhecimentos gerais em determinadas atividades esportivas, como a ginástica
rítmica e o vôlei. No Enem 2011, a Educação Física encontra-se na Matriz de
Referência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Veja a seguir como a
Educação Física é solicitada:
Competência de área 3 (Educação
Física) - Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria
vida, integradora social e formadora da identidade.
H9 - Reconhecer as manifestações
corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo
social. O aluno deve reconhecer que as ações do homem são influenciadas pela
sua formação cultural e, ao mesmo tempo, que o homem, como participante de um
grupo social, é suscetível às influências do meio. Além disso, deve perceber
que o ser humano está inserido em um contexto social e que interage com a
realidade e sofre sua influência, moldando seu comportamento e transcrevendo-o
por meio de manifestações corporais e culturais.
H10 - Reconhecer a necessidade de
transformação de hábitos corporais em função das necessidades sinestésicas.
Nessa habilidade, o aluno deve compreender que o homem contemporâneo utiliza
cada vez menos suas potencialidades corporais, reduzindo a atividade física, o
que resulta em alterações nas funções cognitivas e sinestésicas. A busca pela
melhoria na qualidade de vida e pela prevenção de doenças é discutida não só
nas questões de Educação Física, como também em outras áreas.
H11 - Reconhecer a linguagem corporal
como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as
alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. Exige-se uma visão mais
ampla do aluno, trabalhando-se conceitos como a linguagem corporal na interação
social, levando-se em consideração a inclusão na escola e na vida
social.Percebe-se que no Ensino Médio a Educação Física deverá abordar
atividades que estejam relacionadas à proposta do Enem, ficando também cada vez
mais evidente a necessidade de o aluno buscar informações e relacioná-las aos
diferentes conteúdos apreendidos em cada disciplina.
ENEM - EDUCAÇÃO FÍSICA
2. IMPORTÂNCIA DA
ATIVIDADE FÍSICA
Ao longo da história a atividade
física sempre esteve presente na rotina da humanidade sempre associada a um
estilo de época, como a caça dos homens das cavernas para a sobrevivência, os
Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito, ou de cunho
militar como, por exemplo, na formação das legiões romanas com suas longas
marchas e treinos, mas essa relação entre a atividade física e o homem em sua
rotina diária parece ter diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução.
E a medida em que as ciências e seus inventos facilitavam nossos
afazeres, o progresso trouxe uma situação um tanto dúbia, pois de um lado temos
a redução da mortalidade por doenças infecto contagiosas e o aumento da
longevidade, do outro o aumento de doenças crônico degenerativas e a perda da
qualidade de vida, porque o fato de viver mais não indica viver melhor,
destacando a importância e a necessidade de hábitos como o cuidado com a dieta,
pratica de atividade física regular e evitar substâncias e atividades que
possam acelerar a degradação do corpo humano.
Se a tecnologia e o progresso trouxeram facilidades, isso é
inquestionável, mas junto incrementaram as doenças silenciosas, formando
epidemias que se estabelecem sem maiores sintomas em suas primeiras fases e vão
gradativamente se desenvolvendo ao longo dos anos, identificadas como doenças
crônicos degenerativas, que tem sua origem em uma série de fatores, como a
predisposição genética, influência do meio externo e hábitos de vida e, nesse
último, o nosso destaque ao grau de atividade física praticado.
Mas apesar desse fórmula milagrosa que é a atividade física estar
presente em quase todos os meios de comunicação, cada vez mais a população
apresenta problemas relacionados com a falta de exercícios. A desculpa mais
frequente é a falta de tempo ou falta de condições para prática , fatores
agravados pela economia de movimentos em nossa rotina, como a comodidade do
controle remoto, telefone celular, elevadores e escadas rolantes, sem falar nas
horas diárias dedicadas a televisão ou ao computador , o que demonstra ser um
fenômeno de dimensão mundial, pois uma das doenças associadas a falta de
exercícios, como a obesidade, tem prevalência em quase todo planeta.
Com o avanço dessas epidemias silenciosas, até o conceito de saúde teve
de ser revisto e as instituições de saúde pública governamentais e não
governamentais ressaltam a importância dos conceitos como promoção e prevenção
na saúde com um destaque em hábitos mais saudáveis ao logo de toda vida.
Essas iniciativas foram divididas em duas frentes, uma de âmbito macro
com o destaque em papel de políticas públicas (combate a poluição, preocupação
com o meio ambiente) e outra com a necessidade do compromisso pessoal com a
manutenção da própria saúde. Para ressaltar o papel da atividade física, basta
comparar um pessoa ativa fisicamente de 60 anos com um inativo de mesma idade.
Quando comparadas as diferenças em termos de índices fisiológicos, são
consideráveis as marcas, mas o que reflete em termos de qualidade de vida é que
o ativo provavelmente terá maior mobilidade, autonomia e manutenção de
valências físicas como força muscular, flexibilidade e capacidade aeróbia, tão
importantes em sua vida diária.
Baseado nesse novo paradigma, diversos programas e projetos foram
implementados ao longo dessas últimas décadas em vários países, todos sempre
destacando a importância do envolvimento pessoal e a necessidades de hábitos
mais saudáveis, como a prática regular de atividades físicas.
Mas por que toda essa preocupação com o grau de condicionamento físico
da população mundial? Porque estudos longitudinais apontam para a relação
direta e favorável entre o nível de aptidão física, o grau de atividade física
praticada e a saúde. Assim, com a prática de exercícios regulares, doenças como
diabetes, osteoporose, obesidade, hipertensão, câncer de cólon, mama, próstata
e útero, ansiedade e depressão, podem ser evitadas ou minimizadas.
Conhecimento Sobre
o Corpo
Hoje o movimento humano desempenha um papel de grande importância para a
manutenção da nossa espécie já que é através do movimento que o ser humano
interage com o meio ambiente, para alcançar seus objetivos ou satisfazer as
suas necessidades.
Isso pode ser observado desde a pré-história até os dias atuais marcando
o que fomos o que somos e o que provavelmente seremos
amanhã. O ser humano além de interagir com o meio ambiente, também se
relaciona com os outros seres humanos por meio dos movimentos e, dessa forma,
aprende sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o meio em que vive.
EXERCÍCIO FÍSICO E
SAÚDE: Em toda a história da humanidade, a atividade física vigorosa sempre
esteve associada com a imagem de pessoas saudáveis, onde popularmente, existe a
tendência para considerar todas as pessoas iguais, sendo as diferenças
individuais atribuídas a fatores ambientais tais como hábitos de vida e
alimentação, entre outros e esquecemos os fatores hereditários, genéticos.
É importante lembrar eu a saúde das pessoas está relacionada a dois
fatores a constituição genética e as condições ambientais. Dentre as condições
as condições ambientais que estimulam a saúde das pessoas estão os exercícios
físicos, ao lado da boa alimentação, da higiene, das imunizações, da vida em
ambiente saudável, do sono e da recuperação adequada dos esforços físicos e
mentais.
Devemos lembrar que quando praticamos os exercícios físicos objetivamos
alcançar diversos benefícios que são comuns a todo tipo de atividade física,
desde que não sejam excessivos em relação à condição física da pessoa, já que
os exercícios são uma forma de sobrecarga ao organismo. Quando essas
sobrecargas são bem dosadas, elas estimulam adaptações de aprimoramento
funcional de todos os órgãos envolvidos, mas quando excessivas, produzem lesões
ou deterioração da função.
Podemos destacar como benefícios a saúde do praticante os aspectos como:
1- Alívio de tensões emocionais: a atividade física e reconhecida como
uma forma eficiente de aliviar o stress emocional, diminuindo assim um
importante fator de risco para diversas doenças crônicas.
2- Melhora da composição sanguínea: os exercícios em geral tendem a
normalizar os níveis de glicose, gorduras e diversas outras substâncias no
sangue, que podem estar alterados e trazer riscos aos portadores.
3- Redução da pressão arterial: pessoas ativas fisicamente tendem a ter
níveis de pressão arterial mais baixo, e os exercícios em geral auxiliam na
diminuição da pressão arterial em hipertensos em repouso.
4- Estimulo ao emagrecimento: qualquer tipo estimula a redução de
gordura corporal, diminuindo assim a possibilidade das pessoas desenvolverem
doenças como aterosclerose, o diabetes e outras.
5- Aumento da densidade óssea: o sedentarismo leva a uma diminuição
progressiva da resistência óssea, aumentando o risco de fraturas, e os
exercícios físicos constituem recurso de alta relevância para evitar e reverter
essa situação.
6- Aumento da massa muscular: a atividade física habitual leva a um
aumento do volume e da força dos músculos, protegendo as articulações e
favorecendo a aptidão física.
7- Desenvolvimento da aptidão física: os exercícios aumentam a capacidade
das pessoas realizarem esforços, permitindo assim maior autonomia motora,
condição conhecida como boa qualidade de vida.
Nas cidades observamos que existem diversas possibilidades para que a
prática de atividade física possa ser realizada, encontramos praças, calçadas,
campos de futebol, quadras poliesportivas e principalmente academias de
ginástica. Devemos lembrar que além de benefícios a pratica de atividade física
também podem trazer prejuízos a nossa saúde, portanto devemos ter cuidado para
que não tenhamos problemas com o treinamento precoce, treinamento excessivo e
lesões.
Treinamento Físico
O TREINAMENTO
PRECOCE: É o período onde se adotam métodos ou programas de treinamento
especializados, onde podemos observar que os maiores influenciadores são: a
mídia, que mostra o mundo de atletas bem sucedidos, os ídolos que são os
espelhos para esses jovens, os eventos esportivos como olimpíadas, mundiais e
copas que mostram uma beleza nunca vistam e isso se torna um atrativo para uma
criança ou adolescente.
Os professores com o seu olhar futurista, também são fortes
influenciadores das crianças para a prática de atividade física, sendo que uma
minoria não possui formação adequada, levando essas crianças a um treino
precoce. E por fim os pais grandes sonhadores, que tentam transferir os “seus
sonhos” para seus filhos.
Observamos que as maiores ocorrências desse tipo de treinamento são nas
escolinhas de clubes e escolas, já que esses locais são centro de formadores de
atletas.
Alguns problemas podem ser observados a nível psíquico, físico e social
com praticas precoces de treinamento com crianças e adolescentes. Dentre eles
podemos destacar: contusões, desinteresse pelo esporte, estresse por conta das
competições e concentrações, desgaste de treinamento, abandono do esporte de
forma precoce, desenvolver um comportamento inadequado para idade, além de ser
observado o uso de drogas por alguns deles.
TREINAMENTO
EXCESSIVO ou OVERTRAINING: Existe hoje grande preocupação com a qualidade
de vida de profissionais nas diversas áreas do conhecimento. Busca-se sempre
oferecer ao trabalhador boas condições de trabalho, propiciando ao ser humano
uma qualidade de vida digna que não prejudique sua saúde e muito menos
comprometa sua velhice. É importante saber evitar os grandes males decorrentes
do trabalho, entre os quais podemos citar a LER, a DORT, o estresse, a
desistência e também o treino excessivo. A saúde e o bem estar do indivíduo têm
que ser constantemente preservados. Na área esportiva não é diferente. Existem
atletas que acabam treinando demais. Por exigência das expectativas de
rendimento e vitória, acontece de excederem na quantidade de ou na intensidade
do treinamento, causando o esgotamento do corpo e sofrendo algumas conseqüências
indesejadas. O exagero crônico e maléfico do treinamento é chamado de
overtraining.
Um atleta que se prepara muito bem tem condições de suportar grandes
cargas de treinamento repetitivo por um longo tempo, desde que haja entre os
treinos fortes um intervalo que seja suficiente para o atleta se recuperar.
Quando isso não ocorre o corpo é esgotado rapidamente de suas energias não
conseguindo está pronto para a próxima sessão, não somente descanso mais a
falta de reposição de nutrientes através da alimentação também podem levar o
corpo a não conseguir se recuperar. Isso faz com que o atleta perca rendimento,
podendo apresentar diversos sintomas como: distúrbios do sono, perda de
apetite, perda de peso, dores de cabeça suscetibilidade a fadiga, insônia, irritação,
ansiedade, depressão, agressividade, pequenas lesões, maior freqüência cardíaca
de repouso e retorno lento ou retardado da freqüência cardíaca ao valor inicial
após atividade física. Diversos são os fatores limitadores do desenvolvimento
de jovens atletas no treinamento esportivo e que podem resultar na síndrome de
treinamento excessivo, um fenômeno muito importante e que é muito pouco
estudado. Muitas vezes ouvimos dizer que um atleta abandonou sua carreira
esportiva ou então que o seu rendimento está aquém do esperado e, na maioria
das vezes, os técnicos não sabem identificar as causas desses resultados.
Lesões
Esporte e lesões na atividade física e nos esportes são duas palavras
que costumam andar juntas com frequência. Qualquer praticante de esporte, seja
de alto nível ou apenas recreativo, está sujeito a lesões. O nosso corpo mesmo
passando por processos de treinamento rigoroso continua sendo frágil em alguns
aspectos e pode ser machucado quando pego de surpresa.
A lesão no esporte não é uma questão de falta de sorte, mas de
imprevisto e erro. E como ninguém é perfeito, qualquer um tem o direito de
errar uma vez ou outra. Uma lesão pode acontecer quando se exige do corpo um
esforço para o qual ele não estava preparado.
Exemplos de situações de lesões que mais acontecem são por exemplos
atletas de fim de semana, altas doses de treinamento (duração ou intensidade),
algumas condições podem levar a facilitação de uma lesão, por exemplo:
a) Repouso insuficiente: tempo suficiente para um atletas recuperar-se
da sua ultima sessão de treinamento, mínimo de 48 horas.
b) Excesso de uso: exercícios com grande número de repetições ou cargas
gerando o estresse nos músculos ou articulações.
c) Aquecimento insatisfatório: falta de aquecimento ou aquecimento
excessivo
d) Calçado inadequado: por exemplo, atleta usa tênis de futsal para
praticar basquete. O basquete precisa de um tênis de cano longo para proteger
os tornozelos.
e) Trajes inadequados: evitar usar roupas inadequadas para a pratica de
atividade física, não usar calças jeans pois as mesmas além de atrapalhar a
respiração diminui a amplitude de movimentos.
f) Equipamento inadequado: nos esportes que são usados equipamentos,
deve ser observado a manutenção dos mesmos, estes devem está em perfeito estado
de funcionamento, para a segurança do praticante.
g) Postura incorreta: manter uma postura correta, mantendo a coluna
reta, faz com que vocês se livre de problemas na coluna, já que ela é o
principal eixo de sustentação do corpo.
h) Técnica imperfeita: executar um movimento errado pode levar a lesões,
portanto, sempre devemos observar a técnica correta de execução dos movimentos.
ALGUNS TIPOS DE
LESÕES:
1- BURSITE: Bursa é o nome
dado a uma bolsa com líquido viscoso anti-atrito presente nas articulações dos
ombros. A sobrecarga da articulação dá origem a uma inflamação que pode atingir
qualquer uma das estruturas componentes, e que acaba limitando o movimento. A
dor da bursite é semelhante à de um estiramento muscular. Pode ser aguda ou
crônica.
2- ESCORIAÇÕES: é uma ferida na
pele ou no músculo causada por um golpe direto provocando sangramento e
hematoma, bastante comum nos esportes de contato, como no futebol e as lutas,
gera dor e sensibilidade n o local do golpe, dificultando a movimentação.
3- CONCURSSÃO: é uma contusão no
cérebro causada por golpe forte na cabeça. Pode causar alteração passageira no
estado mental, com breve perda de consciência ou de memória, além de dor, visão
turva, náuseas e vômitos. Dependendo do tipo de golpe, pode ser bastante grave,
com seqüelas permanentes.
4- LUXAÇÃO: é o deslocamento
da extremidade de um osso, dentro da articulação. É fácil acontecer no ombro de
jogadores de rugby. Causa dor forte, inchaço e é visível que o osso está fora
de sua posição normal. O local da lesão deve ser imobilizado e a vítima,
socorrida por um médico o mais rápido possível.
5- FRATURA: as fraturas podem
ter os mais variados graus de gravidade, onde a exposta é a mais chocante.
Podem acontecer por excesso de carga sobre os ossos, golpes, quedas, onde o
local da fratura deve ser imobilizado para evitar maiores danos.
6- TORÇÃO: são danos
causados aos ligamentos que são estruturas responsáveis por ligar um osso ao
outro, podem ocorrer devido a um giro ou contração violenta ou através de uma
amplitude não suportada pela articulação. Apresentam dor e inchaço no local de
forma imediata.
7- CONTRATURA: é a
supercontração de um músculo ou tendão como reação a um esforço excessivo,
chegando a haver ruptura de fibras.
8- TENDINITE: é uma inflamação
do tendão após diversos microtraumas repetidos (esforço repetitivo,
desequilíbrios musculares, fadiga...), é comum ser encontrado nos
cotovelos ombros e joelhos. Provoca dor e hipersensibilidade, e perda
temporária do movimento. O tratamento inclui gelo nas primeiras 48 horas e
medicamento.
TRATAMENTO DE
LESÕES: Toda lesão deve ser tratada com cuidados e muita atenção,
principalmente nas primeiras 48 horas. Mostraremos aqui um método de tratamento
que é muito utilizado nessas primeiras horas é o método PRICE (preço), após
esse processo a paciente deve procurar o médico imediatamente.
P de proteção: imobilizar a área afetada com panos, faixas, muletas, ou
talas, tudo que for necessário para evitar novas lesões.
R de rest (descanso): repousar a parte afetada até que a dor suma, não
ficando completamente parado, isso traria desconforto no resto de corpo.
I de ice (gelo): aplicar gelo no local, isso trará uma diminuição no
inchaço.
C de compressão: utilizar faixas ou bandagens elásticas para fazer a
compressão no local, isso limitará o inchaço.
E de elevação: manter a parte do corpo lesionada erguida para que isso
interfira no fluxo sanguíneo e contenha o inchaço.
Lembramos que o método citado acima deve ser aplicado nas primeiras 48
horas, já o tratamento necessita de muito mais de 48 horas. O tratamento
completo de uma lesão passa por uma equipe de profissionais, como médicos que
terão o primeiro contato com esse paciente, indicando tratamento medicamentoso
para que o mesmo passe para uma nova fase, a de reabilitação.
A fase de reabilitação é comandada pelo fisioterapeuta que vai dizer
quantas sessões de fisioterapia o paciente vai ter que fazer. Após essa fase a
ultima passa pelo profissional de educação física que vai trabalhar esse
paciente para que o mesmo tenha as mesmas condições que tinha antes da lesão.
Drogas Estimulantes
A vida é um enorme supermercado, onde nós podemos escolher a levar para
casa aquilo que precisamos, ou coisas que nos oferecem e nos dão vontade de
consumir na hora, por impulso, mesmo que não sejam necessárias. O grande
supermercado da vida está aí atender as necessidades das pessoas:
ANFETAMINAS: fortes
estimulantes, bastante procurados por diminuir o apetite, são procuradas por
produzirem sensações de excitação, disposição e euforia, diminuindo a fadiga e
o cansaço gerando hiperatividade. Liberam doses de dopamina e noradrenalina
estimulando assim o sistema nervoso. Pode trazer como efeitos colaterais
insônia, tremores e diarréia. O uso continuo pode trazer alucinações e
violência, aumentando a pressão arterial, taquicardia, e delírios.
ESTEROÍDES
ANABOLIZANTES: Esteróides anabolizantes (Eas), mais conhecidos apenas com o nome de
anabolizantes, são drogas sintetizadas em laboratório derivadas do hormônio
masculino testosterona capazes de produzir efeitos androgenicos (caracteres
sexuais masculinos barba, crescimento de pelos e engrossamento da voz) e
anabólicos (referentes ao aumento da massa muscular).
Historicamente os esteróides foram descobertos na década de 30 e usados
desde então para procediementos médicos que incluem estimulação do crescimento
dos ossos, apetite, puberdade e crescimento muscular, além de ser utilizado
também em individuos em pós operatório e portadores de AIDS.
Fora das clínicas foi utilizado por soldados alemães na segunda guerra
mundial, para aumentar a agressividade e força muscular. Na década de 50 foram
observados os primeiros relatos de uso de esteróides em levantadores de peso,
nos anos 60 os esportes entraram de vez no mundo dos esteróides onde algumas
substancias passaram a ser proibidas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional),
onde anos mais tarde na década de 70 foi criado o teste de antidopagem.
O uso de anabolizantes associado ao treinamento físico, é capaz de
produzir alterações na performance de atletas dando uma larga vantagem no ponto
de vista da treinabilidade o que é determinante no resultado final de uma
competição por exemplo. Portanto os esteróides são determinantes no resultado
de uma competição trazendo no treinamento alguns benefícios como:
a) Sintese de glicogênio muscular: aumento das reservas de energia
dentro do músculo,
b) Sintese protéica: facilitação do processo de cicatrização do músculo
após um sessão de treino, preparando o mesmo para uma nova sessão.
c) Hipertrofia muscular: resultado do esforço e dedicação de um atleta,
treino, descanso e boa alimentação.
Além do uso médico, eles têm a propriedade de aumentar os músculos como
já vimos e por esse motivo são muito procurados por atletas ou pessoas que
querem melhorar a performance e a aparência física. Segundo especialistas, o
problema do abuso dessas drogas não está com o atleta consagrado, mas com
aquela “pessoa pequena que é infeliz em ser pequena”. Esse uso estético não é
médico, portanto é ilegal e ainda acarreta problemas à saúde.
Muitas pessoas acreditam que o uso de esteróides anabolizantes só traz
benefícios, como ganho de massa muscular, ganho de força, entre outros. Mas o
que não sabem é que eles são drogas e também causam uma série de efeitos
colaterais, e que muitos desses são graves e irreversíveis.
No Brasil não se tem estimativa deste uso ilícito, mas sabe-se que o
consumidor preferencial está entre 18 a 34 anos de idade e em geral é do sexo
masculino. No comércio brasileiro, os principais medicamentos à base dessas
drogas e utilizados com fins ilícitos são: Androxon, Durateston,
Deca-Durabolin.
Porém, além desses, existem dezenas de outros produtos que entram
ilegalmente no país e são vendidos em academias e farmácias. Muitas das
substâncias vendidas como anabolizantes são falsificadas e acondicionadas em
ampolas não esterilizadas, ou misturadas a outras drogas. Alguns usuários
chegam a utilizar produtos veterinários à base de esteróides, sobre os quais
não se tem nenhuma idéia sobre os riscos do uso em humanos.
Efeitos colaterais dos Esteróides: Alguns dos principais efeitos
do abuso dos esteróides anabolizantes são: tremores, acne severa, retenção de
líquidos, dores nas juntas, aumento da pressão sangüínea, HDL baixo (a forma
boa do colesterol), icterícia e tumores no fígado. Além desses, aqueles que se
injetam ainda correm o perigo de compartilhar seringas e contaminar-se com o
vírus da Aids ou hepatite.
Outros efeitos: Além dos efeitos mencionados, outros também graves
podem ocorrer:
No homem: os testículos diminuem de tamanho, a contagem de
espermatozóides é reduzida, impotência, infertilidade, calvície,
desenvolvimento de mamas, dificuldade ou dor para urinar e aumento da próstata.
Na mulher: crescimento de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo
menstrual, aumento do clítoris, voz grossa, diminuição de seios.
No adolescente: maturação esquelética prematura, puberdade acelerada
levando a um crescimento raquítico.
O abuso de anabolizantes pode causar ainda uma variação de humor
incluindo agressividade e raiva incontroláveis que podem levar a episódios
violentos. Esses efeitos são associados ao número de doses semanais utilizadas
pelos usuários. Usuários, freqüentemente, tornam-se clinicamente deprimidos
quando param de tomar a droga. Um sintoma de síndrome de abstinência que pode
contribuir para a dependência.
Portanto se você treinar sério, com cargas pesadas, bons exercícios,
feitos de maneira correta, com uma alimentação equilibrada e bem variada,
descanso adequado, não há necessidade do uso de esteróides.
Se necessitar de algum tipo de complemento para melhorar suas condições
nos treinos, seu desenvolvimento e recuperação muscular procure saber mais
sobre os produtos naturais, como os suplementos à base de proteínas,
carboidratos, aminoácidos, entre outros, os quais, após um determinado período,
que varia de acordo com o organismo do indivíduo, podem ajudar bastante a
melhorar sua performance. Para saber qual desses produtos naturais é o mais
adequado para você, de acordo com suas atividades e seu metabolismo, é indicado
que procure a orientação de um médico, nutricionista ou profissional de
Educação Física para melhor orientá-lo.
SUPLEMENTOS
ALIMENTARES: Esses produtos foram desenvolvidos com o fim de suprir o
organismo de superatletas com nutrientes extras para que possam ter uma melhor
performance nos treinos e nas competições. O problema é que o consumo de
suplementos alimentares cresceu muito nos ultimos anos, entre praticantes de
atividades físicas que não precisam desses acréscimos na dieta. Tentando buscar
resultados em combinação com exercícios físicos principalmente a musculação,
muitas pessoas tem feito uso dos suplementos indevidamente.
Hoje no mercado nacional e internacional existem diversos tipos de
suplementos para determinados objetivos, eis alguns dos mais consumidos:
Aminoácidos: matéria-prima de proteína, de rápida absorção. Recomendado
para atletas que treinam pesado e necessitam de reposição constante e rápida de
proteína.
Hipercalóricos: compostos multinutrientes de alta categoria. Ideal para
atletas que desejam aumentar o peso, mantendo-se com altas reservas
energéticas. Possuem fibras, vitaminas, minerais, baixo teor de gordura e
altíssima quantidade de calorias.
Hiperprotéicos: compostos alimentares com alta concentração de proteínas
e baixíssima ou nenhuma concentração de gorduras. Ideais para atletas que
precisam manter-se "secos" e desenvolver a musculatura. A proteína é
a matéria prima da construção muscular, por isso esta suplementação é das mais
importantes.
Termogênicos e Queimadores de gordura: são substâncias que aumentam a
temperatura corporal, ocasionando uma maior queima de calorias e reduzindo o
apetite. Auxiliam na metabolização degorduras, convertendo-as em energia
disponível ("queima"). Os principais são o óleo de cártamo, a
colina, o extrato de Laranja Amarga, a Cafeína e outros.
Ácido Linoléico CA/CL/LA: São suplementos de óleo de cártamo, utilizados
para definição muscular. Promovem a diminuição dos níveis de gordura corporal e
auxiliam no ganho de massa magra, músculos, sem estimulantes e sem efeitos
prejudiciais.
BCAA’s: são os principais aminoácidos (L-valina, L-leucina e
L-isoleucina) requeridos pela musculatura durante o exercício físico.
Recomendado como anticatabólico após treino pesado, para aumentar a capacidade
de ganho de massa.
Precursores do HGH e IGF_1: A arginina e ornitina são aminoácidos que,
em conjunto, promovem o aumento do hormônio anabólico GH (hormônio do
crescimento) de maneira totalmente natural. O hGH tem atraído a atenção tanto
de atletas amadores como de profissionais, por promover aumento da performance
e crescimento muscular.
Whey Protein: proteína do soro do leite (lactoalbumina), com alto grau
de pureza. Indicado quando o objetivo é a hipertrofia ou a manutenção da massa
magra, evitando-se o catabolismo. Recentes estudos científicos indicam a Whey
Protein como o melhor complemento proteico para atletas.
3. EXPRESSÃO E LINGUAGEM CORPORAL
A Linguagem
corporal também é tema do ENEM e está ligada à matriz de habilidades da área de
linguagens. Não é necessário participar de um grupo de dança ou praticar várias
atividades para entender o que é a linguagem corporal. Nosso corpo se comunica
através de cada movimento. A prova do ENEM avaliará a capacidade de
interpretação dos movimentos do corpo. É necessário compreender as diversas
manifestações culturais (danças, lutas, rituais e cerimônias), num aspecto que
deve ser mais ligado às ciências sociais, e reconhecer a importância das
atividades físicas para do o bem estar, conceito que pode ser cobrado na prova
de Ciências.
É
importante também diferenciar o termo expressão do termo linguagem corporal.
Enquanto a expressão diz respeito apenas aos movimentos do corpo propriamente
dito (danças e exercícios da academia), a linguagem corporal abrange a
movimentação corporal como meio de comunicação (não-verbal). A Expressão
Corporal, segundo Stokoe e Harf (1987), é uma linguagem, através da qual o ser
humano expressa sensações, sentimentos e pensamentos com o seu corpo.
A
Expressão Corporal desempenha e amplia todas as possibilidades humanas , e é
justamente constituída no movimento corporal, (Brikman, 1989). Este movimento
corporal é a possibilidade de conhecimento dessa linguagem individual. Por
imediato, o corpo tem a capacidade de se manifestar, o que, na expressão
corporal, se apresenta através do vivido corporal, da experiência do corpo,
seja em situações do cotidiano ou da arte.
É
necessário que o aluno tenha uma leitura cultural de mundo. Como exemplo, a
prova pode mostrar uma imagem de um ritual indígena e pedir interpretações ao
aluno. Não apenas sobre o que o ritual mostra, mas de elementos que o
circundam, como história,geografia, língua portuguesa e sociologia.
4. O CORPO NA SOCIEDADE ATUAL
Nunca na
história da humanidade o culto ao corpo foi tão intenso como nos dias atuais,
as preocupações das pessoas em estar em forma, a procura por medidas ideais,
satisfação pessoal, alegria, prazer ou até mesmo motivação na vida tem sido
intensa nos últimos anos. As mulheres e os homens se preocupam cada vez mais
com a forma física: os quilinhos a mais, a pele, o cabelo, o corpo em geral.
Manter uma aparência agradável é, sem dúvida, algo positivo para a vida de
qualquer pessoa hoje, pois isso faz com que você se sinta mais feliz e mantenha
uma boa auto-estima. O corpo, sem duvida, é o principal motivo de tanta
inquietação, pois a beleza é vista como algo necessário para que alguém possa
obter completa felicidade.
Muitas
vezes as coisas mais essenciais na vida são deixadas de lado por causa da busca
intensa de um corpo ideal, almejado por tais pessoas. O excesso de preocupação,
entretanto, pode não ser muito bom e muitas vezes interfere negativamente até
mesmo na sua vida familiar e nas relações com as outras pessoas. Há uma
infinidade de pessoas que ficam inibidas ou envergonhadas por estar acima do
peso, ter celulite ou não gostar disso ou daquilo no próprio corpo, muitas
pessoas estão dispostas a tudo para alcançar o padrão desejado ou ditado pela
moda atual.
Pessoas
se submetem as dietas rigorosas ou mesmo a inúmeras intervenções cirúrgicas,
fazem implantes de silicones, tudo para ter um corpo “sarado”. Muitas vezes
essa procura é apenas para causar impacto e admirações nas outras pessoas. De
nada adianta ter um corpo perfeito se a pessoa não estiver consciente do que
realmente conta para uma vida prazerosa e harmônica. E assim vai caminhando a
sociedade atual, em busca de um corpo perfeito que venha trazer benefícios
pessoais, nos relacionamentos de casais, e também nos relacionamentos sociais.
Vive -se uma ditadura da beleza onde o corpo é o alvo de todos os
sacrifícios.
5. O CORPO NO MUNDO
DOS SÍMBOLOS E COMO PRODUÇÃO DE CULTURA
Atualmente ocorre um fenômeno geral,
a chamada "cultura do corpo" ou "cultura do narcisismo".
Seriam, sobretudo, os segmentos das
camadas médias das cidades aos quais — por suas ilusões e obsessões pela
perfeição física, por seu esmagamento pela proliferação de imagens e por
ideologias terapêuticas e, ainda, pelo consumismo — o termo narcisismo se
aplicaria com maior propriedade.
Hoje, tantos e ricos estudos lançam
luz sobre um mosaico de "culturas" que se engendram e reproduzem no
complexo emaranhado da desigual sociedade urbana das metrópoles.
Isso, não obstante, é justamente na
análise da cultura do corpo desse segmento social — as camadas médias das
cidades — que estudiosos nos oferecem uma interessante contribuição, mostrando
como corpo e moda, e o conjunto infindável de investimentos na aparência, são
parte fundamental do estilo de vida. Cosméticos, maquiagem, cirurgia estética,
dermatologistas, personal trainers, estilistas e profissionais da elegância
permitem mobilizar recursos e operar expedientes para "estar em boa
forma", ideal ardentemente perseguido. Como fica mais bem explicitado no
artigo "A civilização das formas: o corpo como valor", que Goldenberg
assina em co-autoria com Marcelo Ramos, e no qual são desenvolvidas algumas das
idéias centrais da apresentação, a atenção é voltada para o que se poderia
chamar de superdimensionamento do corpo e da aparência no processo de revelação
de identidades. Em outros termos: o corpo estaria sendo apropriado por
"muitos indivíduos ou grupos" como "meio de expressão (ou
representação) do eu" (p. 21), fenômeno que, segundo os autores, é
facilmente compreendido em "um contexto social e histórico particularmente
instável e mutante, no qual os meios tradicionais de produção de identidade — a
família, a religião, a política, o trabalho, entre outros — se encontram
enfraquecidos" (p. 21).
O chamado "culto ao corpo",
longe de servir como guia claro de orientação para os comportamentos de
indivíduos ou grupos, geraria um paradoxo na "cultura de classe
média". Embora mecanismo altamente eficiente de individualização, ao responsabilizar
cada indivíduo por sua aparência, isto é, instaurando uma nova moralidade, a da
"boa forma", referida à juventude, beleza e saúde e,
conseqüentemente, acentuando particularismos ao fazer de cada indivíduo uma
espécie de escrutinador de cada detalhe de seu corpo e aparência, não deixa de
fazer coexistir, ao lado desses movimentos que promovem ou acirram uma espécie
de autocentramento ou individualização, alguns outros imperativos, igualmente
eficazes, porém opostos e contraditórios.
"Quanto mais se impõe o ideal de
autonomia individual, mais aumenta a exigência de conformidade aos modelos
sociais do corpo. Se é bem verdade que o corpo se emancipou de muitas de suas
antigas prisões sexuais, procriadoras ou indumentárias, atualmente encontra-se
submetido a coerções estéticas mais imperativas e geradoras de ansiedade do que
antigamente" (p. 9).
A existência de uma ampla gama de
procedimentos, como os regimes de emagrecimento e de modelagem do corpo, a
multiplicação e disseminação de intervenções estéticas cirúrgicas e cosméticas
que "corrigem" narizes, seios e outras partes do corpo,
testemunhariam "o poder normalizador dos modelos". Na "cultura
do corpo" há como que um confronto ou embate entre dois ideais distintos:
"um desejo maior de conformidade estética", de um lado, e "o
ideal individualista e sua exigência de singularização dos sujeitos" (p.
9), de outro.
De toda forma, seja como lugar de
singularização, seja como projeção de modelos idealizados, o corpo é
caracterizado antes de mais nada com um valor nas camadas médias , o que torna
fácil entender por que seja uma "natureza cultivada" (BOURDIEU,
1987), isto é, um corpo coberto por signos distintivos que, segundo os autores,
sintetizariam simultaneamente três idéias: "a de insígnia (ou emblema) do policial
que cada um tem dentro de si para controlar, aprisionar e domesticar seu corpo
para atingir a boa forma, a de grife (ou marca), símbolo de um pertencimento
que distingue como superior aquele que o possui e a de prêmio (ou medalha)
justamente merecido pelos que conseguiram alcançar, por intermédio de muito
esforço e sacrifício, as formas físicas mais civilizadas" (p. 39).
BOURDIEU, P. A economia das trocas
simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1987.
IAC: novo Índice de Adiposidade Corporal
Assunto que foi abordado em duas
questões do ENEM 2011, o IAC significa Índice de Adiposidade Corporal. É um
novo método que usa o tamanho dos quadris para medir a gordura do corpo. Isso
significa que as mulheres com grandes quadris podem ser consideradas acima do
peso ou obesas! De acordo com o IAC (gordura do corpo), quanto maior a
circunferência dos quadris em relação à altura, maior a chance de estar acima
do peso.
Para calcular o IAC utiliza-se a
seguinte fórmula: divide-se a medida da circunferência do quadril pela altura
multiplicada pela raiz quadrada da altura, diminuindo 18 do resultado final.
Vamos fazer um exemplo: 1,60 de altura, 80cm de quadril IAC = [ 80/ (1,60 x
√1,60) ] – 18 = [ 80/ 2,016 ] – 18 = [39,68] – 18 = 21,68
Como interpretar o
resultado:
O IMC, que é o sistema mais antigo,
mede o índice de massa corporal relacionando o peso e a altura. Não considera a
massa muscular, considerando as pessoas muito fortes (pesadas) como obesas. O
IMC mostra o volume da pessoa, o quanto de massa tem distribuída. E o IAC
diferencia a massa gorda (gordura) da massa magra(músculos).
6. CAPACIDADES
FÍSICAS
Capacidades Físicas são definidas
como todo atributo físico treinável num organismo humano. Em outras palavras,
são todas as qualidades físicas motoras passíveis de treinamento comumente
classificadas em diversos tipos: Resistência, Força, Velocidade, Agilidade,
Equilíbrio, Flexibilidade e Coordenação motora (destreza).
Velocidade: É a capacidade
física que permite ao músculo realizar uma sucessão rápida de movimentos no
menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal.
Agilidade: É a qualidade
física que permite mudar a direção do corpo no menor tempo possível. Conhecida
como velocidade de “troca de direção”. Para a agilidade, a flexibilidade é
importante.
Força: É a capacidade
física que permite deslocar um objeto, o corpo de um parceiro ou o próprio
corpo através da contração dos músculos.
Equilíbrio: É a qualidade
física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de
assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade. Pode ser
de 3 tipos: dinâmico, estático e recuperado.
Coordenação Motora
(destreza): É a capacidade física que permite realizar uma sequência de exercícios
de forma coordenada.
Flexibilidade: É a capacidade
física que permite executar movimentos com grande amplitude, em uma ou mais
articulações, sem causar lesões.
Resistência: É a capacidade
física que permite efetuar um esforço durante um tempo considerável, suportando
a fadiga dele resultante e recuperando com alguma rapidez, sem perder a
qualidade da execução.
7. ALONGAMENTO
Alongamentos
são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, que promovem
o estiramento das fibras musculares, fazendo com que elas aumentem o seu
comprimento. O principal efeito dos alongamentos é o aumento da flexibilidade,
que é a maior amplitude de movimento possível de uma determinada articulação.
Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação
comandada por aquele músculo e, portanto, maior sua flexibilidade.
Essencial
para o aquecimento e relaxamento dos músculos, deve ser uma atividade
incorporada ao exercício físico, mas também pode ser praticado sozinho.
Qualquer pessoa pode aprender a fazer alongamentos, independentemente da idade
e da flexibilidade. Mesmo quem apresenta algum problema específico, como LER ou
hérnia de disco também pode fazer alongamentos, mas com menos intensidade. Não
é preciso grande condição física ou habilidades atléticas.
Quando
feitos de maneira adequada os alongamentos reduzem as tensões musculares
relaxam o corpo, proporcionam maior consciência corporal,deixam os movimentos
mais soltos e leves,previnem lesões,preparam o corpo para atividades físicas e
ativam a circulação.
No caso
de estudantes eles podem ser feitos até no intervalo das aulas, o alongamento
ajuda na respiração, facilitando a circulação sanguínea o que aumenta o
raciocínio.
Tanto
uma vida sedentária, como a prática de atividade física regular intensa, em
maior ou menor grau, promovem o encurtamento das fibras musculares, com
diminuição da flexibilidade. Quanto à atividade física, esportes de longa
duração como corrida, ciclismo, natação, entre outros, fortalecem os músculos,
mas diminuem a sua flexibilidade.
Nos
dois casos, a consequência direta desse encurtamento de fibras é a maior
propensão para o desenvolvimento de problemas em ossos e músculos.
Provavelmente,
a queixa mais freqüente encontrada tanto entre sedentários, como entre atletas,
é a perda da flexibilidade provocando dores lombares, por encurtamento da
musculatura das costas e posterior das coxas, associado a uma musculatura
abdominal fraca.
Com a
prática regular de alongamentos os músculos passam a suportar melhor as tensões
diárias e dos esportes, prevenindo o desenvolvimento de lesões musculares.
8.
PRÁTICAS CORPORAIS E AUTONOMIA
Assistimos, nos últimos 15 anos, à ascensão da cultura corporal
e esportiva (que denominaremos, de maneira mais ampla, “cultura corporal de
movimento”) como um dos fenômenos mais importantes nos meios de comunicação de
massa e na economia.
O
esporte, as ginásticas, a dança, as artes marciais e as práticas de aptidão
física tornam-se, cada vez mais, produtos de consumo (mesmo que apenas como
imagens) e objetos de conhecimento e informação amplamente divulgados ao grande
público. Jornais, revistas, games,internet, rádio e televisão difundem ideias
sobre a cultura corporal de movimento. Há muitas produções dirigidas ao público
adolescente. Crianças tomam contato precocemente com práticas corporais e
esportivas do mundo adulto. Informações sobre a relação práticas
corporais-saúde estão acessíveis em revistas femininas, jornais, noticiários e
documentários de TV, nem sempre com o rigor técnico-científico que seria
desejável. Não obstante isso, o estilo de vida gerado pelas novas condições
socioeconômicas (urbanização descontrolada, consumismo, desemprego crescente,
informatização e automatização do trabalho, deterioração dos espaços públicos
de lazer, violência, poluição) leva um grande número de pessoas ao
sedentarismo, à alimentação inadequada, ao estresse, etc. O crescente número de
horas diante da televisão, especialmente por parte das crianças e adolescentes,
diminui a atividade motora, leva ao abandono da cultura de jogos infantis e
favorece a substituição da experiência de praticar esporte pela de assistir
esporte.
Hoje,
somos todos consumidores potenciais do esporte-espetáculo, como telespectadores
ou torcedores em estádios e quadras. A proliferação de academias de ginástica e
escolinhas de esportes atende às camadas média e alta. Centros esportivos e de
lazer públicos oferecem, embora de maneira ainda insatisfatória, programas de
práticas corporais à população em geral.
A
cultura corporal de movimento tende a ser socialmente partilhada, quer como
prática ativa ou simples informação. Tal valorização social das práticas
corporais de movimento legitimou o aparecimento da investigação científica e
filosófica em torno do exercício, da atividade física, da motricidade, ou do
homem em movimento. Inicialmente restrito ao domínio da Fisiologia do
Exercício, área da Medicina, esse campo de pesquisa está presente hoje em muitas
áreas científicas, como História, Psicologia e Sociologia, além da Filosofia.
Por
isso, não basta ao indivíduo apenas aprender habilidades motoras e desenvolver
capacidades físicas, aprendizagem esta necessária, mas não suficiente. Se ele
aprende os fundamentos técnicos e táticos de um esporte coletivo, precisa
também aprender a organizar-se socialmente para praticá-lo, precisa compreender
as regras como um elemento que torna o jogo possível (portanto é preciso também
que aprenda a interpretar e aplicar as regras por si próprio), aprender a
respeitar o adversário como um companheiro e não um inimigo, pois sem ele não
há competição esportiva.
A
pessoa , para ser uma praticante lúcida e ativa, deverá incorporar o esporte e
os demais componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o
melhor proveito possível. Tal ato implica também compreender a organização
institucional da cultura corporal em nossa sociedade; é preciso prepará-la para
ser uma consumidora do esporte-espetáculo, para o que deve possuir uma visão
crítica do sistema esportivo profissional.
E como
o homem moderno poderá melhor usufruir do esporte- espetáculo veiculado pelas
mais diversas mídias ? Primeiro necessitamos instrumentalizá-lo para uma
apreciação estética e técnica, fornecendo-lhe as informações políticas,
históricas e sociais para que ele possa analisar criticamente a violência, o
doping, os interesses políticos e econômicos no esporte. É preciso preparar o
cidadão que vai aderir aos programas de ginástica aeróbica, musculação,
natação, etc., em instituições públicas e privadas, para que possa avaliar a
qualidade do que é oferecido e identificar as práticas que melhor promovam sua
saúde e bem-estar. É preciso preparar o leitor/espectador para analisar
criticamente as informações que recebe dos meios de comunicação sobre a cultura
corporal de movimento (Betti, 1992).
Em um
segundo momento, o indivíduo deverá compreender o seu sentir e o seu
relacionar-se na esfera da cultura corporal de movimento. Esta intensidade e
modalidade de prática corporal foram adequadas para ele? Fizeram-no sentir bem?
Foram significativas para ele? Foram prazerosas? Ele fatigou-se? Quais são,
para ele, os sinais de fadiga? Quais práticas ele pode relacionar ao seu
bem-estar ou fadiga? Que condições a sociedade em que ele vive oferece para se
praticar esta atividade? Quais são os grupos sociais interessados nesta
prática? Toda essa prática deve, progressiva e cuidadosamente, conduzir o
indivíduo a uma reflexão crítica que o leve à autonomia no usufruto da cultura
corporal de movimento (Betti, 1994a, 1994b).
9.
ESPORTES
Atletismo
O atletismo é um conjunto de atividades esportivas (corrida,
saltos e arremessos), que tem a origem nas primeiras Olimpíadas realizadas na
Grécia Antiga. Nos primeiros Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C, eram
realizadas provas de corridas e arremessos de peso. Grande parte das provas de
atletismo é realizada em estádios fechados. Nestes estádios, existem as
demarcações específicas para cada prova e também os equipamentos como, por
exemplo, no salto com varas. Algumas competições como, por exemplo a maratona,
são realizadas em vias públicas. As principais modalidades do atletismo são: Corrida
de pista: é a mais tradicional competição do atletismo e envolve várias
provas: - Corridas disputadas em pistas ovais (cada atleta corre numa faixa):
100 metros rasos, 200 metros rasos e 400 metros rasos, - Corridas de Meio Fundo
(os atletas não precisam ficar na raia): 800 metros e 1.500 metros. - Corridas
de Fundo (dentro da pista): 5.000 metros e 10.000 metros. - Maratona (disputada
nas ruas): percurso de 42,19 km. Corridas com obstáculos: São realizadas dentro dos
estádios e se dividem em quatro modalidades: 100 metros (feminino), 110 metros
(masculino), 400 metros (masculino e feminino) e 3.000 metros (feminino e
masculino). Revezamento: As provas de revezamento são disputadas
por grupos compostos por quatro atletas cada. Cada atleta corre um quarto da
pista e passa um bastão para o atleta seguinte de sua equipe. Saltos:
- Salto em distância: o atleta corre numa pista, de no mínimo 40 metros, e deve
efetuar o salto antes de uma tábua de 20 cm de largura. Ao cair na areia é
feita a medição da distância obtida. Vence o atleta que conseguir o salto com
maior distância. - Salto com Vara: os competidores usam uma vara longa e
flexível para alçar altura e passar por cima de uma barra. - Salto triplo:
combinação de três saltos sucessivos e coordenados. Vence o competidor que
obtiver o salto que com maior distância. - Salto em altura: nesta competição o
atleta deve percorrer uma pista (mínimo de 20 metros) e com uma vara saltar por
cima do sarrafo (barra horizontal). O atleta pode tocar o sarrafo, porém o
mesmo não pode cair. A altura vai aumentando a cada salto positivo. Vence o
atleta que conseguir saltar maior altura sem derrubar o sarrafo. Arremessos
e Lançamentos: Existem quatro modalidades nesta categoria: arremesso de peso,
lançamento de dardo, de martelo e de disco. Em todas elas, vence o atleta que
conseguir arremessar o objeto a uma distância maior. Federações
e Confederações: As competições, regras e atividades internacionais de
atletismo são organizadas pela IAAF (Associação Internacional de Federações de
Atletismo). No Brasil, temos a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).
Basquetebol
O
basquetebol é um esporte criado em 1891 pelo professor de Educação Física James
Naismith, da Associação Cristã de Moços de Springfield, no Canadá. Esse é um
esporte jogado por 5 atletas que têm como objetivo passar a bola de mão em mão
até que ela chegue na cesta adversária. O basquete é jogado em uma quadra
delimitada por linhas. É colocada uma cesta em duas extremidades de forma que
elas fiquem uma de frente para a outra. O aro dessas cestas são colocadas a
3,05 metros de altura do chão. Pode ser praticado em quadra fechada ou ao ar
livre.
Os
atletas do basquete podem caminhar em quadra desde que driblem, ou seja, batam
a bola no chão a cada passo; não é permitido andar sem driblar. O jogador pode
passar a bola para um companheiro ou arremessar na cesta adversária.
O
primeiro jogo de basquete foi disputado em 1892, com 9 jogadores para cada
equipe e a bola era a mesma utilizada nos jogos de futebol. O basquete virou
esporte Olímpico em 1936, quando entrou oficialmente nos Jogos Olímpicos de
Verão de Berlim.
As
regras do basquete são bem fáceis e distintas. A cesta é o ato de passar a bola
no aro adversário e a pontuação de cada cesta é definida conforme a distancia
que a pessoa acertou. Então dois pontos valem se a pessoa lançou a bola da área
do garrafão, para os três pontos é preciso acertar fora da linha dos 6,75
metros. Cada equipe tem meia quadra. A marcação é livre, desde que não se toque
no jogador ou arranque a bola da mão dele; é preciso interceptar um lançamento.
Os
fundamentos básicos do basquete são: drible, passes, arremessos e rebote.
O
campeonato mais importante de basquete é o realizado pela NBA, uma verdadeira
sensação internacional. A organização internacional do esporte fica a cargo da
FIBA – Federação Internacional de Basquetebol e é ela que administra a
modalidade mundialmente. No Brasil, temos a Confederação Brasileira de
Basquetebol – CBB, como responsável por esse esporte e aqui é realizado o NBB –
Novo Basquete Brasil, campeonato organizado pela Liga Nacional de Basquete com
a chancela da CBB. Pela FIBA, cada jogo de basquete tem duração de 40 minutos,
divididos em 4 períodos iguais de 10 minutos com intervalos de 15 minutos entre
o 2º e o 3º período. A cada troca de período, muda-se o lado da quadra que a
equipe defende.
O
basquete também ganhou uma adaptação para os deficientes, o basquete em
cadeiras de rodas, totalmente adaptado para as pessoas que estão em cadeiras de
rodas também poderem praticar o esporte.
Futsal ou Futebol de Salão
O
futebol de salão ou futsal começou a ser praticado em 1930 por jovens
freqüentadores da Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo e em Montevidéu,
no Uruguai. Devido à dificuldade para encontrar campos de futebol, improvisaram
"peladas" nas quadras de basquete e hóquei aproveitando as traves
usadas na prática desse último esporte.
O
Uruguai, nos anos 30, era a grande referência no futebol, sua seleção foi
bicampeã olímpica e sede da primeira Copa do Mundo de Futebol, promovida pela
FIFA, sendo também a primeira seleção campeã. O futebol estava em alta nos dois
países e o intercâmbio dentro da ACMs era constante.
Para os
uruguaios, o criador do futsal foi o professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da
ACM de Montevidéo. Nesta associação, um grupo de jovens alunos, empolgados com
o sucesso do futebol uruguaio, praticavam-no como recreação em quadras de
basquete.
Entretanto,
os brasileiros, argumentam que o jogo praticado no Uruguai não estava ainda
organizado e poderia ser praticado por cinco, seis e até sete jogadores. Nas
décadas de 30 e 40, este "protótipo" do que viria a ser o futebol de
salão era intensamente praticado nas ACMs dos dois países.
Com
isso, concluímos que, de fato, a prática de um tipo de futebol dentro de
quadras começou na Associação Cristã de Moços, seja ela no Brasil ou no
Uruguai.
O
futsal difundiu-se rapidamente por outros estados e na década de 50 começaram a
ser fundadas as federações estaduais de futebol de salão. Até 1958, São Paulo e
Rio de Janeiro disputavam a primazia do jogo, havendo divergências entre as
regras locais. Tudo se resolveu com a oficialização da prática pela
Confederação Brasileira de Desportos nesse ano, que padronizou as regras e
aceitou as federações estaduais como filiadas.
COMO SE JOGA:
Futsal, ou futebol de salão, é uma adaptação do futebol de campo para quadra.
Joga-se em espaços chamados "quadras polivalentes", demarcados também
para outros esportes, como vôlei e basquete. Participam duas equipes de cinco
jogadores cada, com bola menor, mais pesada e menos flexível que a do futebol
tradicional.
O
Futsal é disputado em quadras de 25 a 42 m de comprimento por 16 a 25 m de
largura. A bola pesa de acordo com cada categoria disputada. As metas medem
três metros de largura por dois de altura, à frente das quais demarcam-se áreas
cujas linhas são equidistantes quatro metros da linha de gol. O objetivo do
jogo é marcar tentos, como no futebol de campo, mas algumas regras são
exclusivas do Futsal.
O
arremesso lateral e o arremesso de canto são cobrados com os pés; após a quinta
falta coletiva, a equipe infratora é punida com a cobrança de um tiro livre
direto, sem barreira, do local onde foi cometida a falta; o atleta que cometer
cinco faltas será desclassificado e o goleiro deve sempre repor a bola em jogo,
com a mão ou com os pés, quatro segundos após defendê-la. A partida tem a
duração de quarenta minutos (dois tempos de vinte) para as categorias Adulta, Sub-20
e Sub-17. Para a categoria Sub-15, a partida dura trinta minutos(dois tempos de
quinze). Para as categorias menores, cada Federação fixa o tempo.
Ginástica
A
ginástica é um conceito que engloba modalidades competitivas e não competitivas
e envolve a prática de uma série de movimentos exigentes de força,
flexibilidade e coordenação motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e
mental.
Desenvolveu-se,
efetivamente, a partir dos exercícios físicos realizados pelos soldados da Grécia
Antiga, incluindo habilidades para montar e desmontar um cavalo e habilidades
semelhantes a executadas em um circo, como fazem os chamados acrobatas. Naquela
época, os ginastas praticavam o exercício nus (gymnos – do grego, nu), nos
chamados gymnasios, patronados pelo deus Apolo. A prática só voltou a ser
retomada - com ênfase desportiva e militar - no final do século XVIII, na
Europa, através de Jean Jacques Rousseau, do posterior nascimento da escola
alemã de Friedrich Ludwig Jahn - de movimentos lentos, ritmados, de
flexibilidade e de força - e da escola sueca, de Pehr Henrik Ling, que
introduziu a melhoria dos aparelhos na prática do esporte.
Anos
mais tarde, a Federação Internacional de Ginástica foi fundada, para
regulamentar, sistematizar e organizar todas as suas ramificações surgidas
posteriormente. Já as práticas não competitivas, popularizaram-se e
difundiram-se pelo mundo de diferentes formas e com diversas finalidades e
praticantes.
A
ginástica moderna, dirigida pela Federação Internacional de Ginástica,
incorpora seis modalidades distintas, com uma delas divida em duas ramificações
de importância igual, gerando assim um total de sete, de acordo com a visão da
federação, que deu ainda a cada uma delas um específico Código de Pontos. Uma
dentre as demais, não competitiva, reúne no concreto, o conceito da ginástica
em si:
Nas
escolas, as modalidades mais praticadas são :Ginástica Artística e Ginástica
Rítmica.
A
Ginástica Artística, também chamada de Olímpica, por ser a mais antiga de
todas, tem sua história constantemente confundida com a da própria ginástica.
Enquanto cunho esportivo, a ginástica artística foi a primeira ramificação da
ginástica em si, em matéria de combinação de exercícios sistemáticos, criada
para diferenciar as técnicas e os movimentos criados das práticas militares.
Sua inserção nos Jogos Olímpicos da era moderna, deu à ginástica o status de
esporte olímpico, no qual se desenvolveram e são disputadas suas demais
modalidades competitivas dentro do conceito de esporte e modalidade do Comitê
Olímpico Internacional.
Suas
competições dividem-se em duas submodalidades. Enquanto os homens disputam oito
provas - equipes, concurso geral, cavalo com alças, argolas, barras paralelas,
barra fixa, solo e salto -, as mulheres disputam seis - equipes, individual
geral,solo,salto, trave e barras assimétricas. Os ginastas devem mostrar força,
equilíbrio, coordenação, flexibilidade e graça .
A
Ginástica Rítmica, data do século XVI o primeiro relato acerca da prática da
ginástica ligada ao ritmo. A partir disso, foram mais de duzentos anos até se
tornar um conjunto uniforme de dança, levado à extinta União Soviética, onde
passou a ser ensinado como um novo esporte. Mais tarde, obteve sua
independência da modalidade artística - para a qual deixou a musicalidade - e
um sistema organizado, com aparelhos e competições próprios. Em 1996, tornou-se
um esporte olímpico, cem anós após a entrada da ginástica em Jogos Olímpicos.
Esta modalidade envolve movimentos de corpo em dança de variados tipos e
dificuldades combinadas com a manipulação de pequenos equipamentos. Em suas
rotinas, são ainda permitidos certos elementos pré-acrobáticos, como os
rolamentos e os espacates. As atletas, durante suas apresentações, devem
mostrar coordenação, controle e movimentos de dança harmônicos e sincronizados
com as companheiras e a música.
Handebol
O
Handebol é mais uma das modalidades desportivas que o Velho Mundo nos enviou.
Anteriormente, o handebol já apresentou grandes distinções em termos de
preferência entre o que se chamou Handebol de campo e Handebol de Salão. Hoje,
a carência de locais no Brasil, ou melhor, a maior disponibilidade de quadras e
não de campos, fez prevalecer o handebol de salão, que absorveu a prática da
modalidade em todo País.
O
handebol foi idealizado por um professor de Educação Física, o alemão Karl
Schelenz que, procurando dar às suas classes femininas uma atividade alegre e
movimentada, criou o handebol com base num jogo tcheco chamado “Azena”. Por
volta de 1914, Berlim foi palco das primeiras disputas que se desenrolaram num
campo de 40x20 metros. Depois passou a ser praticado por homens, por isso,
foram modificadas algumas regras e aumentadas as dimensões do campo, passando
para 40x80 metros, Mais tarde, as medidas foram igualadas às de um campo de
futebol, já com onze jogadores, com a bola reduzida de tamanho, permitindo o
manuseio com uma só mão. Isto proporcionou maior movimentação e satisfação na
prática do jogo. Esse era o handebol de campo.
O
handebol tomou maior impulso no meio estudantil. Suas características,
facilidade de na aprendizagem e execução natural dos fundamentos, permitiram o
emprego da velocidade, movimentação, força nos arremessos, e habilidade no
manejo da bola. Em 1927, foi criada a Federação Internacional de Handebol, com
39 países inscritos, mas somente em 1938 foi incluído nos Jogos Olímpicos de
Berlim, sagrando-se campeão a Alemanha.
Os
rigores dos inverno não permitiam a prática do handebol em campo aberto, fato
que levou este esporte a uma adaptação, para que pudesse ser praticado em
recinto fechado e de menor tamanho. Coube aos suecos a inovação que foi o
“inne-hand-ball” (handebol no interior) ou “hallen-handeball” (em alemão
handebol de salão) como o chamam os alemães, diminuindo o tamanho do campo e o
numero de jogadores, que passou a ser de sete atletas.
Com
isso, as jogadas ganharam em movimentação e rapidez. A natureza do piso
possibilitava a maior movimentação com a bola. O campo, por ser de dimensões
menores, permitia a todos os jogadores em campo atacarem e defenderem em bloco,
o que imprimia às jogadas uma espantosa velocidade, com grandes possibilidades
de gol.
O
handebol de salão tornou-se um esporte independente, com técnica e tática
própria, suplantando o handebol de campo, que sofreu a concorrência do futebol,
mais atraente e já implantado em todos os países do mundo.
O
handebol veio para o Brasil por volta de 1930. Difundiu-se inicialmente em São
Paulo onde, em 16 de fevereiro de 1940, foi fundada a Federação Paulista de
Handebol. Inicialmente, o handebol foi praticado por onze jogadores
isoladamente, por grupos de colônias estrangeiras e por alguns clubes
classistas e equipes de firmas comerciais.
A duração
normal da partida para todas as equipes com jogadores de idade igual ou acima
de 16 anos, é de 2 tempos de 30 minutos. O intervalo de jogo é normalmente de
10 minutos. A duração normal da partida para equipes de jovens é 2 X 25 minutos
no grupo de idade entre 12-16 anos e 2 X 20 minutos no grupo de idade entre
8-12 anos. Atualmente, o handebol disputado por equipes de sete jogadores é o
mais popular.
No
handebol os jogadores movimentam a bola através de passes feitos com a mão até
chegarem na área do gol adversário. Os defensores fazem com o corpo uma
barreira na área de lançamento para tentar impedir o gol. Se o goleiro não
defender, sua equipe recomeça o jogo a partir do meio do campo.
O
handebol de sete jogadores é disputado em quadras de 40 metros de comprimento
por 20 metros de largura com duas traves de 3 metros de largura por 2 metros de
altura cada.
Voleibol
O
voleibol atualmente é o segundo esporte em popularidade no Brasil e nossas
seleções estão colocadas entre as melhores do mundo. É um esporte executado em
uma quadra retangular de 18 X 9 metros, com duas equipes separadas por uma rede
e seu objetivo é colocar a bola no chão da quadra da equipe adversária. Sua
principal característica é o uso das mãos, embora o uso de outras partes do
corpo também seja permitido pelas regras oficiais.
O
voleibol surgiu nos Estados Unidos, em 1895,na Associação Cristã de Moços,
através de William George Morgan. O objetivo era criar um esporte onde não
existisse contato físico entre os praticantes, de modo a minimizar o risco de
lesões.Ele procurou mesclar elementos do tênis e do basquetebol. As primeiras
regras surgiram em 1897 e permitiam sua prática tanto em locais fechados, como
quadras e ginásios, como em locais abertos, como parques e praias. Nessa época,
não havia limite no número de jogadores e o objetivo era manter a bola em
movimento sobre uma rede estendida de um lado a outro da quadra. Quando a bola
caia no chão da quadra adversária era marcado um ponto.
Hoje as
regras oficiais definem que cada equipe deve ser composta por seis atletas. Uma
equipe inicia a partida sacando e à equipe adversária é permitido dar até três
toques na bola antes de devolvê-la. É ganhadora a equipe que primeiro vencer
três sets, com 25 pontos cada.
Recentemente
o Volei de Praia, modalidade derivada do voleibol de quadra e com regras
específicas, tem tido destaque em todo o mundo e o Brasil figura entre os
países de destaque na modalidade.
As
principais habilidades utilizadas no voleibol são: saltar, correr, lançar e
rebater. Ou seja: para chegar à bola è necessário correr; para cortar a bola
durante um ataque é preciso saltar; para colocar a bola em jogo(sacar) é
preciso lançar: e para devolver a bola à quadra adversária é preciso rebater.
Mas outras habilidades são específicas desse esporte: bloqueio, saque, manchete
e toque. Os principais fundamentos do voleibol são:
Manchete: as
pernas devem estar afastadas até a largura dos ombros e levemente flexionadas,
com uma perna à frente da outra e os braços devem ser unidos pelas mãos
sobrepostas, estendidos à frente do corpo. A bola deve ser rebatida com os
antebraços, o que permite que ela seja amortecida e tome outra direção.
Toque: as
pernas devem estar abertas até na largura dos ombros e semiflexionadas. Os
braços também devem estar semiflexionados, direcionados acima da cabeça e à
frente do corpo. O contato das mãos com a bola darse-á por meio da parte
interna dos dedos.
Saque: o
movimento inicial deve acontecer com os pés em paralelo e a perna contrária ao
braço que irá bater na bola deve ficar à frente. A bola deve ser segurada à
frente da mão que fará o saque, enquanto o braço de ataque se movimenta de trás
e cima para golpear a bola.
Cortada:
trata-se de uma rebatida de bola, caracterizada pela alta velocidade que esta
atinge a quadra adversária.
Como
curiosidade, existe no voleibol moderno, desde 1998, a função de líbero, um
atleta especializado nos fundamentos que são realizados com mais frequência no
fundo do campo, isto é, recepção e defesa. O objetivo foi o de permitir
disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste modo mais atraente para o
público. Um conjunto específico de regras se aplicam exclusivamente a este jogador,
como utilizar equipamento diferente, não ser capitão do time, nem atacar,
bloquear ou servir. Quando a bola está fora de jogo ele pode trocar de lugar
com qualquer outro jogador sem notificar o árbitro,sem que essas substituições
contem para o número legalmente permitido em cada set.Ele só pode levantar de
toque do fundo da quadra.
Danças
A dança
é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da
música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente
estabelecidos (coreografia), ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos
casos, a dança, com passos cadenciados, é acompanhada ao som e compasso de
música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela. A dança pode
existir como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou
cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com
ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi
se desvinculado das particularidades do teatro.
A Dança
é a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de movimentos e ritmos,
criando uma harmonia própria. Não é somente através do som de uma música que se
pode dançar, pois os movimentos podem acontecer independentes do som que se
ouve, e até mesmo sem ele. A história da dança retrata que seu surgimento se
deu ainda na pré-história, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos,
foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros
ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas.
O
surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, onde
as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os
primeiros registros dessas danças mostram que as mesmas surgiram no Egito, há
dois mil anos antes de Cristo. Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as
danças apareceram na Grécia, em virtude das comemorações aos jogos olímpicos. O
Japão preservou o caráter religioso das danças, onde as mesmas são feitas até
hoje, nas cerimônias dos tempos primitivos. Em Roma, as danças se voltaram para
as formas sensuais, em homenagem ao deus Baco (deus do vinho), onde dançava-se
em festas e bacanais.
Nas
cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que
estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse propósito.
Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como
espetáculos teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário
compõem sua estrutura. No século XVI surgiram os primeiros registros das
danças, onde cada localidade apresentava características próprias. No século
XIX surgiram as danças feitas em pares, como a valsa, a polca, o tango, dentre
outras.
Estas,
a princípio, não foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século XX
surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo musical e, consequentemente, os
ritmos das danças. Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os
aspectos culturais foram se difundindo.
Lutas
Boxe: É um
estilo de luta no qual são usado apenas os punhos, tanto para defesa tanto para
o ataque. A palavra Boxe vem do inglês to box que significa lutar, bater.
O boxe
era muito praticado pelos ingleses e muitas vezes as lutas aconteciam com as
mãos nuas, assim as lutas se tornaram brutais e em 1872 foram criadas as regras
onde as lutas teriam 3 minutos de round e 1 minuto de intervalo, e os lutadores
eram obrigados a usar luvas. Seus principais golpes são Jab ou jabe: Golpe
frontal com o punho que está a frente na guarda. Direto: Golpe frontal com o
punho que está atrás na guarda.Cruzado (cross): Tão potente quanto o direto,
porém o alvo é a lateral da cabeça do adversário. Hook ou gancho: Desferido em
movimento curvo do punho, atingindo lateralmente a cabeça ou abdome,
dificultando a defesa do oponente. Uppercut: Golpe desferido de baixo para cima
visando atingir o queixo do oponente.
Judô: O
judô é uma arte marcial esportiva. Foi criado no Japão, em 1882, pelo professor
de Educação Física Jigoro Kano. Ao criar esta arte marcial, Kano tinha como
objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico,
espírito e mente. Esta arte marcial chegou ao Brasil no ano de 1922, em pleno
período da imigração japonesa. O judô teve uma grande aceitação no Japão,
espalhando, posteriormente, para o mundo todo, pois possui a vantagem de unir
técnicas do jiu-jitsu (arte marcial japonesa) com outras artes marciais
orientais.
As
lutas de judô são praticadas num tatame de formato quadrado (de 14 a 16 metros
de lado). Cada luta dura até 5 minutos. Vence quem conquistar o ippon primeiro.
Se ao final da luta nenhum judoca conseguir o ippon, vence aquele que tiver
mais vantagens.
Jiu-Jitsu:
Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou “arte suave”, nasceu na Índia e era
praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges
desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de
articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a
expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e,
finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.A partir do
final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros
Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.
Karatê: O
karatê é uma arte marcial que era usada pelos guerreiros japoneses na época das
guerras. Mas hoje não é só ensinada como arte marcial, mas também como
condicionamento físico, defesa pessoal, forma de socialização do indivíduo, com
intuito de competição e vários outros objetivos.
No ano
de 1470, a ilha de Okinawa estava dominada pelos chineses, e os nativos foram
proibidos de usarem armas, que na época eram as espadas. Como eles não podiam
usar armas para se defender começaram a desenvolver técnicas de luta utilizando
apenas as mãos, que por serem desarmadas a luta passou a ser conhecida como
Karatê-Dô. Em japônes mãos significa “TE”, vazias significa “KARA” e “DO”
caminho, então Karatê-Dô quer dizer “Caminho das Mãos Vazias”, ou seja, sem
armas ou qualquer outro objeto que possa ser usado para se defender.
Pilates
É um
método de alongamento e exercícios físicos que se utilizam do peso do próprio
corpo em sua execução. É uma técnica de reeducação do movimento, composto por
exercícios profundamente alicerçados na anatomia humana, capaz de restabelecer
e aumentar a flexibilidade e força muscular, melhorar a respiração, corrigir a
postura e prevenir lesões. Foi elaborado em 1920 pelo alemão Joseph Pilates,
nascido em 1880, que possuía diversos problemas de saúde. Joseph criou uma
atividade física baseada em seis princípios básicos: respiração, concentração,
controle, alinhamento, centralização e integração de movimentos.
1. CONCENTRAÇÃO: o
aluno deve prestar atenção a cada movimento que está executando, sempre
visualizando o próximo passo do exercício, dessa forma o sistema nervoso
central vai escolher a combinação correta de músculos para executar o
movimento. Corpo e mente devem trabalhar de forma coordenada!
2. CONTROLE: todos
os movimentos são feitos de forma controlada, o importante é a qualidade do
movimento e não a quantidade.
3. CONTROLE DO CENTRO: todos
os movimentos originam-se a partir do centro de força (abdome, quadrado lombar
e glúteos). Antes de iniciar um exercício, o centro de força deve ser ativado
de forma a estabilizar a coluna protegendo-a de possíveis lesões.
4. MOVIMENTO FLUÍDO: os
movimentos são feitos de forma leve e controlada, sem "trancos", como
uma dança suave!
5. PRECISÃO:
movimentos coordenados e precisos. Pilates dizia "Concentre-se nos
movimentos certos cada vez que você faz um exercício, caso contrário, você os
executará de forma inadequada e eles perderão o seu valor".
6. RESPIRAÇÃO: É
feita de forma profunda, a respiração adequada durante os exercícios oxigena o
sangue e elimina os gases nocivos.
A
inspiração é feita pelo nariz e a expiração pela boca, durante a expiração o
abdome é suavemente afundado (umbigo na direção das costas) e contraído.
BENEFÍCIOS:
1 - Uma
ótima maneira de relaxar e bater estresse Pilates é uma forma suave de
exercício que literalmente lhe reintroduz ao seu próprio corpo. E quanto melhor
você entender o seu corpo e como ele funciona, mais fácil será para você
liberar a tensão, relaxar e combater o stress da vida moderna.
2 -
Pilates Melhora seu equilíbrio e coordenação A prática do Método Pilates ajuda
a melhorar o seu equilíbrio e coordenação pelo realinhamento da coluna e
fortalecimento do "core". Um melhor equilíbrio e coordenação
significam menos lesões. Vem daí o grande sucesso do Método Pilates entre os
atletas, bailarinos e esportistas.
3 -
Exercícios pilates Sem sofrimento muitas pessoas simplesmente não podem nem
pensar na rotina de uma academia de musculação, muito menos no esforço físico
para ganhar músculos. Método Pilates é uma técnica de exercício não aeróbico,
suave, mas que fornece tônus e fortalece os músculos de dentro pra fora.
Treinamento Funcional
Na
atualidade o treinamento funcional, mantém a sua essência como um método de
treinamento físico, com a premissa básica de melhoria da aptidão física
relacionada à saúde ou melhoria da aptidão física relacionada à performance e
prevenção de lesão músculo esquelético.
O
treinamento funcional tem como características a melhoria das habilidades
biomotoras; habilidades essas que facilitam a prática de atividades físicas.
Produção de movimentos mais eficientes; muito necessário para os atletas de
diversos esportes de alto rendimento; apropriado para condicionados ou não.
O
treinamento funcional, é desenvolvido para ser um sistema de treinamento focado
nos movimentos fundamentais do homem primitivo e que são executados também no
cotidiano do homem moderno, são eles os movimentos de: agachar, avançar,
abaixar, puxar, empurrar, levantar e girar.
Novamente
no treinamento funcional algumas valências físicas são treinadas para melhorar
ainda mais os movimentos dos atletas nas competições como:
1. EQUILÍBRIO:
capacidade para assumir e sustentar qualquer posição do corpo contra a força da
gravidade.
2. FORÇA:
habilidade que permite o músculo ou grupo de músculos produzir uma tensão e
vencer ou igualar-se a uma resistência na ação de empurrar, tracionar ou
elevar.
3. FLEXIBILIDADE: é a
capacidade de amplitude dos movimentos das diferentes partes do corpo que
depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular. Portanto a
flexibilidade capacita as pessoas a aumentarem a extensão dos movimentos, numa
articulação determinada.
4. RESISTÊNCIA:
qualidade física que permite um determinado esforço, durante um determinado
tempo.
5. COORDENAÇÃO:
capacidade de realizar movimentos complexos de modo conveniente, para que
possam ser realizados com o mínimo de esforço.
6. VELOCIDADE:
qualidade física particular do músculo e das coordenadas neuromusculares, que
permite a execução de uma sucessão rápidas de gestos, em que seu encadeamento
constitui uma só e mesma ação, de intensidade máxima e duração breve ou muito
breve.
COMPONENTES
DO PROGRAMA DO TREINAMENTO FUNCIONAL
1. TREINAMENTO DO CORE:
treinamento da região abdominal, para melhorar a postura e preservar a coluna
vertebral
2. TREINAMENTO DE EQUILÍBRIO
ESTÁTICO E DINÂMICO; melhoria do equilíbrio tanto em repouso quanto em movimento,
facilitando as atividades que dependem do equilíbrio.
3. TREINAMENTO DE FORÇA
MUSCULAR (FORÇA E POTÊNCIA): melhoria da força combinada
com a velocidade, voltada para as praticas esportivas principalmente.
4. TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE:
melhorar a flexibilidade dos indivíduos principalmente dos idosos
5. TREINAMENTO AERÓBIO:
melhorar a condição cardiorrespiratória dos indivíduos principalmente os que
precisam trabalhar a resistência.
Musculação
A
musculação é uma atividade que consiste em trabalhar a musculatura corporal,
realizando exercícios contra uma resistência que pode ser empregada das mais
variadas formas, como uma carga em halter ou em uma barra longa, em um aparelho
com baterias de placas, tensores elásticos, aparelhos de ar comprimido, ou
simplesmente contra a força da gravidade.
Historicamente
a musculação apresenta-se como uma das práticas físicas mais antigas do mundo,
já que existem relatos históricos datados do início dos tempos que confirmam o
exercício de ginástica com pesos. A história mais conhecida data da época da
Grécia Antiga, quando Milon de Creton, cidadão grego, iniciou seu treinamento
levantando um pequeno bezerro nas costas.
À
medida que o bezerro ia crescendo provocava sobrecarga ao organismo daquele que
estava treinando, acarretando adaptações orgânicas que permitiam ao mesmo
suportar aquela nova carga que lhe era imposta a cada dia. Acredita-se que este
treinamento foi o método originário do princípio da sobrecarga.
A
musculação como forma de competição onde se exibia os músculos tem como dado
oficial o registro da primeira competição em 1901 em Londres. Possivelmente
tenham existidos outros campeonatos, mas este é o que parece que deu início
oficial ao esporte. Esta competição foi intitulada: "O Físico mais
Fabuloso do Mundo" e foi idealizado e realizado por Eugene Sandow e contou
com 156 atletas. O vencedor foi Willian Murray, que mais tarde se tornou ator,
cantor e músico, tendo criado números artísticos com atletas que imitavam
gladiadores, junto com estes eventos criou campeonatos de Musculação na
Inglaterra.
Nos
dias atuais a musculação é utilizada por seus praticantes com objetivos
distintos, como aumento de força e de massa muscular, diminuição do peso
corporal, massa gorda e percentual de gordura, melhora do condicionamento
físico geral, aumento da performance esportiva, da potência ou da resistência
muscular. A musculação pode ser realizada por diferentes grupos de indivíduos,
desde adolescentes a idosos, passando por aquelas pessoas que precisam de
cuidados especiais, como cardiopatas (portadores de distúrbios no coração),
diabéticos, hipertensos (indivíduos com pressão arterial acima do normal),
portadores de deficiência física, indivíduos que estão em fase de recuperação
de lesões ou em quadro pósoperatório, liberados pelo médico para fortalecimento
muscular.
O
treinamento na musculação deve ser acompanhado por um professor, formado em
educação física, especialista na área de musculação, que irá planejar a rotina
de treinamento do aluno e acompanhá-lo no dia-a-dia, dentro da academia. Este
profissional é de fundamental importância no processo de evolução do
praticante, pois ele tem uma maneira diferente, dos alunos, de ver esta
atividade. O professor deve orientar o aluno quanto ao conteúdo do programa de
treinamento, a forma correta de execução dos exercícios, o correto
posicionamento nos aparelhos, deve dar orientação quanto às dúvidas dos alunos
e ajudar os alunos, com menos experiência ou até os avançados, que utilizam o
professor como uma ferramenta para uma correta execução dos exercícios e por
motivo de segurança, e para uma melhor performance.
Esporte Paraolímpico
São
esportes direcionados para pessoas com necessidades especiais que Incluem
atletas com pouca mobilidade, amputados, cegos ou com paralisia cerebral.
Realizados pela primeira vez em 1960 em Roma, Itália, têm sua origem em Stoke
Mandeville, na Inglaterra, onde ocorreram as primeiras competições esportivas
para deficientes físicos, como forma de reabilitar militares atingidos na
Segunda Guerra Mundial. Em 1939, o neurologista alemão de origem judia Ludwig
Guttmann foi forçado pelo governo nazista da Alemanha a deixar o país com sua
família e se estabelecer na Inglaterra. Em 1943, ele foi indicado pelo governo
britânico para chefiar o Centro Nacional de Traumatismos na cidade de Stoke
Mandeville, sendo sua principal missão a reabilitação de soldados que serviram
na Segunda Guerra Mundial. Guttmann desenvolveu uma nova filosofia de
tratamento para os seus pacientes que unia trabalho e esporte. Entre as
modalidades usadas no tratamento estavam basquetebol, tiro com arco, dardos e
bilhar. Com o sucesso do novo sistema, ele promoveu, em 28 de julho de 1948, o
primeiro evento esportivo exclusivo para portadores de deficiência. O evento
continuou a ocorrer todos os anos, tornando-se internacional em 1952, quando
quatro atletas dos Países Baixos competiram. O crescimento continuou de maneira
acelerada até que, em 1960, a competição ocorreu pela primeira vez fora do
Reino Unido.
MODALIDADES PARALÍMPICAS
1-
Atletismo
2-
Basquete em cadeira de rodas
3-
Boccia
4-
Ciclismo
5-
Esgrima em cadeiras de rodas
6-
Futebol de 5
7-
Futebol de 7
8-
Goalball
9- Judô
10- Halterofilismo
11-
Hipismo
12-
Natação
13-
Remo
14-
Rugby em cadeira de rodas
15-
Tênis em cadeira de rodas
16-
Tênis de mesa
17-
Tiro
18-
Tiro com arco
19-
Vela
20-
Vôlei
Esportes Pouco Praticados no Brasil
PARKOUR: Por vezes abreviado como PK ou l´art du déplacement traduzido para
nossa lingua significa arte do deslocamento. É uma atividade cujo princípio é
mover-se de um ponto a outro o mais rápido e eficientemente possível, usando
principalmente as habilidades do corpo humano. Criado para ajudar a superar
obstáculos de qualquer natureza no ambiente circundante — desde galhos e pedras
até grades e paredes de concreto — e pode ser praticado em áreas rurais e
urbanas. Homens que praticam parkour são reconhecidos como traceur e mulheres
como traceuses.
Históricamente As inspirações para
essa arte surgiram de várias partes, primeiramente pelo méthode naturelle
(Método Natural de Educação Física) desenvolvido por Georges Hébert no século
XX. Soldados Franceses no Vietnã inspirados pelo trabalho de Georges Hébert
criaram o treinamento militar: parcours du combattant. David Belle foi iniciado
no treinamento militar e méthode naturelle por seu pai, Raymond Belle — um
bombeiro Francês que praticava as duas disciplinas. David Belle continuou a
praticar outras atividades como artes marciais e ginástica, buscando aplicar
suas habilidades adquiridas de forma prática na vida.
Depois de se mudar para Lisses, David
Belle continuou sua jornada. "Desde então nós desenvolvemos" disse Sébastien
Foucan no documentário Jump London, "e realmente em toda a cidade lá
estávamos; lá estava o parkour. Você precisa apenas olhar, você precisa apenas
imaginar, como uma criança" descrevendo a visão do parkour. No final da
década de 1990, David Belle e Sébastien Foucan, dois nomes importantes, foram
divergindo seus ideais até que se separaram por completo. Para Foucan, parkour
é uma atividade mais ligada às filosofias orientais e seus movimentos estão
baseados na autonomia e nas energias positivas, além de ser aberto a outras
influências, tais como break dance. Com o documentário Jump London, o termo
Free running foi criado e difundido. Desde então, o termo free running vem
sendo usado para denominar a prática conforme divulgada por Foucan, ou seja, com
inclusão de movimentos acrobáticos e ineficientes, do ponto de vista do
conceito de utilidade, característico do método natural e do parkour.
Sem limitações de espaços para ser
praticado, o parkour é acessível a todos, possibilitando o auto-conhecimento do
corpo humano e mente como o desenvolvimento da força, resistência, coordenação
motora, ao mesmo tempo que desenvolve a concentração, força de vontade,
determinação e coragem — qualidades que favorecem o bem estar e a qualidade de
vida, educando jovens ávidos por novas experiências. Um traceur ou traceuse é
potencialmente um ótimo praticante de outras atividades físicas que necessitam
de auto-controlo, agilidade, destreza, força, raciocino rápido e observação.
Equipamentos: Parkour oferece grande
liberdade e custo mínimo para ser praticado, sendo recomendados os seguintes
acessórios:
- Calça leve
- Camiseta leve
- Tênis macio e com sola reta
Todos os equipamentos ou acessórios
são opcionais.
Acidentes: Parkour requer absoluta
concentração e consciência de seus obstáculos como: avaliação de distância,
capacidade e risco. O conjunto mental é combinado ao controle e poder do corpo
e do espírito. Os praticantes costumam adotar a seguinte frase para descrever
parte de sua filosofia: "é ridículo procurar liberdade e acabar quebrado
numa cadeira de rodas". Mesmo assim o parkour é uma arte que requer
disciplina, treinando sua mente com bom-senso, e respeitando seus limites.
Desse modo, acidentes podem ser amenizados ou até evitados.
São raros os acidentes relacionados a
esta arte, mas podem ser graves — devido a se subestimarem os riscos da prática
e à excitação dos jovens em fazer algo incrível que viram dos amigos, colegas
ou vídeos na TV ou internet.
Movimentos: A definição básica
da finalidade do parkour observando instintivamente nos remete à ideia de andar
e correr; transpor obstáculos seria seu aperfeiçoamento, sua evolução.
RUGBY: É um esporte coletivo originário da Inglaterra de intenso contato
físico, que se originou do futebol. Historicamente existem diversos caminhos
que levam ao surgimento desse esporte. Um deles é uma lenda que fala sobre a um
jovem londrino chamado William Webb Ellis, um estudante que durante uma partida
de futebol realizada em 1823 na Rugby School, teria ficado irritado com a
monotonia do jogo e teria agarrado a bola nos braços e corrido o campo,
provocando a ira de seus colegas, que tentaram pará-lo, agarrando-o de
qualquer maneira. Teria assim nascido o jogo de rúgby; Outra versão acredita
que a bola era carregada com os braços com freqüência durante 1820 e 1830, onde
estudantes da Rugby School dizem que a bola carregada fazia parte do jogo
há muito tempo, contrariando a história de William. Após o seu surgimento houve
uma padronização das regras do esporte que diferenciou o "Football
Rugby" do "Football Association". Onde em 1871 foi fundada a
Rugby Union em Londres, e da Inglaterra expandiu-se para o mundo, para países
como Gales, Escócia, Irlanda, França além das colônias do Império Britânico:
Austrália, África do Sul, Nova Zelândia, Canadá e EUA;
Características: Tanto as mãos quanto
os pés podem ser utilizados; o jogador pode correr com a bola sem qualquer
impedimento, observando o jogo limpo; os pontos são marcados carregando a bola
através da linha de pontuação e através de chutes ao "H"; a bola só
pode ser passada para trás; um jogador atacante somente deve participar de uma
jogada caso entre em jogo a partir de uma posição anterior ao carregador da
bola; as traves no final do campo (o "H") são utilizadas somente para
marcar a linha do gol (melhor chamada de linha de try), e utilizadas para
efetuar os chutes de conversão e drop goals. A maior pontuação do Rugby, o try,
é feito apoiando a bola em qualquer lugar após a linha de try e não
necessariamente embaixo das traves.
RUGBY no Brasil: O Rugby foi trazido
ao Brasil por Charles Miller que teria organizado em 1895 o primeiro time de
rugby brasileiro, em São Paulo. O primeiro clube a praticar o esporte, o Clube
Brasileiro de Futebol Rugby (Rio de Janeiro), teria sido fundado em 1891. O
rugby começou a ser jogado regularmente no Brasil em 1925, no Campo dos
Ingleses, pertencente ao São Paulo Athletic Club, em Pirituba, São Paulo. Em
seis de outubro 1963, foi fundada, com sede em São Paulo, a União de Rugby do
Brasil, com a finalidade de organizar e dirigir o rugby brasileiro. Em 1964
Brasil sagrou-se Vice-Campeão Sul Americano; em 1966 foi realizada a primeira
partida entre duas escolas de ensino superior - A.A.A. Oswaldo Cruz x A.A.A.
Horácio Lane. Em vinte de dezembro de 1972, foi fundada da Associação
Brasileira de Rugby, em substituição à União de Rugby do Brasil.
BADMINTON: Supõe-se que o Badminton terá tido a sua origem num popular jogo
indiano. Cerca do ano de 1800, existia na India um jogo chamado “Poona”, o
qual, devido à sua enorme popularidade, acabou por ser trazido para a Europa
pelos oficiais ingleses que prestavam serviço naquela colónia inglesa. Chegado
a Inglaterra, por volta de 1860, sabe-se que esse jogo era jogado pelas filhas
do Duque de Beaufort’s num salão da moradia da família, que se chamava
Badminton House.
Foi esta família que introduziu uma
pequena variante ao jogo original: prenderam uma corda a atravessar o salão e
usando raquetes de ténis tentavam assim manter o volante a passar por cima da
corda durante o maior período de tempo possível.
Sendo uma família de posses e com uma
vida social diversificada e intensa, isso terá tido grande importância na
disseminação inicial deste jogo, ainda rudimentar. É aceitável que as
frequentes visitas dos amigos da família, os quais provavelmente também
participariam nesse jogo, terá sido um dos fatores para aumentar a sua
divulgação.
Apesar de tudo, foi mesmo na India
que este jogo se transformou num verdadeiro desporto quando o coronel inglês H.
O. Selby criou um conjunto de regras e de etiquetas, que acabaram por ser
aceites de forma generalizada. Estávamos em 1870 e foi precisamente nesta
ocasião que o nome deste desporto passou a ser Badminton.
Durante quase uma década o Badminton
foi praticado, de forma amadora, nos locais onde existiam agrupamentos
militares. No início de 1880 formaram-se os primeiros clubes de Badminton em
Inglaterra e foi com este início das competições oficiais que tudo começou a
evoluir. As regras foram sendo alteradas e adaptadas, criou-se um sistema de
pontuação, definiu-se o formato e dimensões do volante e foi assim que em 1883
se criou a Badminton Association of England, passando a ser esta
Associação a entidade que, naquela época, supervisionava todos os aspectos
relacionados com a modalidade. Desde essa tempo que o Badminton nunca parou de
crescer, sendo atualmente uma modalidade desportiva oficial em 160 países.
Apenas a título de curiosidade,
regista-se que na Grécia, há mais de 2000 anos, era praticado um jogo chamado
“Tamborete e Peteca” (Battledore e Schuttlecock). Esse jogo era jogado tanto
por crianças como por adultos e consistia em rebater uma peteca com um pedaço
de madeira, tentando evitar que a mesma caísse no chão.
10.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Brincar
é uma invenção humana "um ato em que sua intencionalidade e curiosidade
resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o
presente". (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Os
jogos e as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e curiosidade
resultam em um processo lúdico, autônomo, criativo, possibilitando a
(re)construção de regras, diferentes modos de lidar com o tempo, lugar,
materiais e experiências culturais, isto é, o imaginário. A natureza dos jogos
e das brincadeiras não é discriminatória, pois implica o reconhecimento de si e
do outro, traz possibilidades de lidar com os limites como desafios, e não como
barreiras. Além disso, os jogos e as brincadeiras possibilitam o uso de
diferentes linguagens verbais e não verbais, o uso do corpo de formas
diferentes e conscientes; a organização, ação e avaliação coletivas.
Alguns
autores consideram os termos "jogo", "brinquedo" e
"brincadeira" como sinônimos, pois todos eles sintetizam a vivência
do lúdico. Huizinga, autor clássico na teoria do jogo, afirma ser esse um
fenômeno anterior à cultura. O jogo cumpre funções sociais. É sério, mas não é
sisudo. É uma ação voluntária, desinteressada, é liberdade. Provoca a evasão da
vida real para uma esfera temporária de atividade com orientação e espaços próprios.
Todo jogo tem regras, pois ele cria ordem e é ordem. Absorve inteiramente o
jogador que, ativamente, participa criando e recriando regras. Aquele que
desrespeita as regras é considerado um "desmancha-prazeres"
(HUIZINGA, 1980).
Para
CALLOIS (1990), os jogos, entendidos como motivações para a vivência lúdica,
podem ser categorizados em quatro grupos, a saber: os jogos de aventura,
aqueles que nos colocam diante do novo, do mistério (um filme, um livro, uma
partida de futebol, passeios e viagens, uma festa, dentre outros); os jogos de
competição (e aqui entram também os de cooperação); os jogos de vertigem,
aqueles que dão um friozinho na barriga, como os escorregadores, cama elástica,
montanha-russa, pular, saltar; e, por fim, os jogos de fantasia, que lidam com
o simbólico, o imaginário e o faz de conta.
A
festa, por sua vez, é entendida como um fenômeno social que inclui celebração,
fruição, diversão, evento, espetáculo, brincadeira, exaltação, trabalho e
lazer. É tempo e espaço para a expressão, encontro, rebeldia, devoção, oração,
manifestação, reivindicação (ROSA, 2002). É o que permite ao homem e à
sociedade se manterem vivos, pois é ela a própria humanidade do homem.
Recuperar, relembrar, reconstruir, vivenciar o brincar, o jogar e o "festar"
na escola possibilitam a vivência do caráter lúdico que acompanha tais práticas
corporais. O jogo, a brincadeira e a festa, para além do prazer, da satisfação,
são entendidos como instantes de reconhecimento do homem como produtor de
história e de cultura, por isso merecem ser problematizados.
É
importante considerar que as brincadeiras, por mais "ingênuas" que
possam parecer, podem contribuir com determinado projeto de sociedade, por isso
precisam ser discutidas e ressignificadas.
Quando
contamos piadas sobre negros, louras ou homossexuais, por exemplo, podemos
estar reforçando o racismo e o preconceito. Além disso, muitos jogos e
brincadeiras têm como objetivo eliminar aqueles jogadores que
"erram", reforçando a exclusão. Os jogos e as brincadeiras tornam-se
assim, espaços educativos de vivência e reflexão dos princípios norteadores
desta proposta.
Brincar
é uma invenção humana "um ato em que sua intencionalidade e curiosidade
resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o
presente". (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Os
jogos e as brincadeiras são ações culturais cuja intencionalidade e curiosidade
resultam em um processo lúdico, autônomo, criativo, possibilitando a
(re)construção de regras, diferentes modos de lidar com o tempo, lugar,
materiais e experiências culturais, isto é, o imaginário. A natureza dos jogos
e das brincadeiras não é discriminatória, pois implica o reconhecimento de si e
do outro, traz possibilidades de lidar com os limites como desafios, e não como
barreiras. Além disso, os jogos e as brincadeiras possibilitam o uso de
diferentes linguagens verbais e não verbais, o uso do corpo de formas
diferentes e conscientes; a organização, ação e avaliação coletivas.
Alguns
autores consideram os termos "jogo", "brinquedo" e
"brincadeira" como sinônimos, pois todos eles sintetizam a vivência
do lúdico. Huizinga, autor clássico na teoria do jogo, afirma ser esse um
fenômeno anterior à cultura. O jogo cumpre funções sociais. É sério, mas não é
sisudo. É uma ação voluntária, desinteressada, é liberdade. Provoca a evasão da
vida real para uma esfera temporária de atividade com orientação e espaços
próprios. Todo jogo tem regras, pois ele cria ordem e é ordem. Absorve
inteiramente o jogador que, ativamente, participa criando e recriando regras.
Aquele que desrespeita as regras é considerado um
"desmancha-prazeres" (HUIZINGA, 1980).
Para
CALLOIS (1990), os jogos, entendidos como motivações para a vivência lúdica,
podem ser categorizados em quatro grupos, a saber: os jogos de aventura,
aqueles que nos colocam diante do novo, do mistério (um filme, um livro, uma
partida de futebol, passeios e viagens, uma festa, dentre outros); os jogos de
competição (e aqui entram também os de cooperação); os jogos de vertigem,
aqueles que dão um friozinho na barriga, como os escorregadores, cama elástica,
montanha-russa, pular, saltar; e, por fim, os jogos de fantasia, que lidam com
o simbólico, o imaginário e o faz de conta.
A
festa, por sua vez, é entendida como um fenômeno social que inclui celebração,
fruição, diversão, evento, espetáculo, brincadeira, exaltação, trabalho e
lazer. É tempo e espaço para a expressão, encontro, rebeldia, devoção, oração,
manifestação, reivindicação (ROSA, 2002). É o que permite ao homem e à
sociedade se manterem vivos, pois é ela a própria humanidade do homem.
Recuperar, relembrar, reconstruir, vivenciar o brincar, o jogar e o
"festar" na escola possibilitam a vivência do caráter lúdico que
acompanha tais práticas corporais. O jogo, a brincadeira e a festa, para além
do prazer, da satisfação, são entendidos como instantes de reconhecimento do
homem como produtor de história e de cultura, por isso merecem ser
problematizados.
É
importante considerar que as brincadeiras, por mais "ingênuas" que
possam parecer, podem contribuir com determinado projeto de sociedade, por isso
precisam ser discutidas e ressignificadas.
Quando
contamos piadas sobre negros, louras ou homossexuais, por exemplo, podemos
estar reforçando o racismo e o preconceito. Além disso, muitos jogos e
brincadeiras têm como objetivo eliminar aqueles jogadores que
"erram", reforçando a exclusão. Os jogos e as brincadeiras tornam-se
assim, espaços educativos de vivência e reflexão dos princípios norteadores
desta proposta.