ATIVIDADES
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
O Grego Aristoteles
Pensamento ético de Aristóteles e suas descobertas
Os pensamentos gregos aristotélicos foram essenciais para o entendimento de nós mesmo num contexto racional. Entenda mais sobre a ética aristotélica.
A Ética Aristotélica – Questão da Alma
Cada tipo de ser possui um tipo de comportamento e de expressão na vida própria. Nesse caso, os tipos de alma seriam diferentes de acordo com as capacidades das espécies. Os vegetais por exemplo, possuem uma alma vegetativa, que corresponde às funções de reprodução e crescimento.elemento essencial, Aristóteles assim como Sócrates e Platão, chamou de alma.
Já os animais, além de conterem uma alma vegetativa, contém também uma alma sensitiva, devido ao fato deles serem dotados de percepção do mundo ao seu redor e poderem se movimentar de forma satisfatória.
O homem grego por sua vez, além de ter as duas almas já explicitadas acima, possui uma alma intelectiva, pois essa se refere além das outras capacidades, a capacidade de racionalizar as coisas e questões, a capacidade do pensamento.
A Questão da Ação
O homem, dotado de faculdades intelectivas, seria capaz de racionalizar suas ações que poderiam ser feitas ou não para aquilo que ele mesmo considera bom ou agradável para ele. Para isso, os atos dos homens são nada mais nada menos do que a busca pela felicidade (conceito grego de eudaimonia).
O motivo pelo qual buscamos a felicidade para Aristóteles, se justifica por ela mesma ser uma aspiração incondicional da experiência humana. Isso porque a felicidade é o fim último e completo, não sendo possível obter nada mais após dela. Dessa forma, a felicidade possui em si própria um sentido completo.
Durante a vida, o homem realizaria seus atos em busca da felicidade e que para isso, deveria agir de acordo com a moral e virtude da racionalidade, de sua condição natural de intelecto, algo que o diferencia dos outros seres. Como o intelecto é a única virtude que pertence só ao homem, então seria somente por meio dessa virtude que este alcançaria a eudaimonia, enquanto potência.
A Ética de Aristóteles
Apesar da razão ser potência natural e exclusiva do homem, não só de razão o homem é constituído, pois as outras almas também estão presentes em sua natureza. Por esse motivo, os homens poderiam ser levados por outros impulsos naturais que não o intelecto.
Como face disso, os desejos e apetites são comuns a parte sensitiva de nossa essência, e ceder somente a eles seria agir contra a virtude racional proposta para alcançar a felicidade. Uma vez considerado que sentir os desejos e apetites seja também de nossa natureza, isso não nos seria proibido.
Porém, a ética entra como reguladora dos desejos das outras essências para um bem comum, que no caso seria a felicidade. O homem pode ter os desejos e apetites, desde que regulados abaixo do intelecto e racionalidade. A conduta humana então, determina nossa condição virtuosa ou maléfica, na medida em que escolhemos ou não a racionalidade.
Aristóteles não considera os impulsos de desejo como sendo involuntários ou frutos de uma certa ignorância da parte irracional do humano. Os considera voluntários e normais a condição de homens, porém com a possibilidade de serem regulados de forma ética pela racionalidade. Chegando assim, ao estado de sujeito autônomo, que é capaz de responder pelos seus atos e reconhecer suas capacidades livres perante isso.
Fonte: http://www.fcnoticias.com.br/pensamento-etico-de-aristoteles-e-suas-descobertas/#ixzz3S4FqbRzV
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Paulo freire
Método Paulo Freire: alfabetização
pela conscientização
Foto
retirada do site: Wikipédia
O Método Paulo Freire consiste
numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida
pelo educador, o método nasceu em 1962 quando Freire era diretor do Departamento
de Extensões Culturais da Universidade do Recife onde formou um grupo para
testar o método na cidade de Angicos, RN onde alfabetizou 300 cortadores de
cana em apenas 45 dias, Freire criticava o sistema tradicional, o
qual utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o
ensinar da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam
pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de
forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha,
por exemplo “Eva viu a uva”, “o boi baba”, “a ave voa”, dentre outros.
“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a
posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva
e quem lucra com esse trabalho.”(Paulo freire)
O método propõe a identificação das palavras-chave do
vocabulário dos alunos - as chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerirsituações
de vida comuns e significativas para os integrantes da comunidade em
que se atua, como por exemplo, "tijolo" para os
operários da construção civil. Diante dos alunos, o professor
mostrará lado a lado a palavra e a representação visual do objeto que ela
designa. Os mecanismos de linguagem serão estudados depois do
desdobramento em sílabas das palavras geradoras. O conjunto
das palavras geradoras deve conter as diferentes possibilidades
silábicas e permitir o estudo de todas as situações que possam ocorrer durante
a leitura e a escrita.
"Em
sala de aula, os dois lados aprenderão junto, um com o outro - e para isso é
necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a
possibilidade de se expressar. Uma das grandes inovações dapedagogia
freireana é considerar que o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo".(ROMÃO, José Eustáquio,
Revista Nova Escola p.2)
A valorização
da cultura do aluno é a chave para o processo deconscientização preconizado
por Paulo Freire, ele propôs o que
chamou de Temas Geradores, onde o educador e educando em sala de
aula aprendem juntos, a diversidade pode contribuir para o dinamismo da aula,
para o despertar do interesse, da atenção e do envolvimento,garantindo a
todos a possibilidade de se expressar sobre
aspectos da realidade, mantendo uma ligação com o universo conhecido deles,
impulsionando-os para novas descobertas, pois aprendemos melhor aquilo que
temos interesse em conhecer. Os Temas Geradores ajuda a
organizar o trabalho de sala de aula porque possibilita uma aprendizagem
significativa.
“Os conteúdos de ensino são resultados de uma
metodologia dialógica. Cada pessoa, cada grupo envolvido na ação pedagógica
dispõe em si próprio, ainda que de forma rudimentar, dos conteúdos necessários
dos quais se parte. O importante não é transmitir conteúdos específicos, mas
despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida. A transmissão de
conteúdos estruturados fora do contexto social do educando é considerada
“invasão cultural” ou “depósito de informações” porque não emerge do saber
popular".
A proposta de
Freire parte do estudo da realidade que é a fala do
educando, e aorganização do dado que é a fala do
educador, surgindo os Temas Geradoresda problematização
da prática de vida dos educandos e os conteúdos de ensino que
são resultados de uma metodologia dialógica.
"Uma
das grandes inovações da pedagogia freireana é considerar que o sujeito da
criação cultural não é individual, mas coletivo". (ROMÃO, José Eustáquio,
Revista Nova Escola p.2)
Etapas do
método
1.
Etapa de Investigação: busca
conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da
vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.
2.
Etapa de Tematização: momento
da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais
dos temas e palavras.
3.
Etapa de Problematização: etapa
em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e
acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.
As fases de aplicação do método
Freire propõe a aplicação de seu método nas
cinco fases seguintes:
·
1ª fase: Levantamento
do universo vocabular do grupo. Nessa fase ocorrem as interações de aproximação
e conhecimento mútuo, bem como a anotação das palavras da linguagem dos membros
do grupo, respeitando seu linguajar típico.
·
2ª fase: Escolha
das palavras selecionadas, seguindo os critérios deriqueza fonética, dificuldades
fonéticas - numa seqüência gradativa das mais simples para as mais
complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social,
cultural, política do grupo e/ou sua comunidade.
·
3ª fase: Criação
de situações existenciais características do grupo. Trata-se de situações
inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de abrir
perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e
nacionais.
·
4ª fase: Criação
das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates, as quais deverão
servir como subsídios, sem no entanto seguir uma prescrição rígida.
·
5ª fase: Criação
de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas
correspondentes às palavras geradoras.
O trabalho com o tema gerador na EJA fase I,
possibilita a interdisciplinaridade integrando as disciplinas Língua
Portuguesa, Matemática, e Estudo da Sociedade e
Natureza, desenvolvendo temas que estejam relacionados com o dia-a-dia dos educandos,
partindo de sua realidade e valorizando a sua vivência, através de músicas,
poemas, textos informativos e reflexivos, além de facilitar a assimilação dos
conteúdos, favorece a integração do grupo.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Trabalhando com tema gerador em sala multisseriada- 1ª a 4ª
etapa:
Exemplos:
Sugestão de Atividades: Tema Gerador FAMÍLIA (minha realidade)
Marcadores: oficina de capacitação EJA 2012
Disponível em: http://ensinareaprender-crisreis.blogspot.com.br/2012/06/tema-gerador-eja-fase-i.html
Sugestão de Atividades: Palavra Geradora VIDA ( Valéria Souto)
Livros de Paulo Freire em PDF
Ver também fontes pesquisadas:
BRASIL ALFABETIZADO: experiências de
avaliação dos parceiros, disponível em:http://pt.pdfsb.com/readonline/596c684865517830566e4a344458316855513d3d-1286946. Acessado
em 13/11/2012
MÉTODO
PAULO FREIRE, disponível em: http://cantinhodesugestoesparaeja.blogspot.com.br/2010/03/metodo-paulo-freire.html. Acessado
em 13/11/2012
Paulo Freire,
o mentor da educação para a consciência, disponível em:http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml?page=1.Acessado em 13/11/2012
Paulo Freire, Vida e obra. Disponível em: http://www.educacaonaescola.com.br/paulo-freire/. Acessado em
10/10/2012
Paulo
Freire, Relação Professor Aluno, vídeo disponível em:
Entenda o método Paulo Freire
Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização baseado nas experiências de vida das pessoas. Em vez de buscar a alfabetização por meio de cartilhas e ensinar, por exemplo, “o boi baba” e “vovó viu a uva”, ele trabalhava as chamadas “palavras geradoras” a partir da realidade do cidadão. Por exemplo, um trabalhador de fábrica podia aprender “tijolo”, “cimento”, um agricultor aprenderia “cana”, “enxada”, “terra”, “colheita” etc. A partir da decodificação fonética dessas palavras, ia se construindo novas palavras e ampliando o repertório.
Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização baseado nas experiências de vida das pessoas. Em vez de buscar a alfabetização por meio de cartilhas e ensinar, por exemplo, “o boi baba” e “vovó viu a uva”, ele trabalhava as chamadas “palavras geradoras” a partir da realidade do cidadão. Por exemplo, um trabalhador de fábrica podia aprender “tijolo”, “cimento”, um agricultor aprenderia “cana”, “enxada”, “terra”, “colheita” etc. A partir da decodificação fonética dessas palavras, ia se construindo novas palavras e ampliando o repertório.
O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos
adultos mediante a discussão de suas experiências de vida entre si, através de
palavras presentes na realidade dos alunos, que são decodificadas para a
aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.
“A concepção freiriana procura explicitar que não
há conhecimento pronto e acabado. Ele está sempre em construção”, explica Sonia
Couto Souza Feitosa, coordenadora do Centro de Referência Paulo Freire (CRPF),
entidade mantida pelo Instituto Paulo Freire. “Aprendemos ao longo da
vida e a partir das experiências anteriores, o que faz cair por terra a tese de
que alguém está totalmente pronto para ensinar e alguém está “totalmente”
pronto para receber esse conhecimento, como uma transferência bancária. Esse
caráter político, libertador, conscientizador é o diferencial da metodologia de
Paulo Freire dos demais métodos de alfabetização.”
O método Paulo Freire foi desenvolvido no início
dos anos 1960 no Nordeste, onde havia um grande número de trabalhadores rurais
analfabetos e sem acesso à escola, formando um grande contingente de excluídos
da participação social. Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi preso e
exilado, e seu trabalho interrompido.
“Já naquela época Paulo Freire defendia um conceito
de alfabetização para além da decodificação dos códigos linguísticos, ou seja,
não basta apenas saber ler e escrever, mas fazer uso social e político desse
conhecimento na vida cotidiana”, explica Sonia, que é licenciada em Letras e
Pedagogia, com mestrado e doutorado pela Faculdade de Educação da USP.
Desde seus primeiros escritos, Paulo Freire
considerou a escola muito mais do que as quatro paredes da sala de aula. Apesar
de aplicado entre jovens e adultos, o método também pode ajudar na
alfabetização e letramento de crianças.
O método Paulo Freire é dividido em três etapas. Na
etapa de Investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno
e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia. Na
segunda etapa, a de tematização, eles codificam e decodificam esses temas, buscando
o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido. E no
final, a etapa de problematização, aluno e professor buscam superar uma
primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a
transformação do contexto vivido.
Nascido no Recife, Freire ganhou 41 títulos de
doutor honoris causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford. Ele
morreu em maio de 1997, e no ano passado foi declarado patrono da educação
brasileira. “O legado que ele nos deixa, entre tantas contribuições, é de
esperança”, destaca a coordenadora. “Um legado de entender a educação como
espaço de transformação social, que nos ajuda não só a ler a história, mas
sermos também escritores da história.”
Colaborou Vanessa Fajardo, do G1, em São Paulo
Paulo Freire
Biografia de Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, método Paulo Freire,
sistema de alfabetização de adultos, pensamentos, pedagogia do oprimido, livros
de Paulo Freire
Paulo Freire: educador reconhecido internacionalmente pelo método de alfabetização
Introdução
Paulo Régis Neves Freire, educador
pernambucano, nasceu em 19/9/1921 na cidade do Recife. Foi alfabetizado pela
mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa
da família. Com 10 anos de idade, a família mudou para a cidade de
Jaboatão.
Biografia resumida
Na adolescência começou a desenvolver
um grande interesse pela língua portuguesa. Com 22 anos de idade, Paulo Freire
começa a estudar Direito na Faculdade de Direito do Recife. Enquanto cursava a
faculdade de direito, casou-se com a professora primária Elza Maia Costa
Oliveira. Com a esposa, tem teve cinco filhos e começou a lecionar no Colégio
Oswaldo Cruz em Recife.
No ano de 1947 foi contratado para
dirigir o departamento deeducação e cultura do
Sesi, onde entra em contato com a alfabetização de adultos. Em 1958 participa
de um congresso educacional na cidade do Rio de Janeiro. Neste congresso,
apresenta um trabalho importante sobre educação e princípios de alfabetização.
De acordo com suas idéias, a alfabetização de adultos deve estar diretamente
relacionada ao cotidiano do trabalhador. Desta forma, o adulto deve conhecer
sua realidade para poder inserir-se de forma crítica e atuante na vida social e
política.
No começo de 1964, foi convidado pelo
presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização.
Logo após o golpe militar, o método de
alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos
militares.Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde continuou produzindo
conhecimento na área de educação. Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido,
foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire detalha seu método de alfabetização de
adultos. Retornou ao Brasil no ano de 1979, após a Lei da Anistia.
Durante a prefeitura de Luiza
Erundina, em São Paulo, exerceu o cargo de secretário municipal da Educação.
Depois deste importante cargo, onde realizou um belo trabalho, começou a
assessorar projetos culturais na América Latina e África. Morreu na cidade de
São Paulo, de infarto, em 2/5/1997.
Obras do educador Paulo Freire:
- A propósito de uma administração.
Recife: Imprensa Universitária, 1961.
- Conscientização e alfabetização: uma
nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da
Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22.
- Educação como prática da liberdade.
Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
- Pedagogia do oprimido. Rio de
Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970.
- Educação e mudança. São Paulo:
Editora Paz e Terra, 1979.
- A importância do ato de ler em três
artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982.
- A educação na cidade. São Paulo:
Cortez Editora, 1991.
- Pedagogia da esperança. São Paulo:
Editora Paz e Terra, 1992.
- Política e educação. São Paulo:
Cortez Editora, 1993.
- Cartas a Cristina. São Paulo:
Editora Paz e Terra, 1974.
- À sombra desta mangueira. São Paulo:
Editora Olho d’Água, 1995.
- Pedagogia da autonomia. São Paulo:
Editora Paz e Terra, 1997.
- Mudar é difícil, mas é possível
(Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/SESI, 1997-b.
- Pedagogia da indignação. São Paulo:
UNESP, 2000.
- Educação e atualidade brasileira.
São Paulo: Cortez Editora, 2001.
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