REGIÃO SUDESTE
SÃO PAULO
O ensino da Educação Física no sudeste do país (São Paulo),vai além da recreação e da cobrança pelo
rendimento no esporte. Os conteúdos da disciplina contemplam as produções de
nossa cultura corporal: o jogo, o esporte, a dança, a ginástica e a luta(conheça as
expectativas de aprendizagem). A disciplina deixou de
lado a ênfase no rendimento padronizado que a caracterizava até a década de 1980 para rever o conceito de
corpo e considerar a dimensão cultural simbólica a ele inerente. Agora,
considera o homem eminentemente cultural, contínuo construtor da cultura
relacionada aos aspectos corporais. "Os documentos curriculares trouxeram
para a Educação Física o universo do conhecimento cultural. O aluno continua
praticando o esporte, mas vai além: entende seus contextos e sua criação",
diz Caio Martins Costa, do Instituto Esporte e Educação, de São Paulo.
(REF. Instituto Esporte e Educação, de São
Paulo)
O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO
ENSINO MÉDIO (6º 9º)
A imagem do professor de
Educação Física escolar sempre esteve ligada ao esporte, a saúde e a
disciplina. Desde o início, quando a Educação Física foi introduzida nas
escolas como matéria do currículo e parte integrante da educação formal, ela
ocupou um espaço modesto e foi marcada por uma história de muitas crises de
identidade (ARANTES, 2008).
Depois da abertura política no
final da década de 1970 e da
instalação da democracia, ocorrida na década de 1980, muitos teóricos começaram a desenvolver propostas que
mudassem o foco da Educação Física escolar no Brasil e que lhe desse uma
identidade própria, inclusive com caráter científico. Mas, mesmo com todo o
esforço e empenho destes estudiosos o que se viu, foi a imagem do professor de
Educação Física continuar distorcida.
Até os dias
atuais, observa-se que muitos professores e dirigentes não sabem qual o papel
do professor de Educação Física na escola, alguns ainda acreditam que sua
função é apenas aplicar práticas esportivas, outros que seu principal papel é o
de disciplinador e temos também os que acreditam que sua função é apenas a, de
oferecer recreação, brincadeiras e jogos aos alunos.
Tendo em
vista este pressuposto, o objetivo deste trabalho é conhecer a visão de
professores de diversas disciplinas e dirigentes, sobre qual é o papel do
professor de Educação Física no ensino médio escolar. Para conhecermos melhor o
assunto, será apresentado a seguir um pequeno relato do histórico do papel do
professor de Educação Física na escola, através de diversas teorias, abordadas
em algumas literaturas, das várias existentes, que transcorrem sobre o tema.
Não se
pretende com este estudo determinar ou afirmar qual é o papel do Professor de
Educação Física na escola, mas sim, levantar a hipótese de que a Educação
Física ainda é vista como uma atividade e não um componente curricular, tão
importante como português, matemática, ciências e todas as outras da grade
curricular. Tornando assim, o papel do Professor de Educação Física menos
reconhecido, em relação aos demais colegas de outras disciplinas, a intenção
aqui não é criticar ou mostrar que há discriminação com o Professor de Educação
Física na escola, muito pelo contrário, a ideia é realizar um estudo preliminar
com professores e dirigentes, que posteriormente poderá ser ampliado e
aprofundado com alunos e pais, para que se possa identificar o grau de
informação e conhecimento, por todos os envolvidos no processo de ensino
aprendizagem, sobre o papel do Professor de Educação Física na prática do
dia-a-dia escolar.
Entende-se
também que é necessário se aprofundar mais neste assunto, para que o próprio
professor de Educação Física saiba o que ele pode fazer para melhorar sua
imagem perante os demais docentes, mostrando que ele não está na escola apenas
para levar os alunos para quadra e para organizar festas e campeonatos. Esta é
a imagem que alguns professores de outras disciplinas passaram no estágio que
realizei em uma escola Estadual de ensino fundamental II e médio na cidade de
Santo André – SP.
(REF.WWW.O
PAPEL DO PROFESSOR DE ED.FÍSICA NA PRATICA ESCOLAR)
MINAS GERAIS
Os eventos escolares
apresentam-se como um tema rico e essencial para a formação humana dos alunos
durante os anos vividos na escola. Essa pesquisa tem como objetivo principal
investigar a opinião dos alunos do Colégio
Santa Maria Pampulha no que diz respeito aos eventos escolares. Para a
realização desse estudo foram utilizadas a pesquisa documental, bibliográfica e
de campo. Para a pesquisa de campo foi aplicado um questionário construído
pelos pesquisadores a 75 alunos do 6º ao
9º ano. Os resultados demonstram preocupação e grande interesse por parte
dos alunos no que diz respeito aos eventos escolares. Os estudantes opinaram
ainda sobre os eventos da Educação Física, apresentando sugestões e
questionamentos. A maioria dos alunos mostrou-se satisfeita quanto aos eventos
que a escola realiza, porém acreditam que ajustes precisam ser feitos e que os
próprios estudantes podem ajudar.
(REF. WWW.Colégio
Santa Maria Pampulha)
RIO DE JANEIRO
O compromisso da Secretaria de Educação da cidade do Rio de Janeiro
é buscar, através de sua intervenção, assegurar a excelência na Educação
Infantil e no Ensino Fundamental,e (6º AO 9º)considerando como missão a
formação de um perfil de aluno autônomo e habilitado a se desenvolver
profissionalmente e como cidadão.
Agregada a essa missão, a
proposta pedagógica da Multieducação, que perpassa a rede de ensino, entende
que, para a sua consecução, faz-se necessário, dentre outras coisas, considerar
o aluno como um sujeito que se encontra situado em um determinado contexto
cultural, localizado em uma dada estrutura social e portador de inúmeras marcas
advindas de sua própria história de vida.
Ao considerar o princípio da
inclusão social e do respeito à diversidade cultural e social dos alunos, a
proposta pedagógica do município compreende o ensino como um valor fundamental
para o crescimento humano em sua integralidade.
Nesse sentido, os conhecimentos
tratados na escola têm de ser pensados de maneira integrada e em constante movimento
entre o aluno e a escola e entre a escola e o aluno, ou seja, num ir e vir da
parte para o todo e do todo para a parte, onde os conhecimentos disciplinares
possam se comunicar Constantemente, resultando num diálogo interdisciplinar à
luz da percepção da necessidade de se pensar o aluno, a escola e o próprio
saber como uma rede indissociável e complexa, a ser permanentemente pensada
como objeto de atenção, de cuidado e de reflexão. O conceito de cidadania não
se esgota no fato do sujeito identificar os seus limites e seus direitos do
ponto de vista de sua mobilidade social.
Mas, antes de tudo, o situa
como sujeito construtor e reconstrutor da sua vida e do mundo que o circunda.
Ser cidadão é sentir-se pertencente a uma comunidade humana de valores e se
sentir construtor permanente desta. Daí o compromisso pedagógico em formar um
perfil de aluno e de sujeito social ativo, crítico, reflexivo, atuante e capaz
de autonomamente se pensar e pensar o mundo como realidade em permanente
construção. Nesse contexto, a Educação Física, compreendida como um plano de
intervenção que atua na área da educação, na fomentação do lazer humanizado, na
orientação preventiva à saúde, na valorização do conhecimento do movimento
contextualizado, manifestado através dos jogos, dos esportes, das danças, dos
movimentos gímnicos e das lutas, busca, em última instância,oportunizar aos
alunos se apropriarem de seus corpos como possibilidade de comunicação e
expressão.
Não é possível pensar a missão de
formar cidadãos ativos, críticos, autônomos e habilitados profissionalmente sem
pensar que o aluno é uma história de vida encarnada e que sua história também
se expressa de maneira significativa e silenciosa por meio de seus movimentos
corporais. Em nossa concepção de Educação Física, o corpo não é um conjunto de
órgãos justapostos.
A metáfora da máquina ou da
separação entre corpo e mente é totalmente inadequada e inconsistente em nossa
maneira de ver o aluno, pois se o corpo é a manifestação e, ao mesmo tempo, a
constituição de uma história de vida enraizada na cultura, na sociedade e
inerente a uma biografia singular, o movimento humano não é um ato mecânico e
condicionado por leis físicas e funcionais de causa e efeito. Ao contrário, o
movimento é a expressão de desejos, de sonhos, de medos, de angústias, de
coragem, de ousadia, de força e de fraqueza, de presença e ausência de
autoestima, de sentimento de solidariedade e de egoísmo, de cooperação e de
luta, de cuidado e de agressão, de respeito às diferenças e de intolerância,
pois o aluno se encontra no mundo e não fora dele.
(REF. www.scielo.br/pdf/edur/)
ESPIRITO
SANTO
Desafios
e possibilidades para as práticas avaliativas na Educação Física (6ºao 9º)
Apresentamos as possibilidades e os desafios para as práticas avaliativas,
organizando-os em dois eixos de análise.
No primeiro, discutimos a perspectiva de avaliação assumida pela
professora colaboradora do estudo e suas implicações para a constituição da
especificidade da Educação Física como componente curricular.
No segundo, damos visibilidade às possibilidades concretas
de (re)significação da avaliação, por meio de uma perspectiva avaliativa
fundamentada na lógica indiciária (SANTOS, 2005, 2008). Da perspectiva
avaliativa à especificidade da Educação Física como componente curricular A fim
de compreendermos a atuação pedagógica da professora colaboradora, realizamos
uma entrevista semiestruturada. Abordamos questões referentes à sua formação, à
concepção de Educação/Educação Física que adota e às suas práticas avaliativas.
Especificamente
sobre a avaliação, enfatizamos os seguintes aspectos: o que se avalia? Como
se avalia? Quando avalia? Para quê? Por quê? Onde? Quem avalia? Esse movimento
inicial foi importante, pois, como salienta Hoffmann (2005, p. 13), Educação em
Revista|Belo Horizonte|v.30|n.04|p.153-179|Outubro-Dezembro 2014 158 É preciso
pensar primeiro em como os educadores pensam a avaliação antes de mudar
metodologias, instrumentos e formas de registro. Reconstruir as práticas
avaliativas sem discutir o significado desse processo é como preparar as malas
sem saber o destino da viagem.
A
docente compreende a
avaliação diagnóstica como conceito e a realiza a partir de um único
instrumento, a observação, conforme expressa um trecho da sua narrativa: Eu
avalio de acordo com os nossos objetivos, a participação deles, observadas durante
as aulas.
Eu
avalio muito o quanto ele cresceu [...]. Digamos, o aluno ‘A’ chuta, já chega
chutando super bem, o aluno ‘B’ chuta super mal, mas, chega ao final, o que
chuta bem continua chutando bem. e o que chutava mal tá chutando mais ou menos.
O aluno ‘B’ teve um alcance muito grande, porque não gostava de chutar, nem se
imaginava chutando. Você tem que ver a evolução deles quando ensina! Eu avalio
pelo grau que eles alcançam. A perspectiva de avaliação diagnóstica assumida se
aproxima das discussões conceituais apresentadas por Luckesi (2000).
O autor considera a
avaliação diagnóstica como um instrumento de compreensão do estágio de
aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões
suficientes e satisfatórias para que possa avançar no processo de aprendizagem.
Nesse caso, avaliar se configura como ato de diagnosticar uma experiência, com
a intenção de reorientá-la para produzir o melhor resultado possível. Ao pautar
sua prática avaliativa no desenvolvimento e progresso individual do aluno, a
docente apresenta outras possibilidades, para além da ideia de uma avaliação
baseada na verificação da retenção de informações e reprodução de padrões de
movimentos técnicos, criticada por Bratifische (2003) e Souza (1993). Embora
mencione o movimento corporal como critério avaliativo, chutar a bola, o que
está em foco é a análise qualitativa do seu aprendizado e sua participação
durante as aulas. Sendo assim, seu juízo de valor não está voltado para um
padrão motor, mas para o desenvolvimento individual do aluno.
Entretanto, se um dos papéis da avaliação é oferecer diagnóstico do
processo de aprendizado, como fazê-lo tendo apenas a observação como
instrumento avaliativo? É preciso compreender essa questão considerando a ficha
avaliativa criada pela escola. Por meio dela, é possível avaliar com base em critérios
previamente definidos.
(REF.WWW.PORTALDAEDUCAÇÃOESPIRITOSANTO)